NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mais qualidade de vida aos aposentados

É verdade que os anseios dos aposentados, que dedicaram tanto tempo de suas vidas ao trabalho, estão longe de ser atendidos por completo. No setor da saúde, por exemplo, convênios médicos cada vez mais caros e com mais restrições e remédios a preços muitas vezes inacessíveis impedem os aposentados de cuidar como deveriam de sua saúde.

Mas, apesar de frustrações como essas, a vitória no reajuste das aposentadorias e pensões de quem recebe acima de um salário mínimo, conquistada no início de 2010, somada a uma recente pesquisa sobre o perfil de renda de quem passou dos 60 anos, mostra uma realidade surpreendente e positiva: eles vivem, atualmente, com mais qualidade de vida.

A conquista que mexe diretamente nos bolsos dos aposentados foi obtida através da Medida Provisória 475, editada no final do ano passado e em vigor desde janeiro, que reajustou em 6,14% as aposentadorias e pensões de quem ganha mais de um salário mínimo. O índice foi fruto de acordo realizado entre governo e centrais sindicais. A MP deve ser votada no Congresso nos próximos dias.

Líderes partidários no Senado chegaram a um pré-acordo para elevar o percentual de reajuste concedido aos aposentados em 7,71%. Com o novo valor, o impacto extra nas contas da Previdência seria de cerca de R$ 2 bilhões anuais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, advertiu que, para conceder tal aumento, é preciso definir, antes, de onde sairão os recursos com que serão pagos. Lula declarou que, sem verba suficiente, vetará percentual maior do que o atualmente praticado, evitando impactos mais profundos no caixa da Previdência Social e, em última instância, do Tesouro.

Enquanto o debate sobre o reajuste ganha os holofotes da mídia, um levantamento realizado pelo instituto Somatório Pesquisa & Informações e divulgado recentemente desfaz vários estereótipos negativos relacionados à população da terceira idade. A pesquisa revela o perfil de renda e consumo das pessoas com mais de 60 anos. Mostra que essa faixa etária tem renda mensal de R$ 7,5 bilhões, que corresponde a 15% dos rendimentos dos domicílios do país, e que 93% desse público têm renda própria.

Outro dado levantado na pesquisa foi à participação dessa faixa etária na renda familiar. Pelo estudo, em média, 71% da renda familiar total vêm do bolso do aposentado. E essa participação aumenta entre as famílias de menor poder aquisitivo. Na classe A, eles contribuem com 55% da renda familiar. Na classe B, com 59%. Na classe C, a participação sobe para 72% e, na D, contribuem com 88%.

O último item da pesquisa que comprova que os aposentados brasileiros têm vivido melhor trata de como essa faixa da população gasta seu dinheiro. A enquete mostra que 81% dos entrevistados se declararam totalmente independentes para suas tarefas cotidianas. Ir ao shopping, fazer compras, praticar atividades físicas e viajar compõe o rol dos desejos de consumo dessa faixa etária.

O levantamento, bem como a tão debatida questão do reajuste das aposentadorias, são notícias que dão mais ânimo a uma faixa da população que tanto contribuiu ao país. O reajuste de 6,14% já pode ser considerado uma vitória, embora a esperança, claro, seja a de que se consiga um percentual ainda maior. Os aposentados ficam na torcida. Energia para fazer jus ao termo “melhor idade”, eles têm de sobra. Resta obter um pouco mais de dinheiro no bolso para gastar e viver ainda melhor.

Milton Dallari é conselheiro da Associação dos Aposentados da Fundação Cesp

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