(IN) SEGURANÇA
PÚBLICA
Silêncio...
Se o caos instalado na Bahia (enquanto o governador
passeava em Cuba) estivesse acontecendo em São Paulo, alguém tem alguma dúvida
de como estaria o clima por aqui? Alguém acredita que estaríamos
"ouvindo" o mesmo silêncio das matilhas raivosas, aquelas que se
consideram ungidas por alguma divindade para zelar pela democracia, pelos
direitos humanos e por todas as demais causas nobres?
JOSÉ B. NAPOLEONE SILVEIRA: nenosilveira@aim.com*
Vidraça
Deixa ver se entendi: o governador da Bahia, Jaques
Wagner (PT), como militante do partido, usava "estilingue" ao lado
dos movimentos sociais e agora se acha atingido no "telhado de
vidro"?
EDGARD
GOBBI: edgardgobbi@gmail.com*
A Bahia e o Pinheirinho
Parece que doravante o PT entenderá que a ordem
constituída precisa ser mantida a todo custo, em nome do respeito que se deve à
nossa Carta Magna e às demais leis vigorantes. Assim está a demonstrar a
situação na Bahia, cuja greve da Polícia Militar (PM) está a envolver todo o
País e as forças que lhe dão a segurança necessária. Como consequência, não
podem valer dois pesos e duas medidas, ou seja, uma opinião para São Paulo, no
caso Pinheirinho, em São José dos Campos, e outra para a Bahia. Aliás, parece que
esse partido está colhendo o que plantou, porque medidas de força estão sendo
aplicadas necessariamente, em decorrência da leniência com que a entidade
partidária sempre tratou grevistas e baguncistas deste país.
JOSÉ CARLOS DE C. CARNEIRO: carneirojc@ig.com.br*
Fichinha
O que aconteceu no Estado de São Paulo é fichinha
perto do que está acontecendo na Bahia. Com a palavra os petistas, a turma dos
direitos humanos, juristas e por aí vai. Pobre Brasil! Pobre povo brasileiro!
NELSON PIFFER JR.: pifferjr86@gmail.com*
Números assombrosos
Os relatos, os números de pessoas mortas desde que
a greve dos policiais baianos começou são inaceitáveis e desnudam o que muitos
que se interessam por informação despida de politicagem já sabiam: a política
de segurança da Bahia e a do governo federal são erradas e desastradas. Os
dados sobre o aumento da criminalidade no País já apontavam para uma piora em
todo o Nordeste. Nos últimos dez anos - nove dos quais são de governo petista
-, só na Bahia a taxa é de 37,7 mortes a cada 100 mil habitantes. Não é pouco e
esse número com certeza vai piorar - até agora já contam 89 mortos. Onde a
eficiência petista, onde as políticas sociais que não conseguem melhorar a vida
do cidadão? O ministro Gilberto Carvalho não se vai pronunciar contra essa
"operação de guerra"? Um Estado que precisa das Forças Federais, do
Exército, da Polícia Federal, para aplacar uma situação de greve está sob
intervenção. Dilma não acha isso tudo uma "barbárie"?
MARIA TEREZA MURRAY: terezamurray@hotmail.com*
Flores e água de cheiro
Será que o Exército, comandado pelo PT, tratará os
grevistas na Bahia, (des) governada pelo PT, com flores e água de cheiro, como
defendiam os esquerdopatas ao criticar a reconquista da cracolândia pela
cidadania paulistana e a reintegração de posse no Pinheirinho, em estrito
cumprimento de ordem judicial legítima?
SAULO VIEIRA TORTELLI: saulo_tortelli@msn.com*
De greves
Num país onde políticos, juízes, assessores e
apaniguados ganham salários astronômicos e, em vários Estados, a polícia, que
se arrisca diariamente, perde a vida e passa miséria... Já imaginaram se as
Forças Armadas também entrarem em greve?
ALBERTO NUNES: albertonunes77@hotmail.com*
GREVE NA BAHIA
Estamos assistindo, mais uma vez, a uma greve da
Polícia Militar (PM), desta vez na Bahia. Aproveitando o caos na segurança
pública, cenas de arrombamentos e homicídios passaram a ser frequentes, com
sérias consequências até para a economia do Estado. Parece que as instituições
estaduais militares, bombeiros e polícias, insistem em atropelar a
Constituição, que proíbe explicitamente a greve no âmbito militar.
Infelizmente, diante do número crescente desses movimentos, verifica-se que as
punições não vêm correspondendo ao que a sociedade, a vítima, espera, graças às
fissuras da lei habilmente identificadas pelos advogados. Daí as anistias e
reintegrações, com graves consequências para a disciplina, pilar básico do
espírito militar. O mais irônico é que, nessas situações de emergência, o
Exército, muitas vezes, é chamado a intervir, o mesmo Exército que, sem pensar
em greve, está há quase dois anos sem reajuste salarial.
Paulo Roberto Gotaç: prgotac@hotmail.com*
A FALTA QUE A PM FAZ
Geralmente só avaliamos o quanto vale um prestador
de serviço quando ele nos falta. Apercebemo-nos da importância que ele sempre
faz quando, de repente, deixou de ser feito. A segurança que a PM dá aos
cidadãos baianos pode ser sopesada agora, em meio ao caos desta mortandade (que
no momento em que escrevo já chegou a 93 óbitos em apenas 6 dias). Agora é a
hora em que o governador Jaques Wagner tem de repensar se agiu bem com a PM, se
os policiais militares realmente pediram-lhe um despropósito ou se sua
reivindicação procede. Aliás, as PMs de outros Estados já estão de olho nos
acontecimentos e garanto que, para bem ou para mal, não ficarão inertes.
Mara Montezuma Assaf: montezuma.scriba@gmail.com *
SINAIS TROCADOS
Triste do país em que policiais fazem greve e agem
como marginais e os bandidos profissionais trabalham em tempo integral.
Haroldo Lopes: aluisantos@yahoo.com.br *
DIÁLOGO
A presidente Dilma classificou de barbárie a
reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos. Segundo ela, e
todo o PT, deveria ter havido diálogo. Na Bahia, com prefeito e governador do
PT, a Polícia Militar, seguindo a prática instigada pelo PT em nível nacional,
está em greve. A pedido do governador, a presidente despachou para lá a Armada
Lulaleone, com centenas de homens fortemente armados, para dialogar com os
grevistas.
Mario Helvio Miotto: mhmiotto@ig.com.br *
BARBÁRIE
Barbárie são 89 assassinatos em seis dias. Não é
mesmo, Sra. Dilma? Justo num governo do PT, pois que num passado recente quem
sempre defendia greve era o Lula. Estariam bebendo do próprio veneno, ou
pimenta nos olhos dos outros é refresco? Pobre povo baiano.
Leila E. Leitão*
INTRANSIGÊNCIA DOS PODEROSOS DE PLANTÃO
Quando era oposição, o atual governador da Bahia
atribuiu, durante uma greve da PM, ao Estado uma série de crimes ocorridos.
Agora que é governo, diz que os crimes acontecidos desde o início da greve,
foram praticados pelos grevistas. Junto à boa parte dos atuais governadores,
afirma não poder aceitar a PEC 300, que prevê um piso salarial para a carreira
de policial, pois não tem verba. Infelizmente neste nosso país, falta dinheiro
para as necessidades básicas, mas sobra para viajar para Cuba, para prover voos
de helicóptero de ex-presidentes, para garantir as mordomias do poder legislativo,
para sustentar ONGs de fachada, de araque, para ser desviada de seus reais
propósitos, para caixa dois eleitoral ou para engordar o bolso de certos
funcionários, haja vista sete ministros recém afastados, etc. O governador ,
junto do ministro da justiça, chama os grevistas de vândalos e bandidos, diz
que tem que cumprir ordem judicial de prisão contra 12 grevistas e que vagas
foram “reservadas” em presídios federais de segurança máxima para os grevistas
que forem presos. Quem está com a razão, o tempo dirá, mas um fato é
incontestável: as polícias militares e os bombeiros são pessimamente
remunerados.
Luiz Nusbaum: lnusbaum@uol.com.br*
CASSETETES E BALAS NÃO COMBINAM COM DEMOCRACIA
A Assembleia Legislativa da Bahia está cercada pelo
Exército, Polícia Federal e Centro de Operações Especiais (COE), numa operação
militar digna dos tempos da Ditadura. Lastimável. Devo salientar que não sou a
favor de movimentos grevistas feitos de forma violenta e que prejudiquem os
setores econômicos do Estado e a população, não obstante, também não sou a
favor de qualquer movimento de repressão feito pelo Estado que cerceie o estado
de direito dos trabalhadores pelo direito de fazerem greve. Greve que alias,
sempre foi usada pelos trabalhadores, em especial pelos companheiros do PT e
PCdoB, para atingirem seus objetivos reivindicatórios e políticos. O que me
deixa perplexo é que quem está no comando desta repressão contra os policiais é
quem sempre condenou a repressão e apoiou movimentos grevistas dos policiais do
Estado da Bahia, no Pólo Petroquímico da Camaçari, duas greves gerais e outros
movimentos sindicais e populares que é o Governador Jaques Wagner que, estranhamente
agiu como se nada soubesse enquanto passeava em Cuba ao lado da Presidente
Dilma e só veio a tomar uma posição três dias depois que o movimento cresceu e
parecia fora de controle. Não acredito que o Wagner não soubesse de nada.
Sabia. Sabia e deixou o movimento crescer, chegar aonde chegou para depois
assumir uma posição de repressor, exatamente como fazia ACM, para depois tirar
proveito político da situação. Governador tomara que esta sua posição não seja
um tiro no pé. Invadir a Assembleia Legislativa, atirar nos policiais grevistas
não é uma solução para quem se diz defensor dos direitos de manifestações dos
trabalhadores. O senhor sabe exatamente como lidar com isto, sabe como tudo
isso funciona, pois o senhor foi mestre em fazer graves políticas e usar o
trabalhador como massa de manobra. Nunca como antes na história da Bahia
tivemos um governador oriundo do movimento sindical e que usa os mesmos métodos
da antiga direita para acabar com movimento grevista. Ao que parece, estamos
diante de uma nova direita, uma direita com cara de esquerda, assumindo o
governo da Bahia e do Brasil. Tudo igual. Governador, eu e parte do povo deste
estado e do país, temos memória e não esquecemos nossa história. Não queremos
que ela se repita. Cassetete e balas não combinam com democracia.
Juarez Cruz: juarez.cruz@uol.com.br
*
A REVOLTA DOS PMS
Já chegamos a um ponto na Bahia em que não mais se
pode falar de um mero conflito grevista, mas de uma revolta. O movimento
reivindicatório dos policiais militares se transformou num enfrentamento com a
União e o Exército. Do mesmo modo, deu-se a Conjuração Baiana ou dos Alfaiates
(1798) e a Sabinada (1837-1838), inacreditável insurgência armada das camadas
médias baianas, comerciantes, profissionais liberais e oficiais militares. O
palco atual é de típica revolta originária de uma dissidência pontual. Isso
porque, ao invés de negociadores especializados em conflitos trabalhistas, os
governos de Jacques Wagner e de Dilma Rousseff optaram pela intervenção do
Exército, ávidos de evitar um desgaste eleitoral por meio de uma solução rápida
– e ilusória, como se verifica.
Amadeu R. Garrido de Paula: amadeugarridoadv@uol.com.br
*
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS
A Bahia, governada pelo falastrão Jaques Wagner,
não está conseguindo esconder do conhecimento público sua incompetência na
solução de problemas do seu estado. A companheirada aspones do seu governo
estão de barriguinhas cheias, bons salários por pouco ou nada prestado de
serviços. Porém, os policiais militares que colocam suas vidas em risco pela
defesa dos cidadãos, estão relegados ao abandono do governo que não quer
melhorar seus salários de fome, idêntico ao ocorrido no Rio de Janeiro com o
governador Sérgio Cabral, que fala muito e não se aproveita nada, acusando os
eficientíssimos bombeiros de vândalos. Estou notando nesse episódio grevista na
Bahia, a falta de presença da cômica militância petista dando apoio aos grevistas
e principalmente a dramática presença do senador Eduardo Suplicy, procurando
novos estupros para aparecer na mídia, pois com trabalho produtivo não consegue
aparecer.
Benone Augusto de Paiva: benonepaiva@yahoo.com.br *
SUPLICY E O USO DA FORÇA
Uai, por que nosso digníssimo senador Eduardo
Suplicy não foi ao Congresso reclamar da ação da Força Nacional contra os
familiares dos policiais militares da Bahia?
Jose G. Santinho: msantinho@uol.com.br *
AMIGO ÍNTIMO
É curiosa a política de dois pesos e duas medidas
dos petistas deste país. Quando em São Paulo ocorre uma ação policial executada
pela Polícia Militar (PM) de São Paulo, chove protestos das entidades que eles
manipulam (OAB, Ministério da Justiça, ONGs e também alguns jornais e
jornalistas), mas quando ocorre no quintal deles, como na Bahia do incompetente
Jaques Wagner, aí a culpa é dos grevistas, que, aliás, no caso da PM baiana, no
passado apoiavam as greves contra o governo estadual ao qual eles faziam
oposição... É como eu digo, o único amigo íntimo do qual um petista é
verdadeiramente devotado é a cueca.
Paulo Boccato: pofboccato@yahoo.com.br *
OS DESDOBRAMENTOS DA GREVE
Lamentáveis e extremamente preocupantes, sob todos
os aspectos, os episódios de grave perturbação da ordem pública ocorridos no
âmbito do Estado da Bahia em razão da greve de parte do efetivo da Polícia
Militar. Na capital, uma onda de saques e assaltos assusta a todos e um total
de 29 homicídios ocorreram num período de 30 horas. A gravidade do caso impôs
ao governo federal o emprego imediato de tropas federais para manutenção da lei
e da ordem, e o Ministro da Justiça, José Cardoso, presente em Salvador,
declarou que os militares que cometerem crimes em razão da atual greve serão
encaminhados a presídios federais. Ou seja, a situação definida é de
intervenção federal no Estado para conter grave perturbação da ordem pública,
caso previsto na Constituição Federal, e os crimes correlatos são, portanto, de
competência federal. Há inclusive uma pergunta que não quer calar: haverá algo
orquestrado por trás de tão lamentáveis episódios? Pelo sim e pelo não o fato é
que estamos diante de um perigoso precedente que põe em risco a segurança
pública, desprotege a sociedade e favorece diretamente a criminalidade. Deixar
de cumprir a missão constitucional, de servir e proteger a sociedade, para
reivindicar aumento salarial, por mais justo que seja, é medida de contra-senso
e de quebra dos princípios basilares da hierarquia e da disciplina. A
Constituição Brasileira e os estatutos específicos vedam aos militares o
instituto da greve, havendo, portanto, a possibilidade de enquadramento em
crime militar por desobediência, insubordinação, motim ou revolta, que podem
não ser alvo de anistias futuras. O caminho é do diálogo e do bom senso. Todos
sabemos da importância vital dos serviços da Polícia Militar e do Corpo
Bombeiros, para o bem-estar da sociedade. Isso não há dúvida. É óbvio que sem
segurança pública não há paz social. Todavia, os governos estaduais têm limites
de caixa. A estratégia do “juntos somos fortes” é extremamente perigosa ao
estado democrático de direito e à paz social. A defasagem e o aviltamento
salarial nas instituições de segurança pública, face as características
peculiares de suas missões, é um processo histórico no país que provém de
longos tempos e certamente não será resolvido em curto espaço de tempo, com
alguns Estados praticamente sobrevivendo para pagar salários de servidores e
manter o custeio da máquina administrativa. Em muitos estados da federação não
sobram sequer recursos para investimentos, nem na área social. Isso também é
fato real. Dinheiro não se reproduz nos cofres estaduais com um toque de mágica
para honrar as despesas de gasto com pessoal, ativo, inativo e pensionistas.
Não se deve esquecer também dos aproveitadores políticos de ocasião que em
verdade almejam ver o circo pegar fogo e colher frutos diante das crises. O
caminho, num momento delicado como o que atravessa o governo da Bahia, é a
busca incessante do diálogo e da negociação. Outro caminho poderá levar ao
iminente e indesejável perigo da desordem e ao gravíssimo comprometimento da
ordem pública. O triste episódio de invasão, por militares insuflados, ao
Quartel Central do Corpo de Bombeiros no Rio, na fatídica noite de 3 de junho
do ano passado, ainda permanece vivo em nossas lembranças. Que desagradáveis
fatos não se repitam. O diálogo e o bom senso, portanto, terão que prevalecer.
Que a ordem pública também se restabeleça, urgentemente e em toda sua
plenitude, na terra de Castro Alves. É o que a sociedade, a destinatária dos
serviços policiais, deseja o quanto antes.
Milton Corrêa da Costa: milton.correa@globomail.com
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