PAGOT: Há coelhos no Dnit
O caboclo paulista, ante coisas dúbias, diz que "nesse mato tem coelho". E Luiz Antônio Pagot asseverou ao Senado que tudo o que foi feito em sua gestão teve o conhecimento do governo. Assim, as irregularidades precisam ser apuradas completamente e, por certo, vão atingir todos os segmentos governamentais. É preciso tirar o coelho da cartola. Mas na mágica apuradora vai surgir muita coisa digna de Polícia Federal e Poder Judiciário, além de eventual CPI. Seria pior que o mensalão?
JOSÉ CARLOS DE C. CARNEIRO (carneirojc@ig.com.br)
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Perguntas dos senadores
Com base na reportagem da revista Veja, gostaria de saber se os srs. senadores fizeram as seguintes perguntas. 1) Como o sr. Pagot explica pagarem 145% a mais pelo forro para teto do tipo bandeja? E ainda 128% a mais pela tinta látex acrílica; 87% a mais pelo tubo de PVC de 75 mm; 75% a mais pelo granito polido de 2 cm? 2) Qual foi o critério utilizado na pesquisa de preços? 3) A pesquisa usa preços atualizados de mercado? Por que os preços estão muito superiores aos do mercado, conforme a reportagem da Veja?
JOSÉ LUIZ MARTIN (jlmartin@estadao.com.br)
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Volta?
Está óbvio que os "aliados" do governo querem a volta do diretor do Dnit para continuar a "boquinha". Sentem-se seguros porque perceberam que em grupo conseguem conter no Congresso as ações contra o desvio de verbas, que os órgãos de controle não julgam nada, que a Presidência vai na onda e que do povo só se revoltam os que leem jornais e pagam impostos, o que exclui muita gente. Está também mais que óbvio que não são só do PR os que se locupletam. Há muitos mais.
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TREM-BALA - Pesadelo
Esse é talvez o pior projeto que eu já vi, só tem aspectos negativos, por isso se pode fazer ideia do que o mantém vivo. Para ficar só no aspecto mais ameno, como se boas intenções houvesse, não é preciso ser do ramo para saber que trem não gosta de rampa, e a Serra das Araras necessitaria de um túnel de dezenas de quilômetros, que só por si exigiria um longo estudo para poder estimar o seu custo com seriedade - e esta é o que mais falta nesse pesadelo.
SYLVIO GAMA (sngama@gmail.com)
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Projeto inviável
Por que nossas autoridades não esquecem esse famigerado e inviável projeto? Com a verba prevista para a construção do TAV poderiam melhorar as ferrovias existentes e adotar os famosos "Pendolinos", trens de média velocidade projetados pela Fiat e adotados por Itália, Portugal (Alfa Pendulares), Reino Unido, Suíça e República Checa, com grande sucesso. Esses trens andam a 250 km por hora ou mais nas linhas convencionais. Na rota Campinas-Rio poderiam andar nas antigas linhas da Cia. Paulista, Santos-Jundiaí, e Central do Brasil, com as adaptações necessárias, como duplicação de certos trechos e eletrificação das vias, a um custo muitíssimo menor, podendo atender a uma gama muito maior de usuários. Não esqueçamos que a linha da Central foi retificada nas décadas de 1940 e 1950, reduzindo em 50 km a distância Rio-São Paulo.
ANTONIO BORGES DA COSTA (aborgesdacosta@hotmail.com)
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Devaneios ufanistas
O projeto faraônico do trem-bala não tem sustentabilidade econômica e só o governo não quer perceber isso. Os acidentes geográficos de grande porte e o alto custo de desapropriações, entre outros, elevam o investimento a cifras astronômicas. A viabilização econômica é forçada, pois utiliza uma projeção de demanda irreal para o preço estimado das passagens, quando comparado com os outros meios de transporte, até mesmo o aéreo. Devia-se baixar a bola e, como já havia enviado em sugestão ao Dnit na época da consulta pública, criar um "trem flecha", que atingisse velocidade de até 160 km/h. Isso exigiria investimentos muito menos vultosos, permitiria o aproveitamento da via férrea para outros trens, inclusive de carga, e tornaria o empreendimento viável, a custo muito inferior, talvez 30% a 40% do trem-bala. Aliás, há poucos dias, o dirigente de uma empresa chinesa potencialmente interessada no projeto do trem-bala afirmou algo semelhante, dizendo que poderia ser instalado trem com velocidade máxima de 200 km/h. Criticou ainda o trem-bala chinês, que custou bem menos do que o projeto brasileiro, apesar do trecho quase duas vezes mais longo, pela sua baixa demanda potencial de passageiros. Com o fracasso do leilão, o projeto deveria ser repensado e adequado às reais condições do nosso país, e não tentar atender a devaneios ufanistas.
EISON ROBERTO MORAIS (ermorais@uol.com.br)
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BNDES-Alento
Num país onde a Justiça, a saúde, a educação, o saneamento básico, a moradia, a segurança são somente para os ricos, a notícia da retirada do BNDES - banco de fomento - da fusão pretendida pelo milionário Abílio Diniz é um alento. Porém esperamos que não seja apenas uma jogada política de marketing.
MARCOS BARBOSA (micabarbosa@gmail.com)
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Outros financiamentos
O BNDES não vai financiar Abílio Diniz? Então, por que financia grupos de investidores estrangeiros que nos estão levando à falência via trustes e contratos leoninos que nos impõem? Por que financia grupos sucroalcooleiros que nos tratam como escravos? Quem me responde, por favor?
OSCAR VUOLO SAJOVIC (sajovic_oscar@yahoo.com.br)
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DILMA TRISTE-Coisa errada
Em Francisco Beltrão (PR), a presidente Dilma Rousseff declarou, em entrevista a rádios locais, que fica triste com "coisa errada". Como deveríamos ficar nós, então, com a corrupção, a roubalheira, o desvio de verbas que vêm ocorrendo de maneira galopante no atual governo no País? Isso sem mencionar o caos na saúde, na segurança, na educação, etc...
ANGELO TONELLI (angelotonelli@yahoo.com.br)
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SOBRE LUIZ ANTONIO PAGOT
A oposição ao governo deve ser classificada como das mais incompetentes! Porque, de acordo com a sua Declaração de Renda, Luiz Antonio Pagot, quando foi nomeado diretor do Dnit, trabalhava numa empresa na Amazônia, servia a 3 mil quilômetros de distância no gabinete do senador Jonas Pinheiro em Brasília e residia na cidade do Rio de Janeiro, tudo simultaneamente, conforme matéria publicada no Estadão em 3/10/2007, pág. A6. Deve-se consignar, sim, que o Dnit é o campeão de operações irregulares detectadas pelo Tribunal de Contas da União, conforme matéria veiculada no Estadão em 22/9/2007, pág. A5, e que, para justificarem que Pagot exercia múltiplas funções ao mesmo tempo, o senador Jonas Pinheiro disse que ele trabalhava em seu gabinete e na firma Herbasa, a 3 mil quilômetros de distância de Brasília, porque a empresa era no Amazonas, Estado que representava! Por sua vez, quando questionado a respeito, José Carlos Zoghbi, secretário de Recursos Humanos do Senado (aquele envolvido na máfia dos marajás do Senado em conluio com Sarney), sugeriu que fosse consultada a Comissão Permanente de Verificação de Cargos Públicos do Senado! Todas essas manifestações hipócritas e petulantes não passam de atrevimento para com a opinião pública, que desprezam! Mas é muito pior, trata-se de um desdém pelo País, fruto desse conluio entre o funcionalismo público e a classe política, dessa falta de apreço pela Nação com a conivência do cidadão comum, que ainda paga impostos para a manutenção desse esquema!
Eugênio José Alati eugeniojosealati@yahoo.com.br
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‘PARTURIENT MONTES NASCETUR RIDICULUS MUS’
Qual terá sido a sórdida estratégia usada para manter "sob controle" o tal Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), durante o seu depoimento à Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado? A verdade é que, ao garantir que o PR não utilizou a estrutura do órgão para montar um esquema de arrecadação financeira para campanha eleitoral, "Pagozinho" complicou ainda mais a situação, na medida em que deixou em aberto o destino do dinheiro "amealhado" no sórdido programa de propinas e superfaturamentos montado em torno das obras do PAC, gerando um escândalo tão "cabeludo" que acabou por ocasionar a desonrosa demissão do ex-titular do Ministério dos Transportes. Afinal, se todo o "festival de maracutaias" não teve como objetivo estabelecer uma reserva financeira que garantisse as milionárias campanhas eleitorais do PR, qual teria sido o destino da "montanha de dinheiro" resultante das "tenebrosas transações"? Será possível que tudo não passasse de pura e simples roubalheira, destinada a promover o "alibabesco" enriquecimento de alguns membros da elite dirigente do PR, assim como de outros tantos parentes e aderentes? Assim fica difícil! Alguém precisa esclarecer aonde foi parar toda aquela "bufunfa"! É inacreditável, por exemplo, que a Receita Federal, tão eficiente no rastreamento e controle dos "caraminguados" ganhos pelos brasileiros em troca de trabalho, confundindo salário com renda, não seja capaz de perceber, e "esmiuçar, tintim por tintim, movimentações financeiras tão estranhamente superlativas.
Júlio Ferreira http://www.ex-vermelho.blogspot.com/
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FOI TUDO ISSO
A revista Veja já nos havia alertado de que Pagot fora funcionário fantasma do Senado, aparecendo apenas para receber. Assim fica fácil entender a sua indicação para o Dnit, abençoado por Blairo Maggi, ex-governador de Mato Grosso e o maior produtor de soja do mundo, do qual também Pagot foi secretário e funcionário em suas empresas. Com esse fabuloso orçamento de R$ 10 bilhões do Dnit é necessário ser apadrinhado para manipulá-lo, ser ex-secretário e ex-funcionário... E Pagot foi tudo isso.
Alberto Nunes albertonunes77@hotmail.com
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SERÁ...?
O "governo" vai manter o diretor do Dnit. Afinal de contas, o homem Pagot ou não Pagot?
Ricardo Marin s1estudio@ig.com.br
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DESCONFORTO
Será que esses caras que servem à política brasileira têm consciência e vergonha na cara? Eu não gostaria de ter nenhum grau de parentesco com esse Pagot (Dnit), que com o maior cinismo passou atestado de idoneidade à quadrilha que vem assaltando os cofres públicos há anos. Com raríssimas exceções, ter alguma ligação familiar com políticos deve ser um desconforto muito grande, especialmente para aqueles que têm caráter.
Ademar Monteiro de Moraes ammoraes57@hotmail.com
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O PR PAGOU PARA VER
Pouco importa se o sr. Pagot, em seu depoimento (que não é prova, mas defesa, salvo se houver confissão), não foi específico no envolvimento do ministro Paulo Bernardo ou de outros próceres do governo nos malfeitos de 4% no Ministério dos Transportes. A tese central do PR, encampada pelo PT, é que tudo o que lá acontecia tinha o aval do Planalto. Isso é muito mais grave, porque pode envolver, inclusive, a presidente ou o ex-presidente. Se Pagot voltar ao posto, quem ficará extremamente instável em seu cargo será a presidente Dilma.
Amadeu R. Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br
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MINISTÉRIO MISTÉRIO
A ordem geral é a de Lula: não sei, não sabia e todos são inocentes - somente os companheiros - até prova em contrário. O secretário-geral do Ministério não sabia de nada e ganha como presente substituir seu chefe demitido por denúncias de irregularidades e corrupção. Não sabia por incompetência, por solidariedade ou adesão à norma lulista da ignorância cínica e proveitosa? Agora, feito ministro por obra de filiação partidária e decorrência de covardia governamental, oscila em torno de dúvida cruel: Dnit ou "demite" para o Pagot? Eis o Brasil de hoje!
Gustavo A. S. Murgel gustavomurgel@hotmail.com
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A FORÇA DE PAGOT
Pagot, iradíssimo ao ser retirado da diretoria-geral do Dnit, deixou escapar uma ameaça de chantagem contra o governo de Dilma Rousseff: ele poderia abrir a boca. O resultado é visível: não só ele a manteve fechada durante a inútil conversa com os congressistas, como auxiliares de Dilma já estão trabalhando para que ele, ao voltar das "férias", seja mantido no cargo. O que vale dizer que tudo será de$compa$$ado como antes no Ministério dos Transportes, com Passos ou sem ele, já que, sob a força da chantagem, o PR confirma a posse desse Ministério! Para o governo dar esse passo atrás, dá para imaginar o tamanho do "segredo"?
Mara Montezuma Assaf montezuma.scriba@gmail.com
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DIRETOR DO DNIT
O Planalto admite que foi precipitado no caso do diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot. Será que realmente ele Pagot tudo certinho as contas decorrentes das duvidosas licitações da pasta? É impressionante a capacidade que os políticos têm de transformar as verdades dos fatos. Quanta criatividade! Brasil, o país dos impostos, da corrupção e também da impunidade...
João Batista Piovan jb@reunidaspiovan.com.br
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ENCRUZILHADA
A demissão de Pagot talvez tenha sido precipitada. Embora digam que ele está gozando férias, todos sabemos que ele foi afastado (ou demitido). Se Dilma mantiver o afastamento (ou a demissão), o bicho pega, se readmiti-lo, o bicho come. Realmente a presidente talvez se tenha afobado, o que a deixou numa encruzilhada.
Carlos E. Barros Rodrigues carlosedleiloes@terra.com.br
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EXPLICANDO A ROUBALHEIRA
O senador Blairo Maggi, padrinho do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, disse numa entrevista que tudo o que o seu afilhado fazia era por ordem do grupo que coordena o PAC, o qual precisava da autorização do Ministério do Planejamento. Citou o exemplo do cara que vai a uma concessionária e compra um carro standard, com base no preço anunciado. Aí, o cara resolve botar um som, um ar-condicionado, vidro elétrico, etc. Quando vai efetuar o pagamento, claro que o preço não é mais o mesmo. E sua excelência diz em alto e bom som que todas as obras no Brasil são assim. Então descobrimos que a negociata é lá no PAC e no Ministério do Planejamento. Mas nessa história toda o Pagot nunca desconfiou de nada? No cargo que ele ocupava teria de ter o direito e o dever de contestar algo que lhe parecesse errado. É impossível que alguém seja um diretor-geral apenas para assinar documentos. Ademais, sempre é bom salientar que, se eu for a uma agência de automóveis e pedir um modelo standard e encher o carro de acessórios, vou fazê-lo porque o dinheiro é meu, e não dos cofres públicos. Fico só imaginando a coisa no exemplo dado: a agência de automóveis está associada a toda sorte de fabricantes de acessórios. Todos eles encaixam seus produtos. O superfaturamento deve ser sem limite. A roubalheira é fantástica. Senador Blairo, muito obrigado por ter fornecido o melhor exemplo de como é feita a roubalheira no Brasil. Agora só falta aparecer outro entendido no assunto para explicar por que os ladrões quando são desmascarados nunca vão para a cadeia, nem devolvem o dinheiro.
Wilson Gordon Parker wgparker@oi.com.br
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MOMENTO CRÍTICO
A democracia no Brasil adquiriu uma característica que pode ser chamada de via única. O governo e seus aliados, por força de uma maioria esmagadora no Congresso, fruto de uma estratégia chamada de "governo de coalizão", consegue se livrar de maiores problemas com as denúncias de corrupção dentro dos Ministérios. Luiz Antonio Pagot, em depoimento no Senado, não levou adiante as ameaças do PR. Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), foram rejeitados três requerimentos da oposição relacionados aos aloprados. Nos corredores do Congresso, governistas comemoravam ter feito "barba, cabelo e bigode". É um momento crítico na política brasileira, porque uma democracia plena deve funcionar quando há equilíbrio de forças, para que haja igualdade de direitos constitucionais. A sociedade, a oposição estão sendo tripudiadas. Em Troia, Aquiles tripudiou sobre o cadáver de Heitor. Não festejou a vitória.
Jair Gomes Coelho jairgcoelho@gmail.com
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CORRUPÇÃO VERGONHOSA
Certamente, por corruptos das altas esferas governamentais serem blindados contra investigações mais profundas e receberem, até mesmo, aplausos dos congressistas aliados quando destituídos de seus cargos, seja essa uma das causas para que neste país os ladrões do dinheiro público prosperem cada vez mais, em todos os níveis do governo, indo das propinas milionárias até o desvio de dinheiro das vítimas de chuvas e merenda escolar. Revoltante o procedimento dos políticos brasileiros.
Eni Maria Martin de Carvalho enimartin@uol.com.br
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O FUNDO DO POÇO
Brasileiros, acho que desta vez chegamos mesmo ao fundo do poço, senão vejamos:
1) Os políticos conseguiram montar uma comissão de ética composta por vários elementos acusados de falta de ética e desvios de conduta. Seria melhor denominá-la "comissão de ética".
2) Damos guarida (sustentamos em nosso presídio) pessoa condenada à prisão perpetua em seu país por assassinato (caso Battisti).
3) Liberamos e permitimos que pilotos sob julgamento (caso Legacy) deixem o País, para depois de longo tempo os condenarmos - quando já em sua terra e livres de cumprir a pena.
4) Condecoramos pessoa acusada de fraude financeira, processada por assinar contratos de empréstimos supostamente fictícios - embora ainda sem julgamento final (caso Genoíno).
5) O MEC referenda a utilização, em escolas, de livro com erros de linguagem, sob alegação de que "é assim que o povo fala"; e ainda tem o desplante de destacar que quer "eliminar preconceito linguístico".
Adib Hanna adib.hanna@bol.com.br
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DNA CONTAMINADO
É vergonhosa a cumplicidade da classe estudantil brasileira diante das constantes irregularidades governamentais. A UNE, que seria o último bastião, a salvação do País, ao se manifestar contra os frequentes assaltos aos cofres da viúva, não é mais. Faz tempo que é chapa-branca, subvencionada diretamente pelo governo ou, a seu mando, por empresas estatais. Daí os nossos líderes aprontarem aos montões sob o olhar complacente da classe estudantil. Pior é que isso significa, desde já, um futuro nada promissor devido ao DNA contaminado dos nossos prováveis sucessores, dirigentes do amanhã.
Humberto Schuwartz Soares hs-soares@uol.com.br
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UNE
Nada mais apropriado do que cantar para a UNE o "quem te viu, quem te vê...".
Pode existir alguma coisa mais chapa-branca do que esse congresso em Goiás, com direito até à presença de Lula? As atuais reivindicações dela estão casadas com programas do governo
Dilma e funcionam como caixa de ressonância para os mesmos.
Onde ficou aquela rebeldia, aquele desejo de mudar o País, aquela honestidade de propósitos?
Essa UNE é a prova viva de que tudo tem seu preço.
Ronaldo Gomes Ferraz ronferraz@globo.com
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AULA PARA POLÍTICOS
Genial e imprescindível a leitura da crônica "A questão dos limites", de Roberto Da Matta (em breve aqui no blog SOS). Sugiro que ela seja reproduzida em quantidade suficiente para ser entregue, protocolada, a todos os políticos e governantes. Depois, que se monte uma Aula Magna sobre ela, em grande auditório de Brasília, obrigando todos servidores públicos de alto escalão, sem exceção, a participar, apresentando posteriormente trabalho sobre o assunto, a ser divulgado em toda a mídia. Creio que também nossos canais de televisão se devem interessar em dar cobertura a esse magno evento. A República e a cidadania brasileiras merecem essa reciclagem política. E, em nome dos brasileiros de bem, quero agradecer ao professor Da Matta por nos oferecer tão importante aula!!!
Silvano Corrêa www.silvanocorrea.blogspot.com
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ROBERTO DA MATTA
Brilhante, como sempre, a crônica (Aguarde aqui nesse blog). Ele termina falando em se ter "o suficiente". Não somente alguns políticos, mas pessoas comuns só se darão conta dessa palavra no dia em que sofrerem uma dor de cabeça mais forte, para não falar de doenças mais graves, situação em que, se pudessem, pagariam o que têm e o que não têm por uma cura. Mas é assim mesmo: no mundo capitalista selvagem, o homem avarento, e não conhecedor desse "suficiente" passa uma vida toda gastando sua saúde correndo atrás do dinheiro sem fim, quando, no final, acaba por gastar esse mesmo dinheiro para obter sua saúde de volta.
Mas aí já poderá ser tarde demais.
Vitor Adissi vitor@clubsoda.com.br
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O PÃO DE AÇÚCAR MOFOU
Diante da confusão criada pelo veto do sócio francês Casino à fusão do Pão de Açúcar com as operadoras brasileiras do Carrefour, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desistiu do aporte de até R$4,5 bilhões ao nefando negócio, engendrado pelo sr. Abílio Diniz, e desiste de apoia-la. Foi como água na fervura. Sem essa vergonhosa sangria na economia nacional, esse senhor suspendeu a malfadada transação, mostrando que sua verdadeira intenção, na fusão em tela, era entrar só com a cara e coragem, sem desembolsar um único centavo. O Conselho de Administração, por unanimidade, achou que o projeto é contrário aos interesses do grupo, uma vez que o GPA se baseou numa estimativa fortemente superdimensionada por interesses individuais.
O BNDES merece nossos aplausos e o Brasil agradece!
Antonio Brandileone abrandileone@uol.com.br
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NÃO AVISOU O SÓCIO
Abílio Diniz tentou voar sozinho, começou a desenvolver uma negociata que alterava toda a conduta dos negócios sem avisar seus sócios (diga-se Casino), que, consequentemente, lhe cortaram as asas. Ignorando a famosa regra que diz: "quem tem sócio tem patrão". Na prática, com toda a confusão, e sem sombra de dúvidas, sua imagem será afetada.
Benedito Raimundo Moreira br_moreira@terra.com.br
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COMENDA
Deveríamos dar uma comenda, qualquer uma, ao sr. Jean-Charles Naouri, o maior acionista do Grupo Casino, que nos poupou desperdiçar R$ 4,5 milhões com a aquisição do Carrefour brasileiro e sua incorporação ao Pão de Açúcar, em benefício de poucos, aliás, bem poucos mesmo.
Wilson Scarpelli wiscar@estadao.com.br
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RASTEIRA
Pela maneira como acabou a história da fusão Carrefour-Pão de Açúcar, tudo indica que o sr. Diniz queria é dar um chapéu no seu sócio francês Casino.
Angelo Tonelli angelotonelli@yahoo.com.br
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ERA UMA VEZ...
... um menino muito rico que resolveu em sociedade com outro garoto também rico comprar uma bola de futebol. Como era dono da maior parte da bola, podia ser sempre o primeiro a escolher os jogadores do seu time, portanto, sempre os melhores.
Insatisfeito com a situação, o garoto sócio minoritário propôs um novo regulamento, pelo qual podia escolher os melhores jogadores em primeiro lugar e para tanto abria mão de 10% de sua participação na bola, com a condição de no futuro, predeterminado, assumir o controle total da redonda.
Qual não foi a sua surpresa ao saber que, próximo a data da sua tão sonhada posse da pelota, seu amigo rico estava conversando com seu maior inimigo, da rua de baixo, propondo a mesma sociedade, na mesma bola, sem o seu consentimento, quebrando assim a palavra anteriormente empenhada.
Ciente de que estava sendo prejudicado, contestou e cobrou o amigo, que não deu a menor importância ao seu pleito.
Passados alguns dias de discussão, o dono da bola foi surpreendido com a proposta do garoto prejudicado querendo comprar sua parte da pelota. Quem enfim levou a melhor?
Moral da história: Nem sempre quem está a seu lado está do seu lado.
Renato Queiroz Telles Arruda renato@rigelmoveis.com.br
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Que peninha! O BNDES roeu a corda na fusão Pão de Açúcar-Carrefour e agora Abílio Diniz não poderá fazer o "grande bem" à população brasileira, como disse ao justificar seu quase monopólio na área de alimentação. Ainda bem que o BNDES acordou para esse absurdo, que com certeza serviria apenas para prejudicar a população, criando um monstro que teria nas mãos 50% do poder de compra nas indústrias alimentícias e 50% de venda no varejo. Se aprovada a fusão, esse governo estaria caminhando contra tudo o que um dia jurou defender: o povo!
Beatriz Campos beatriz.campos@uol.com.br
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JORNALISTA DE QUALIDADE
Parabéns ao colunista Celso Ming pelos comentários sobre o fiasco da fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, que seria inacreditavelmente bancada com o dinheiro público (embora eles achem que não), do BNDESPar. Realmente o vice-presidente do banco, João Carlos Ferraz, que foi irônico, para dizer o mínimo, com os argumentos da imprensa e dos consumidores contra o envolvimento público no negócio, fica a dever explicações sobre o real papel do BNDES nos vários negócios realizados ultimamente e que causam estupefação à população. Também o comentário sobre a oposição política no Brasil não poderia ser mais correto, em face de praticamente não influir em nada do que faz a situação, sendo, na verdade, praticamente nula.
Ademir Valezi Valezi@uol.com.br
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CAIU A MÁSCARA!
Vender e não querer entregar é típico de empresários como Abílio Diniz. Não fosse a pressão pública, a esta altura a farra estaria consolidada: dinheiro público via BNDES, o sócio francês nos tribunais e ministros falastrões, sem noção da postura que o cargo exige, fazendo discursos em defesa do indefensável.
Precisamos denunciar, gritar e lutar por valores se quisermos salvar o País.
Haroldo Rocha haroldoerocha@ig.com.br
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PREPARO
Na receita do Pão de Açúcar tiraram o fermento e sovaram o padeiro.
A. Fernandes standyball@hotmail.com
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BNDES DÁ MARCHA RÉ
O nosso banco estatal decidiu que não participará da fusão no varejo não porque "viu fato novo" na rejeição oficial da proposta pelo conselho do Casino, mas porque viu reação inédita de brasileiros esclarecidos que desconfiaram que não houvesse importância estratégica na operação, como quis entender o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
Sergio S. de Oliveira ssoliveira@netsite.com.br
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ACUADO
O BNDES sentiu-se acuado pela maciça opinião popular contrária e recuou do empréstimo que faria pela fusão Carrefour-Pão de Açúcar. Ponto, principalmente, para imprensa escrita deste país, como o Estadão, que, além de adotar uma postura crítica em relação ao suposto acordo com a ajuda do dinheiro público, ainda abriu o espaço em suas páginas aos leitores e cidadãos brasileiros perplexos e indignados com aquela situação. Fato que não enxerguei em outros setores da imprensa brasileira.
Filipe Luiz Ribeiro Sousa filipelrsousa@yahoo.com.br
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GOVERNO DILMA
A recente demissão dos ministros e a decisão do BNDES de se retirar da fusão "Pão de Açúcarrefour" são provas inconteste de que a opinião pública (imprensa e brasileiros) têm vez e voz no governo Dilma.
Fosse no anterior... Segue o jogo, Brasil!
J.S. Decol decoljs@globo.com
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RECUO TÁTICO?
O BNDES desistiu do golpe disfarçado do sr. Diniz por convicção ou está apenas apostando na amnésia dos brasileiros? É esperar pra ver. Quem tem costas quentes sempre tem esperança!
Leila E. Leitão
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WEBJET
A Gol compra a Webjet e assume 40% do setor no País. Mais um péssimo negócio para o usuário das empresas aéreas, particularmente da região de Ribeirão Preto. No setor rodoviário, a família "trator" Constantino comprou grande parte das empresas e consta que tinha anos atrás mais de 10 mil ônibus. Isso sem mudar o nome das empresas para não caracterizar monopólio e assim conseguir influir sobremaneira no preço da passagem, particularmente na intermunicipal do Estado de São Paulo. No setor aéreo esperava-se que isso não acontecesse, mas pelo andar da carruagem haverá sério retrocesso no avanço havido nos últimos anos. No caso de Ribeirão Preto, agora é o caso de abrir linhas para a empresa aérea Azul, que também tem o mesmo espírito empreendedor que tinha a Webjet. O interessante é andar com as aeronaves cheias o tempo todo.
Luiz Antonio da Silva lastucchi@yahoo.com.br
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PERGUNTAR NÃO OFENDE
O Grupo Constantino quitou a dívida imensa que mantinha com o INSS pelo não recolhimento das contribuições dos empregados das suas companhias de ônibus?
Nestor Rodrigues Pereira Filho rodrigues-nestor@ig.com.br
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AINDA O ACIDENTE DA TAM
Diversos aviões pousaram e decolaram em Congonhas com pista molhada, sem "grooving", antes e depois do acidente com o Airbus da TAM.
Só que nenhum deles pousou com um manche acelerando e outro, não. Sem querer defender a Anac ou a TAM, pergunto: será que o Ministério Público não levou em consideração esse "pequeno detalhe?
Gustavo Guimarães da Veiga gjgveiga@hotmail.com
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35% DE CARROS IMPORTADOS
O crescimento acentuado das vendas de carros importados vem desmentir a afirmação de que brasileiro só compra carro flex. Muitos que já tiveram um flex estão loucos para voltar aos carros de único combustível. No entanto, não temos possibilidade de escolha com as montadoras locais. Essa distorção do mercado é de natureza política. Ou se conservam os antigos ou somos obrigados a optar por um modelo estrangeiro, muito mais caro, mas, mesmo assim, vendendo cada vez mais.
Cássio Ruas de Moraes mmargamor@gmail.com
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COPA AMÉRICA
Nunca a avicultura foi tão homenageada num torneio de futebol...
Ganso, Pato, Peru e, é claro, frangos.
Gilberto Martins Costa Filho marcophil@uol.com.br
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FRANGO
Como já disse Casa Grande, Júlio César "caiu tarde" no chute do Caicedo.
Nelson Pereira Bizerra nepebizerra@hotmail.com
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PENOSAS
Houve algo estranho que acordou o galinheiro. Será que foi o alvoroço dos frangos? Até os pintinhos amarelinhos ficaram acordados.
Roberto Stavale bobstal@dglnet.com.br
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BRASIL ENCAÇAPOU 4 NO EQUADOR!
Quase no fim do jogo contra o Equador, o pessoal que estava assistindo comigo ficou curioso por Mano ter sacado o Neymar, em vez do Robinho. O Mano não vai confessar, mas tirou porque bastou o rapaz marcar dois golzinhos contra o timeco do Equador e pronto, subiu novamente a máscara e começou a ter siricoticos. E o técnico, que não é bobo, sabia que aquele exibicionismo do rapaz poderia terminar em porradas. Ele está certo, aguentar a frescura do rapaz é dose...
Laércio Zanini arsene@uol.com.br
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CONTRASTES
Se o povo fosse tão exigente com os governantes e políticos que elege como é com a seleção brasileira de futebol, não seriamos um país de alienados.
Roberto Castro roberto458@gmail.com
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