Impasse sobre a nomenclatura prejudica serviços de entregas particulares e correspondência bancária, que acabam extraviadas. Prefeitura vai tentar resolver o problema com a ajuda dos Vereadores
Imagine a situação: você compra um imóvel, mas não sabe o nome da rua onde ele fica. Parece absurdo, mas é por este problema que o professor universitário Samuel Carneiro, de 46 anos, está passando. Ele adquiriu um terreno em um condomínio no distrito de Manilha, em Itaboraí. De acordo com os documentos e com o Cartório de Registro de Imóveis, o condomínio fica na Estrada Santa Terezinha, mas, ao receber o carnê do IPTU, Samuel descobriu que o endereço do imóvel era Rua 31. Com dúvidas, o professor recorreu aos Correios, que confirmaram a informação.
Mesmo achando estranho, Samuel solicitou o alvará de construção junto à Prefeitura de Itaboraí para iniciar as obras no terreno. O endereço indicado no documento é o da Rua José Alves Rodrigues, no Bairro Vila Gabriela I.
Sem saber mais como proceder e com dúvidas sobre como poderia pedir a ligação de luz na sua futura casa, o envio de correspondência pelos Correios e até mesmo como mandaria ao local a equipe que vai construir a residência, Samuel procurou o Setor de Cadastro de Logradouros da Prefeitura de Itaboraí.
Lá, descobriu que a rua onde está localizado o imóvel tem quatro nomes: Estrada Santa Terezinha, Rua 31, Rua Ziléia Nésia Fausto de Araújo e Rua José Alves Rodrigues. O problema teria ocorrido porque vereadores criaram leis escolhendo vários nomes para a rua. Segundo o Cadastro de Imóveis da Prefeitura, Samuel deveria aguardar a solução do impasse pelos vereadores e a escolha de novo nome da rua.
A dona de casa Rubia Nascimento de Barros, de 28 anos, descobriu o novo nome da rua por acaso.
“Eu moro aqui há 18 anos. Para mim sempre foi Rua 31. Só quando eu fui fazer um cadastro no Bolsa Família, no mês passado, é que me informaram que o nome da rua tinha mudado para Ziléia Nésia Fausto de Araújo”, afirma.
O impasse sobre o nome da rua prejudica serviços de entregas particulares e o de correspondência bancária. É o que afirma a bióloga Camilla Borges, de 24 anos. “Minhas contas estão com o endereço de Rua 31. Algumas cobranças e correspondências acabam extraviadas por causa da confusão”, contou Camilla.
Matéria publicada no site O Fluminense (jornal local)
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