NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O direito à verdade

O artigo "O direito à verdade" é de autoria do presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, e foi publicado na edição de (20 de abril 2010) do jornal O Dia (RJ):

“O conhecimento da nossa própria história”. É exclusivamente esse direito, basilar numa sociedade democrática, que a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro reivindica quando empreende a Campanha pela Memória e pela Verdade, pela abertura dos arquivos da ditadura.

Hoje, passados mais de 40 anos desde que presos políticos começaram a desaparecer, torturados ou mortos por agentes do Estado, queremos que o governo brasileiro resgate do limbo do esquecimento os fatos daquele período.

Temos o direito de saber o que aconteceu como aconteceu e quem foi responsável pelo desaparecimento de mais de uma centena de pessoas que sumiram da história sem que jamais seus pais, filhos, mulheres e maridos tivessem obtido, pelo menos, seus corpos para prantear e sepultar com dignidade.

Quando mobilizamos as entidades civis, os sindicatos, os estudantes, os partidos políticos e cada cidadão deste País, o fazemos convictos de que só a memória tornada pública e a revelação dos fatos terão o poder de apaziguar a Nação e os corações dos brasileiros que, por décadas, têm sido obrigados a conviver com a negação dos fatos e evasivas oficiais não bastasse à dor da ausência inexplicada daqueles que amavam.

Não nos movem sentimentos de revanche. Podem ficar tranquilos setores do atraso que resistem e ameaçam o governo com bravatas toda vez que reafirmamos nosso direito à memória e à verdade. Como sociedade madura, que deixou o arbítrio para trás e vive com plenitude o estado democrático de direito, queremos apenas jogar luz sobre aqueles anos sombrios.

“Entendemos que, a partir do conhecimento da história, criaremos anticorpos na sociedade em especial, nas novas gerações para que jamais uma ditadura volte a nos assombrar”.

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