NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Rio cria secretaria de Economia Verde e quer liderança no mercado de carbono

Autora: Daniela Chiaretti
Valor Econômico - 17/02/2011
O Rio de Janeiro é o primeiro Estado brasileiro a ter uma secretaria de Economia Verde, subordinada à pasta estadual do Meio Ambiente. Se depender do desejo de quem ocupa o cargo, a cientista Suzana Kahn Ribeiro, esse é o início do processo de tornar a economia fluminense mais limpa, mais moderna e mais forte. O primeiro passo nesta rota pode ser a de tornar o Estado do Rio o primeiro da Federação a ter um mercado de carbono como existe na Europa, com a comercialização entre empresas de licenças para emitir gases-estufa.

"O Rio de Janeiro tem vocação muito grande para inovação", diz ela, citando a rede de universidades e centros de pesquisa, e a necessidade de o Rio ter mais opções, além da vocação turística natural. "Podemos nos credenciar a ser um polo de tecnologia de baixo carbono", prossegue Suzana. "Podemos tornar o Rio uma vitrine desse novo modelo de desenvolvimento", diz. "Se conseguirmos estabelecer um modelo de governança ambiental, que possa ser replicado no Brasil todo, podemos mostrar que é possível ter o meio ambiente como indutor de desenvolvimento e não como um impeditivo."

Economia verde é termo na moda e que começa a circular com mais vigor no mundo, embora ainda soe meio volátil. Na segunda-feira, em Nairóbi, no Quênia, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lança o primeiro estudo de renome sobre o assunto. "Está se falando muito sobre isso e não podemos perder essa oportunidade da história", diz Suzana. "O Brasil precisa escolher o que quer ser nesse cenário: protagonista, coadjuvante ou atropelado pelos outros."

Na visão dessa engenheira mecânica com mestrado em planejamento energético e doutorado em engenharia de produção, "a chance de crescer da mesma forma que as nações ricas cresceram no passado, não existe mais". A consciência ambiental hoje é muito maior, e os recursos naturais são finitos, há um limite concreto para a sua exploração. "O Rio pode ser um estudo de caso", entusiasma-se.

Promover joint-ventures entre empresas e transformar o Rio em um polo de tecnologias limpas, por exemplo, é o que ela tem em mente. Desenvolver pás de torres eólicas com design mais adequado, para aproveitar melhor os ventos no país, ou produzir painéis solares ao invés de importá-los, são duas ideias que ela cita.

A criação de um mercado de carbono é outro exemplo. O Estado teria que estabelecer um teto para as emissões de gases-estufa e depois criar um sistema de comercialização de licenças. O formato é inspirado no que existe na Europa, só que ali os países têm metas obrigatórias de redução de gases-estufa e regras reguladas pelo Protocolo de Kyoto. "A motivação é ambiental, mas esse tipo de decisão ultrapassa as nossas fronteiras e tem que ser alinhavado com todo o governo", adianta.

Já começaram as reuniões com técnicos da secretaria da Fazenda, da área tecnológica e do desenvolvimento econômico, com funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). "Temos que ver o que é possível fazer para não onerar a economia do Estado."

Para sair do plano das intenções, Suzana tem à frente os recursos do pré-sal e a Rio+20, um megaevento que o Rio de Janeiro sediará em 2012, 20 anos depois da Eco-92, a famosa conferência da ONU que produziu as convenções do Clima e da Biodiversidade. Não se espera, da Rio+20, novas convenções ou os ajustes de negociação que ocorrem todos os anos nas chamadas CoPs, mas a reunião deverá produzir um documento exatamente sobre economia verde.

Não é de hoje que Suzana trabalha com o secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc. Ela foi secretária de Mudanças Climáticas durante a gestão de Minc no ministério e saiu com ele, em abril. De volta ao Rio, montou, com o climatologista Carlos Nobre, o Painel Brasileiro de Mudança Climática, inspirado no IPPC da ONU e ligado aos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. O painel tem por função ser um órgão consultivo e de apoio ao governo sobre mudança climática e dar suporte para políticas públicas. Hoje, existem 200 cientistas envolvidos com o painel no Brasil.

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