NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os sujos e os hipócritas

Autor: Plácido Fernandes Vieira
Correio Braziliense - 21/10/2011
Entendo as pessoas que não querem um acampamento de mendigos na porta de casa. Por motivos óbvios. Mas, sobretudo porque é inaceitável que uma pessoa viva em condições subumanas como essa. Isso só ocorre, aqui e em qualquer lugar do mundo, porque a direita costuma ser insensível e estúpida quando o assunto é distribuição de renda e solidariedade.
E porque a esquerda, quando está no poder, costuma se comportar de forma autoritária e hipócrita. Ora bolas, ninguém, por mais miserável que seja, merece isso.
Se a direita, que vive de acumular capital, mas é obrigada a sair às ruas em carros blindados e não pode pôr os pés fora de seus condomínios-bunkers, fosse mais inteligente, destinaria parte de seu tempo e lucro (muitas vezes indecente) a erradicar a miséria do mundo. Educar, garantir saúde e dar condições para que um cidadão viva com o mínimo de dignidade equivale a ter um planeta mais equilibrado. E com mais consumidores para ampliar o mercado tão cobiçado pelas forças produtivas. "Imagine all the people..." Pois é, Lennon.
Vejam o caso do Bolsa Família e da revolução que um punhado de trocados a mais produziu Brasil afora. E isso, que é o mínimo do mínimo, praticamente transformou Lula em uma espécie de político quase santo entre as camadas mais pobres da população. Eu diria, até, num político inimputável. Capaz de defender o indefensável, sem sentir vergonha disso.
Como, aliás, fez em diversas oportunidades. Tanto fez que corruptos de hoje, de ontem e de amanhã sentem falta dele. Sim, ele deixou uma herança boa e outra maldita. Mas muita gente faz questão de só enxergar um lado da verdade.
Voltando aos mendigos, sinto vergonha de ver uma secretária de governo — na qual um dia votei — irritada e dizendo não saber o que fazer com essas pessoas desamparadas nas ruas da capital da República.
Ora, secretária, faça valer a Declaração Universal dos Direitos Humanos. É o mínimo que lhe cabe. Dê uma lição na suposta classe média que a senhora detesta: tire os pedintes da rua e os abrigue em condições dignas. Garanta-lhes bolsa-família, assistência médica, alimentação e ponha-os para aprender um ofício. O país está carente de mão de obra especializada. Ponha os filhos deles na escola. Afinal, a esquerda chegou ao poder para quê? Certamente, não foi para roubar o dinheiro do lanche das criancinhas.

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