NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Antes do Brasil: O LEGADO PRÉ-HISTÓRICO


Continua sendo difícil estabelecer um quadro global e coerente da pré-história brasileira. O desafio tem-se revelado frustrante para os pesquisadores porque, além de compreender um período de tempo que, talvez, seja de cerca de quinhentos séculos (ou 50 mil anos), a área de pesquisa — estendendo-se da Amazônia ao Pampa c do Nordeste ao Pantanal — possui vastidão continental. Corno se não bastasse a amplitude do tempo e do espaço — e as enormes modificações climáticas ocorridas na região ao longo de milénios —, pouquíssimas pesquisas foram realizadas no Brasil antes de 1965. E, nessa época, como ainda ocorre hoje, milhares de sítios arqueológicos já haviam sido destruidos.
Não se sabe com certeza desde quando o homem está na América, embora a estimativa e a via de penetração oficialmente aceitas — doze mil anos atrás, através de migrações via estreito de Behring (a ponte de gelo que, em épocas glaciais, unia a Ásia ao Alasca) — estejam sob o ataque constante de novas datações e novas teorias. 1-Já indícios (ainda não inteiramente comprovados) de que os primeiros paleoíndios possam ter chegado ao Brasil há pelo menos 50 mil anos e que talvez tenham vindo por via marítima, descendo ao longo da costa americana do Pacífico. Seja corno for, é certo que por volta de doze mil A.P. (ou Antes do Presente, que, por convenção, significa “antes de 1950”) — como dizem os arqueólogos —, durante a transição entre os períodos Pleistoceno e Holoceno, boa parte do território hoje brasileiro já se encontrava ocupado por grupos de caçadores e coletores pré-históricos.
Tais grupos são divididos pelos arqueólogos em tradições, estabelecidas de acordo com os resquícios de sua cultura material — essencialmente instrumentos de pedra e pinturas rupestres. Grande parte das atuais regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, por exemplo, era ocupada por membros da chamada tradição Nordeste, que possuía indústria lítica refinada e fazia belas pinturas rupestres. Ao redor de sete mil anos atrás, esse grupo foi substituído pelas tribos da tradição Agreste, que não dominava as artes, exceto a da guerra. No Sul, a tradição mais antiga é a Ibicuí, estabelecida na bacia do rio Uruguai há cerca de treze mil anos. Eram caçadores que enfrentavam e se alimentavam de animais da megafauna, como o megatério. Entre 6.500 e 2.000 A.P. surgiu, da região que agora é o Estado de São Paulo para o Sul, a tradição Humaitá. A agricultura desenvolveu-se a partir de 3.500 A.P., e a cerâmica, pouco depois. Não é fácil estabelecer um vínculo preciso entre os grupos pré-históricos e as tribos indígenas que seriam encontradas pelos portugueses a partir de abril de 1500. Na verdade, muitos dos primeiros habitantes do Brasil se extinguiram, ou foram massacrados, ou absorvidos por grupos indígenas que chegaram ao território brasileiro muitos séculos depois daqueles pioneiros.
De todo modo, o certo é que, quanto mais se iluminarem as trevas do passado, mais o Brasil conhecerá seu próprio futuro.
Texto extraído do livro BRASIL: UMA HISTÓRIA cinco séculos de um país em construção de Eduardo Bueno. Edição 2010, pag 14, editora LEYA. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos o seu comentário...