NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

domingo, 12 de setembro de 2010

‘DETALHE’ A MAIS NAS NOTÍCIAS DO DIA “DEU” NA MÍDIA NACIONAL POR: Ricardo Noblat

Celulares, Privadas e 'Universos Paralelos': Texto de: Elio Gaspari
Em abril passado os mastigadores de números da ONU surpreenderam o mundo ao mostrar que na Índia (1,1 bilhão de habitantes) só 31% da população tinha acesso ao saneamento básico, enquanto 45% dos indianos tinham celulares. Privada x celular seria um indicador daquilo que o colunista americano Roger Cohen chamou de "universos paralelos".
A Pnad de 2009 mostrou uma situação parecida em Pindorama. Dos 190 milhões de brasileiros, 78 milhões não têm acesso ao saneamento, enquanto há no país 162 milhões de celulares. (Como há pessoas que têm mais de um aparelho, esse número não pode ser diretamente associado à população.)
É possível que essa comparação seja um fútil exercício estatístico, mas a ideia dos "universos paralelos" é estimulante.
O cidadão mora em Itaboraí (RJ), não tem latrina, mas fala com a avó em Tauá, no interior cearense.
Os serviços de comunicações, privatizados, expandem-se com mais vigor, e muito maior rentabilidade, que o saneamento estatal. Ademais, não se conhece caso de pessoa que tenha trocado saneamento por celular.
O cidadão com celular entra num universo onde pode se informar e reivindicar melhores serviços públicos. (Mesmo sabendo-se que 82% dos celulares brasileiros são pré-pagos.)
O mundo de "universos paralelos", com mais celulares do que privadas, torna-se chocante quando se vê a expansão mundial do mercado de água engarrafada. No próximo ano ele valerá US$ 86 bilhões, 51% acima da cifra de 2006.
A degradação (ou o medo) da qualidade da água da torneira criou um hábito regressivo. No século 19 o andar de cima de Londres consumia água encanada. Quem a comprava a granel era a patuleia, pois as fontes públicas espalhavam cólera.
O Brasil é o quarto mercado consumidor de água engarrafada, depois dos EUA, México e China. Como a própria associação das empresas do setor reconhece, há marcas de "mineralizadas" que são apenas água da torneira (tratada com dinheiro da Viúva) enfeitada com alguns sais.

Leia os comentários:
Nome: João Carlos da Silva... Gaspari: Você faria um grande favor a todos pesquisando melhor e apresentando uma prova do que já suspeitávamos há tempos: "muita água "mineralizada" vem de torneiras". Seria realmente muito importante ir a fundo nesta questão para mostrar quanto somos enganados. Não me surpreenderia se muita desta água, nem fosse ao menos tratada pela viúva. Você também faria outro grande favor de cobrar de teus amigos petistas, o que eles estão fazendo a respeito deste assunto. Também não me surpreenderia se eles estivessem recebendo propinas (e favores para os filhos) como estão recebendo das companhias telefônicas, onde o chefe da Agência deixou de ser profissional e de regular as empresas para ser mais um "companheiro" que faz vista grossa. Talvez o pessoal das privadas não saiba disso ou não estão dando o suficiente aos companheiros. Favor nos dar um retorno sobre o assunto.
Nome: Luiz Serra Azul Júnior... Ricos e poderosos, hábeis ilusionistas sedutores de mentes e corações de pessoas incautas, exploram a humanidade subvertendo os valores das coisas, transformando badulaques e penduricalhos, em bens essenciais para a economia da vida. Ciência e tecnologia ainda não se transformaram em ferramentas para o bem da humanidade, ao contrário, servem de instrumentos da ganância e da crueldade desses abutres do capitalismo selvagem.
Nome: Jose Fonseca... O cidadão de Itaboraí, é claro, comprou mais barato o celular do que compraria a privada! Boa matéria...
Apelido: Só_Vendo... Noblat: Existe nos EUA uma forte campanha para voltar a confiabilidade da água encanada e que as pessoas deixem de usar a água engarrafada, sendo a razão principal a questão da poluição causada pelos recipientes descartáveis deste tipo de água.

DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Coisas da vida texto de: Renata Lo Prete

Em privado, o fim do DEM é tratado como um dado de realidade pelos principais líderes do partido.
A diferença se dá entre os que apostam em algum tipo de fusão agregadora de oposicionistas e aqueles que planejam pular do barco sozinho, de preferência rumo a siglas lulistas... A segunda opção é majoritária.

DEU EM O GLOBO
O novo Senado Texto de: Ilimar Franco
Baseado nas pesquisas que faz em todos os estados do país, o Ibope concluiu sua projeção para o novo Senado.
O PMDB, que preside a Casa, terá a maior bancada, ficando com 17 a 19 senadores.
O PT passará a ser a segunda bancada, com 13 a 16 senadores.
Os partidos de oposição ficarão menores. O PSDB terá de nove a 12 cadeiras, e o DEM ficará com sete ou oito.

DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Perder uma eleição... De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Nas eleições, chega uma hora em que todos os candidatos, menos um, tomam consciência que vão perder (ou que já perderam). Há casos em que a disputa permanece acirrada até a véspera e ninguém é obrigado a fazer essa difícil admissão. São mais numerosas, no entanto, as que logo se afunilam e se resolvem cedo.
Os políticos sempre entram nas eleições esperando ganhar, mesmo quando sabem que suas chances são mínimas. Existem os que participam apenas para defender posição ou divulgar as plataformas de seus partidos, mas são raros. Também há os exibicionistas, cuja única intenção é usufruir o prazer de se ver na televisão. Esses não contam.
Depois que as campanhas começam, a expectativa de vitória costuma tornar-se certeza. Por menores que sejam os candidatos vão se convencendo que suas possibilidades são grandes. Talvez porque convivam principalmente com seguidores e áulicos, talvez porque confundam a boa educação dos cidadãos para com eles, fantasiando que uma simples cordialidade traduza apoio. Mas é certo que, a alturas tantas, todos achem que vão ganhar.
Ao contrário do que se poderiam imaginar, as pesquisas eleitorais não mudam sua opinião. Não é por estar lá atrás e haver outros mais bem situados que eles pensam com mais cautela. Todos têm vários exemplos para citar, de políticos que começaram mal nas pesquisas e terminaram ganhando.
A constatação de que uma derrota é iminente é especialmente complicada para os candidatos maiores, dos grandes partidos. Ainda mais se estiveram na liderança das pesquisas.
Agora, por exemplo. O que deve fazer um candidato como José Serra? Como deve se comportar nos 20 dias finais desta eleição?
A imensa frente que todas as pesquisas dão a Dilma poderia ser desconsiderada. Afinal, pesquisa é pesquisa e não é eleição. Mas, será que ele não percebe de outras formas que sua chance de vencer é remota? Será que não vê isso no olhar até de seus seguidores mais fiéis?
Ninguém gosta de chegar à conclusão que um projeto acalentado há muito tempo não vai dar certo, antes que a inevitabilidade se imponha. Não faz parte do senso comum à expressão “a esperança é a última que morre”? Que, enquanto há vida, não se deve renunciar a ela?
O problema é que, quase sempre, esses momentos levam as pessoas a gestos extremos, nos quais não se reconheceriam em condições normais. O ateu vira crente, o racional vira místico, o sério pode ficar ridículo. O arrependimento por essas guinadas costuma ser grande.
Na política, encruzilhadas desse tipo são ainda mais perigosas. A caminho da derrota, o candidato se isola cada vez mais, começa a ouvir apenas os assessores que o aconselham a fazer de tudo, a tentar qualquer coisa. A usar de qualquer recurso e não admitir o insucesso.
Nessa hora, os candidatos deveriam parar de pensar no que ainda resta a fazer, no esforço inútil de reverter uma situação sem perspectiva, e olhar para frente. Perder e ganhar são parte da vida de quem opta por uma carreira política. Ganhar é sempre melhor, mas perder mal é muito pior que saber perder.
Tanto Serra, quanto as oposições, precisam pensar no que vão fazer nos últimos 20 dias destas eleições. Podem continuar no rumo em que estão tentando tudo (e mais alguma coisa) para mudar o desfecho que todos antecipam. Podem continuar a fazer como fizeram desde o ano passado, quando embarcaram na canoa que os trouxe até aqui.
Ou podem aproveitá-los para começar um longo, mas necessário, processo de reconstrução da oposição no Brasil. Não vai ser fácil corrigir os equívocos cometidos nos últimos anos e esta é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada. O país estará atento ao final destas eleições e as oposições terão um momento privilegiado para dizer o que pretendem ser nos próximos anos.
Mostrar-se rancorosas, amargas, ressentidas, é tudo que não precisam.

CRÔNICA: Dez razões
Dez razões pelas quais o Eike Batista deveria me dar um milhão de dólares.
1 — Eu sou um cara legal.
2 — Ele não sentiria falta.
3 — Não aguento mais esses fraudulentos substitutos de caviar no mercado. Chegaram ao cúmulo de pintar sagu de preto e vender em potes como se viesse de esturjões do lado errado do Mar Cáspio, o que explicaria o preço baixo. Você só descobre o engodo quando vê que, no rótulo, "Cáspio" está com acento circunflexo. A doação do Eike me livraria desses métodos inescrupulosos e me permitiria, finalmente, ser fiel ao lema "Caviar: ou Beluga ou nada" que me acompanha desde a infância.
4 — Eu pararia de trabalhar, o que causaria enorme regozijo público, e me dedicaria à leitura de todos os livros que fui para ler depois, começando por "O elefantinho Dudu" e chegando, se desse tempo, à "Crítica da razão pura".
5 — Nós estaríamos colaborando, mesmo que modestamente, para a redistribuição de renda no país.
6 — Eu teria mais, digamos assim, estofo moral para convidar a Luana Piovani para um cruzeiro no Caribe num daqueles navios que têm até metrô para o transporte interno, as piscinas têm cascatas e o show principal é do Cirque du Soleil com participação especial do Frank Sinatra, trazido de volta, com grande custo, para mais uma despedida. Nossos camarotes seriam separados, mas sempre haveria a esperança de que, em caso de furacão, ela batesse freneticamente na minha porta.
7 — Eu abandonaria, definitivamente, todos os meus outros planos para depressa, como o de me transformar em médium de animais domésticos. A ideia era oferecer meus serviços a quem quisesse entrar em contato com cachorros ou gatos falecidos e transmitir suas mensagens do Além, cuidando apenas para latir e miar de forma convincente.
8 — Eu estaria sempre à disposição do Eike para escrever uma biografia elogiosa, melhorando passagens da sua vida e, inclusive, lhe dando outro primeiro nome.
9 — Nós poderíamos estar inaugurando uma prática regular, a de o Eike dar um milhão dos seus dólares todos os meses. Pra mim.
10 — Eu... Mas o que estou dizendo? É claro que isso nunca vai acontecer. E, mesmo (consolo), um milhão de dólares não é mais o que era. Não quero.

ARTIGO: Dessemelhanças
Na sabatina do Globo com o candidato tucano José Serra, uma pergunta de Arnaldo Bloch levantou um tema que tem predominado no debate político nos últimos anos: quão realmente semelhantes são os projetos de PT e PSDB e, na atual conjuntura eleitoral, se realmente tanto faz votar em Dilma ou Serra para presidente.
Serra pareceu genuinamente espantado com a comparação, como se o ofendesse, e definiu com sarcasmo as opiniões de dois ícones da cultura moderna brasileira.
Chico Buarque dizer que tanto faz se vencer Dilma ou Serra seria positivo para ele, Serra, já que Chico Buarque apoia declaradamente Lula e diz que votará em Dilma por causa dele.
Já o cineasta Cacá Diegues dizer que Serra e Dilma representam a mesma coisa é um mau sinal para Serra, que foi companheiro dele na UNE e esperava que tivesse uma opinião mais favorável a seu respeito.
Serra ainda alfinetou tucanos que defendem a aproximação com o PT, classificando-os de "animais mais exóticos" do que o normal.
Claro que Serra está sob o fogo cerrado de uma campanha que luta desesperadamente para não naufragar já no primeiro turno e não está disposto a abrir a guarda para o adversário, mas o fato é que existem tucanos de alta plumagem, como o ex-governador de Minas Aécio Neves, que trabalham com a ideia de uma aproximação com o PT num eventual governo Dilma.
E existem governistas importantes, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, que defendem essa aproximação como maneira de neutralizar a força que o PMDB terá.
A decisão da executiva nacional do PT de proibir a coligação com o PSDB em Belo Horizonte, quando Aécio e Fernando Pimentel negociaram o apoio conjunto a uma candidatura do PSB à prefeitura em 2008, mostrou, porém, como é difícil esta aproximação.
Quando pensou em fundar um partido político, Fernando Henrique Cardoso procurou Frei Betto, ex-assessor especial do presidente Lula. Pensava utilizar a experiência com as Comissões Eclesiais de Base (CEBs) para fundar um partido socialista.
Frei Betto não se interessou pelo projeto, que considerou elitista, e se engajou mais tarde na criação do Partido dos Trabalhadores.
O PSDB nasceu assim sem as bases operárias que caracterizam os partidos socialdemocratas europeus. E o PT, visto por muitos como tendo evoluído para um partido socialdemocrata, nos últimos anos do segundo governo Lula viu crescer novamente a força do grupo que ainda defende uma "utopia socialista" como o objetivo final.
O PT tem uma antiga diferença com a Internacional Socialista, que reúne os maiores partidos da socialdemocracia do mundo, que apostou no PDT de Leonel Brizola como seu representante no Brasil.
Por influência de Brizola, o PSDB foi rejeitado na Internacional, sob a alegação de que se aliara à direita para governar, mas o crescimento da importância do PT com Lula, e o declínio do PDT com a morte de Brizola, faz com que Lula seja reconhecido como o principal líder da esquerda brasileira.
Mas o PT precisará definir-se ideologicamente entre o papel que o mundo vê para Lula, de representante de uma esquerda social-democrata, e a guinada socialista defendido por setores importantes do partido.
PT e PSDB, de tantas características comuns, repartem nos últimos anos também a mesma acusação, a de serem "udenista”, o que no jargão político significa moralista, golpista.
O PT, apelidado de "UDN de macacão" por Leonel Brizola, durante os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso viveu atrás de escândalos e até o impeachment do presidente pedia.
Chegando ao governo, sofreu com o próprio veneno e acusa o PSDB de golpismo. Serra relembrou na sabatina do Globo que, ao contrário, o PSDB, procurado por emissários petistas para negociar na crise do mensalão, em 2005, aceitou não pedir o impeachment de Lula.
São tortuosos os caminhos que levam a uma união, e muitos os obstáculos que se opõem a ela, sendo PT e PSDB partidos que têm origem semelhante, mas que foram se distanciando nas práticas.
Serra hoje tem razão ao dizer que os partidos são muito diferentes, embora já tenha sido mais próximos em alguns momentos do próprio governo Lula. Fernando Henrique surpreendeu quando revelou que, fazendo a transição para o governo Lula de maneira republicana reconhecida pelo próprio presidente eleito em 2002, esperava que o PT chamasse o PSDB para governarem juntos.
Lula, no início do governo, chegou a acenar com essa possibilidade, mas há obstáculos importantes dentro dos partidos, a começar pelas brigas internas em São Paulo, onde estão os principais líderes políticos dos dois lados.
Mas há principalmente a visão do papel do Estado de cada um, que é fundamentalmente diferente, embora os dois sejam favoráveis a uma atuação direta nos setores sociais, como a formação da rede de proteção social que começou com o PSDB e foi ampliada pelo Bolsa Família do PT.
Uma das diferenças é exatamente essa: o PSDB acha que programa social bom é o que diminui a cada ano, e não o que aumenta.
Reduzir o número de famílias abrangidas pelo Bolsa Família significaria que muitas delas teriam sido incluídas no mercado de trabalho, o que significaria o sucesso do programa.
O governo Lula, ao contrário, festeja o aumento para 11 milhões dos bolsistas, numa visão assistencialista, na opinião dos tucanos.
O aumento da máquina estatal, e seu aparelhamento pelos militantes petistas, é outro ponto fundamental de discordância entre os dois grupos políticos, com o PT dizendo que apenas fortalece a máquina estatal que a visão neoliberal do PSDB desmontou, e os tucanos acusando os petistas de usarem politicamente o Estado, abrindo mão da eficiência e não evitando desperdícios do dinheiro público.
Nessa campanha eleitoral, com a quebra dos sigilos fiscais de pessoas ligadas ao PSDB e parentes do candidato José Serra, essa desavença chegou a seu ponto máximo.

Caso Erenice - Oposição cobra explicações Dilma e Lula
Geraldo DocaIsabel Braga, Cristiane Jungblut e Catarina Alencastro, O Globo

A empresa Capital Assessoria e Consultoria, que pertence - ou pertenceu até recentemente - a Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, ajudou a companhia de carga Master Top Airlines (MTA) a renovar sua concessão junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O contrato venceu em meados de dezembro passado, mas como a MTA tinha pendências com a Receita Federal, chegou a ser suspenso. A assessoria de Israel Guerra conseguiu reverter a situação da empresa aérea em menos de uma semana.
A ação pode constituir tráfico de influência. Erenice sucedeu a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no ministério.
A informação é do diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, responsável pela área de contratos da estatal. Embora ele diga que não conhece o filho da ministra, confirmou ao GLOBO no sábado que a Capital foi acionada pela MTA no fim de 2009.
Sem obter da Receita a Certidão Negativa de Débito (CND), a cargueira não conseguiu renovar o contrato de concessão com a Anac e perdeu, por alguns dias, a autorização para operar.
Na ocasião, o coronel Silva ainda não trabalhava nos Correios, mas prestava assessoria para a MTA, junto aos órgãos de aviação civil, já que é especialista na área. Indicado pela Casa Civil, ele assumiu o cargo de diretor de Operações dos Correios em agosto último.
Silva disse que só ficou sabendo do serviço prestado pela Capital à MTA porque o documento elaborado pela empresa de consultoria foi reenviado ao escritório da sua empresa no Rio, a Martel Assessoria e Consultoria Aeronáutica, para ajustes. O texto da Capital embasava o pedido de renovação do contrato, alegando que o débito tinha sido quitado.
Segundo reportagem publicada pela revista "Veja" neste sábado, o filho de Erenice Guerra atuou como lobista da MTA junto aos Correios. Com sua influência no governo, segundo a revista, ele teria sido o responsável pelo contrato da cargueira com a estatal, no valor de R$ 84 milhões.
Ainda de acordo com a "Veja", a Capital Assessoria e Consultoria teria recebido comissão de R$ 5 milhões pelos trabalhos, como "taxa de êxito" - ou, o resultado positivo do lobby. Segundo a revista, a ministra, que sucedeu Dilma na Casa Civil, também teria participado da intermediação.
A oposição cobrou uma explicação da ex-ministra e candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma disse que a oposição está à procura de uma " bala de prata " e saiu em defesa de Erenice, garantindo que confia nela.
Em São Paulo, o líder o PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse que a denúncia é vazia e quem usá-la eleitoralmente vai cavar a própria cova.

Caso Erenice - Dilma defende sucessora
Isabel Braga e Leila Suwwan, O Globo

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu nesta sábado, em São Paulo, a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, das acusações de tráfico de influência e direcionamento de licitações divulgadas pela revista 'Veja’.
A presidenciável reafirmou a confiança que tem em Erenice e acusou José Serra de ter perdido as "estribeiras" e ter se tornado um "caluniador".
Em São Paulo, o líder o PT na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse que a denúncia é vazia e quem usá-la eleitoralmente vai cavar a própria cova.
- Acho que estão procurando uma bala de prata. É o que estão fazendo, em busca da bala de prata. Sinto informar que não terão - disse Dilma, que negou estar surpresa com a denúncia.
A petista se afastou do novo escândalo afirmando conhecer "muito pouco" o filho de Erenice Guerra, Israel Guerra, acusado por 'Veja' de receber propinas para agilizar contratos com o governo e que não acompanha as atividades da Casa Civil há seis meses.
Segundo Dilma, ela só esteve com Erenice duas vezes, "en passant", desde que saiu do Palácio do Planalto.
Além disso, Dilma afirmou que o assunto é "governamental", e não está relacionado com o PT nem com sua campanha.
Questionada sobre o que pensa sobre a atuação de um filho de ministro na intermediação de negócios com o governo, Dilma defendeu a colega, considerada seu "braço direito" quando ela era a chefe da Casa Civil até antes de deixar o cargo para disputar a presidência:
- Eu não tenho como avaliar. A Erenice irá se defender, se não já se defendeu. Eu não tenho como fazer avaliação de valor sobre uma matéria que tá no jornal (sic) e eu não escutei os lados. Até hoje ela tem minha confiança - disse Dilma.
Em nota, a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, classifica a reportagem de "caluniosa" e afirma que colocará à disposição das autoridades seus dados bancários e fiscais:
"Como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscais, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, à disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos", diz.

Em nota, 'Veja' diz ter gravações e documentos
Revista publicou que filho de ministra Erenice Guerra cobrou propina. Empresário citado na reportagem nega informações atribuídas a ele.
G1: A revista "Veja" divulgou nota no início da noite deste sábado (11) na qual afirma que gravou as declarações relacionadas à reportagem de capa desta semana, na qual afirma que o filho de Erenice Guerra, ministra-chefe da Casa Civil, cobrou propina de um empresário.
No final da tarde, o empresário citado, Fábio Baracat, divulgou nota na qual desmentiu a reportagem de "Veja". Posteriormente, a revista divulgou o comunicado.
Leia abaixo a íntegra da nota:
"Por norma, todas as informações dadas a VEJA são gravadas. Não seria diferente com relação à reportagem em questão. A reportagem não foi construída com base em declarações, mas em intensa apuração jornalística e sobre documentação, parte da qual ainda não foi publicada. Direçao da Veja."
A nota do empresário:
“Fui foi surpreendido com a matéria publicada na revista Veja neste sábado, razão pela qual decidi me pronunciar e rechaçar oficialmente as informações ali contidas”.
Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado na reportagem. Apenas conheço a empresa e pessoas ligadas a ela, assim como diversos outros empresários do setor.
Destaco também que não tenho qualquer relacionamento pessoal ou comercial com a Ministra Erenice Guerra, embora tivesse tido de fato a conhecido, jamais tratei de qualquer negócio privado ou assuntos políticos com ela.
Acerca da MTA, há 3 meses não tenho qualquer relacionamento com a empresa, com a qual tão somente mantive tratativas para compra.
Importante salientar que durante o período em que mantive as conversas com a mencionada empresa aérea atuei na defesa de seus interesses, porém o fiz exclusivamente no âmbito comercial, ficando as questões jurídicas a cargo da própria empresa e sua equipe.
Inicialmente, quando procurado pela reportagem da revista Veja, os questionamentos feitos eram no sentido de esclarecer a relação da MTA com o Coronel Artur, atual Diretor de Operações dos Correios, em razão de matéria jornalística em diversos periódicos, nesta oportunidade ratifiquei o posicionamento de que embora tivesse conhecimento de alguns assuntos que refletiam no segmento comercial da empresa (que de fato atuava), não podia afirmar categoricamente a extensão do vínculo dela com o Coronel Artur.
Durante o período em que atuei na defesa dos interesses comerciais da MTA, conheci Israel Guerra, como profissional que atuava na organização da documentação da empresa para participar de licitações, cuja remuneração previa percentual sobre eventual êxito, o qual repita-se, não era garantido e como já esclarecido, eu não tinha o poder de decisão da empresa MTA.
Enfim, na medida que a MTA aumentava sua participação no mercado, a aquisição da empresa se tornava mais onerosa para mim, até que culminou, além de parecer legal negativo, na inviabilidade econômica do negócio.
Acredito que tenha contribuído com o esclarecimento dos fatos, na certeza de que fui mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo, porém que afetam famílias e negócios que geram empregos. "

Quatro anos depois, aloprados continuam no PT
Leila Suwwan e Anselmo Carvalho Pinto, O Globo
Quatro anos depois do escândalo dos "aloprados", três personagens envolvidos na compra de um falso dossiê contra tucanos continuam abrigados no PT. O caso ainda está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, e nenhum dos acusados foi denunciado.
Ameaçado de expulsão em 2007, Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho, jamais deixou o PT, ao qual é filiado desde 1981. Sindicalista do ABC paulista, Bargas perdeu o cargo após a confirmação de que negociara e intermediara uma entrevista de denúncia contra José Serra (PSDB), por suposto envolvimento com a máfia dos sanguessugas.
A prefeitura de São Bernardo do Campo, comandada por Luiz Marinho (PT-SP), patrocinou o retorno de outro "aloprado" ao PT: Hamilton Lacerda. O ex-assessor e ex-coordenador da campanha de 2006 do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) se refiliou ao partido em fevereiro deste ano. Sua ficha partidária foi processada no diretório de São Caetano, mas ainda não foi apresentada à Justiça Eleitoral.
- Sua ficha ainda deve estar tramitando, ninguém apresentou objeção à filiação - disse Paulo Frateschi, secretário de Organização do PT.
Lacerda também negociou a entrevista contra Serra e foi flagrado no sistema interno de câmera do Hotel Íbis de Congonhas.
Foi nesse local que a Polícia Federal prendeu em flagrante Gedimar Passos e Valdebran Padilha com uma mala com R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo, que seria o pagamento pelo dossiê "fabricado" por Luiz Antônio Vedoin, pivô da máfia das fraudes na compra de ambulâncias.

DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Espião de Dilma: Ex-agente da ditadura militar acha que Dilma "nasceu para mandar, não para ser mandada" e acredita que "Lula vai se enganar com ela"... Texto de: Plínio Fraga
Nos arredores de Tristeza, um ex-espião da ditadura militar assiste na televisão à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com desconfiança. "Ela não é tão boazinha assim", afirma.
"Nasceu para mandar. Não para ser mandada. Lula vai se enganar com ela."
Filha de imigrante, líder de grupos de resistência à ditadura, ministra e candidata a presidente, Dilma Rousseff pode dizer que foi longe.
Não se pode dizer o mesmo de Sílvio Carriço Ribeiro, 69, ex-agente da chamada "comunidade de informações" na ditadura (1964-1985) e ex-coronel da Brigada Militar: continua morando perto da casa em que Dilma viveu, na Vila Assunção, na zona sul de Porto Alegre, região onde mantinha campana para investigar a "subversiva".
O bairro de Vila Assunção cresceu espremido entre o rio Guaíba e os vizinhos Cristal e Tristeza, na zona sul de Porto Alegre.
É de lá que Ribeiro assiste a Dilma na propaganda eleitoral gratuita, sorridente, tranquila, sem óculos, cabelos arrumados e com um discurso suave.
O ex-coronel relembra a Dilma que vigiou: cabelos armados, óculos de lente grossa, com personalidade forte para intervir em discussões entre esquerdistas e fazer valer sua opinião.
"Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro", diz ele.

DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Voto "Dilmasia" chega a 46% em Minas
Em três Estados vitais para os tucanos, performance de Serra é bem pior que a dos candidatos a governador.
Eleitores de aliados de Dilma em MG, em SP e no PR são mais "fieis" ao votar na petista que os que escolhem o PSDB.
Em três Estados considerados fundamentais pelo PSDB - São Paulo, Minas Gerais e Paraná - o voto no presidenciável José Serra fica aquém da performance obtida pelos candidatos a governador.
Minas é o melhor exemplo. Enquanto Antonio Anastasia (PSDB) tem 36% das intenções de voto para governador e divide a liderança com Hélio Costa (39%), Serra tem menos da metade dos votos de Dilma Rousseff (PT) no Estado: 51% para a petista, 24% para o tucano.
A desvantagem de Serra pode ser explicada em grande parte pelo fato de os eleitores de Anastasia aderirem mais à petista do que ao tucano - fenômeno que vem sendo chamado de "Dilmasia".
Entre os mineiros que declaram voto em Anastasia para governador, 46% dizem querer votar em Dilma para presidente, contra 33% que apoiam Serra.
Já entre os eleitores de Hélio Costa, aliado da petista no Estado, 62% dizem querer votar em Dilma, e 22% declaram voto em Serra.

Minas tem empate técnico para o governo
Anastasia cresce e vai a 36%, contra 39% de Costa; tucano lidera espontânea, e peemedebista vence 2º turno... Atual governador está na frente na capital, e ex-ministro lidera no interior; Aécio e Itamar despontam para Senado texto de: Silvio Navarro
O governador Antonio Anastasia (PSDB) e o ex-ministro Hélio Costa (PMDB) aparecem pela primeira vez em empate técnico na disputa pelo governo de Minas Gerais, aponta o Datafolha.
Costa tem agora 39% das intenções de voto, contra 36% de Anastasia, candidato apoiado pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB).
Em relação à rodada anterior, feita nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, o tucano oscilou um ponto percentual positivamente, e o peemedebista desceu um.
A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na sondagem espontânea, sem que a lista dos candidatos seja apresentada ao eleitor, Anastasia passa à frente de Costa, com 22% a 17%.
Num eventual segundo turno, o ex-ministro das Comunicações venceria por 47% a 39%.
Outros cinco candidatos somam 1% cada. O percentual de indecisos é de 16%, e outros 5% pretendem votar em branco ou nulo.

Ibope aponta liderança da candidata do DEM no RN
Estadão.com
Pesquisa Ibope divulgada hoje apontou a liderança da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) na preferência para o governo do Rio Grande do Norte. Ela está com 50% dos votos.
Já o governador Iberê Ferreira (PSB) está com 23%. O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) surge na terceira colocação com 12%. Roberto Ronconi (PTC) está com 1% do eleitorado.
Os candidatos Camarada Leto (PCB), Bartô Moreira (PRTB), Sandro Pimentel (PSOL) e Simone Dutra (PSTU) não pontuaram na pesquisa Ibope, que foi encomendada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon).
Por essa estatística, se o pleito eleitoral fosse hoje, o Rio Grande do Norte não teria segundo turno, já que Rosalba Ciarlini tem 14 pontos percentuais de diferença na somatória dos demais candidatos ao governo.
A pesquisa Sinduscon/Ibope entrevistou 812 pessoas no período de 8 a 10 de setembro. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo 26092/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 29245/2010.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Novo governo AP suspende pagamentos e avalia contas
Nenhuma decisão de secretariado será tomada sem aval dos técnicos e do governador interino
Bruno Paes Manso, Estadão.com
No segundo dia depois de assumir o cargo de governador do Amapá, o desembargador Douglas Evangelista Ramos, que até sexta-feira era presidente do Tribunal de Justiça do Estado, anunciou a suspensão dos pagamentos a serem feitos pelo governo do Estado nos próximos dias até que as contas sejam analisadas por funcionários de sua confiança.
Na terça-feira (segunda-feira é feriado no Amapá), técnicos que trabalhavam na área de finanças do TJ do Amapá assumem a fiscalização dos pagamentos feitos em todas as secretarias estaduais para evitar gastos suspeitos.
Nenhuma decisão de secretariado será tomada sem aval dos técnicos e do governador interino. "É uma intervençãozinha branca", disse ao Estado o desembargador Ramos. "Não podemos suspender tudo porque tem merendeira para receber, contas de emergência que não podem deixar de ser pagas. Mas essas a gente sabe que são pagamentos corretos".
A confusão no Estado do Amapá começou na última sexta-feira, 10, durante a operação Mãos Limpas, feita pela Polícia Federal. Foram executados 78 mandados de busca e apreensão e pelo menos cinco pessoas foram presas temporariamente.
Os presos foram o ex-governador Waldes Goes (PDT), que havia deixado o cargo em abril para concorrer a uma vaga ao senado, o atual governador do Estado Pedro Paulo Dias (PP), o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Julio Miranda, além da primeira dama, Denise Carvalho, e da e ex-primeira dama, Marília Góes.
Eles são suspeitos de integrar quadrilha que desviava recursos públicos do Estado em valores que podem chegar a R$ 300 milhões segundo estimativas da Polícia Federal.

7º Batalhão da PM é o que mais encobre assassinatos
O Globo
O 7º Batalhão da Polícia Militar (São Gonçalo) é o quartel com mais policiais denunciados por encobrirem assassinatos em autos de resistência - ocorrência onde o policial é autorizado a usar a força para conter o suspeito.
Após analisar 168 autos, feitos a partir de 1998, a 2ª Promotoria de Investigação Penal (PIP) e a Promotoria do Júri em São Gonçalo encontraram falhas em 32 deles e denunciaram, nos últimos dois anos, 70 policiais - quase 18% do efetivo do batalhão. Ignorando diretrizes dos Direitos Humanos, os policiais executaram 35 pessoas.
No final de julho, a Justiça julgou o primeiro dos 32 casos, e três policiais foram condenados a 18 anos de prisão. É o que mostra a reportagem de Daniel Brunet na edição do GLOBO deste domingo.
Com 70 policiais seria possível compor o efetivo de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em uma comunidade com mais de 40 mil moradores.
No Batan, Zona Oeste do Rio, que tem a população deste tamanho, a UPP tem 55 homens.

Ex-prefeito e mais 35 denunciados no Mato Grosso
O Globo
O Ministério Público Federal de Mato Grosso (MPF) ofereceu denúncia contra 36 pessoas por crime contra o meio ambiente, formação de quadrilha, fraude contra o sistema financeiro e falsidade ideológica.
De acordo com a denúncia a quadrilha era chefiada pelo ex-prefeito do município de Vila Rica (1.276 quilômetros de Cuiabá) Leonídio Benedito das Chagas, que grilava terras e explorava de forma ilegal madeira da Fazenda Califórnia, além de usufruir de recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), por meio de documentos falsos.
Ainda segundo a denúncia, para executar o esquema o bando se dividia em três grupos. O primeiro, comandava as fraudes, manipulando documentos fundiários necessários à comercialização das terras.
O grupo tinha auxílio técnico de engenheiros que cuidavam para a inserção de dados incorretos nos mapas e memoriais. Mapas e informações de memoriais descritivos adulteradas e suprimidas aleatoriamente permitiam que a quadrilha deslocasse coordenadas geográficas de localização de títulos de outras propriedades para dentro da Fazenda Califórnia.
Os documentos falsos eram usados na escrituração e registro imobiliário dessas fazendas, em cartórios de São Félix do Araguaia e Vila Rica.

Falta regulação para os planos de saúde
O Globo
Especialistas acreditam que o mercado de saúde suplementar do Brasil precisa ser repensado, já que é um dos menos regulados do país.
Apenas os planos de saúde individuais e familiares, que representam 20% do total, seguem as regras na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Problemas com reajustes, negativa de cobertura e descredenciamento são as questões mais reclamadas, mostra a quarta matéria da série sobre os 20 anos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), publicada neste domingo pelo jornal O GLOBO.
Para o diretor do Departamento Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita, o principal ponto a ser pensado é que a saúde suplementar não é suplementar. Ele afirma que o fortalecimento da saúde pública é a única forma de melhorar a qualidade e a concorrência da saúde privada:
- Primeiro é preciso ver que tem muita coisa que funciona na saúde pública, como as cirurgias de alta complexidade, as campanhas de vacinação. É preciso ampliar essa qualidade. O Brasil já tem instituições fortes e uma prática democrática com as quais o consumidor-cidadão pode contar para exigir seu direito à saúde.

Metalúrgicos do ABC ameaçam uma greve geral
Wagner Gomes, O Globo
Os metalúrgicos do ABC rejeitaram neste sábado, em assembleia na porta do sindicato, em São Bernardo do Campo, proposta das montadoras de aumento salarial de 7% e ameaçam uma greve geral a partir da semana que vem.
O aviso de paralisação será entregue na próxima segunda-feira às empresas, que terão 48 horas para se manifestar. A categoria tem data-base em 1º de setembro.
- As montadoras estão batendo recorde de produção este ano e a greve geral é um caminho legítimo se não houver uma nova proposta dos patrões - afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Segundo Nobre, que participou neste sábado de assembleia com mais de 10 mil pessoas em frente ao sindicato, as empresas têm total condição de oferecer reajuste de pelo menos 9%.
De acordo com o sindicato, de seis grupos de trabalhadores, dois ainda não fecharam acordo. Além das montadoras, fabricantes de lâmpadas, prensas, equipamentos odontológicos e iluminação, que pertencem ao grupo 10, não apresentaram propostas.

POEMA DA NOITE
Um tango no escuro - Beatriz Provasi

O último a sair, faça o favor
desligue o interruptor.
quero mergulhar num baú de noites escuras
quero enxergar a cor do som
quero sentir a vida em braile
é no escuro que os brinquedos dançam
pondo medo nas crianças
me deixe dançar com meus medos,
com meus brinquedos,
minhas crianças...
me deixe assustar os monstros
debaixo da minha cama.
e quando o escuro for assustador
quando tudo latejar de dor
e quando nada parecer bom
eu danço um tango com a solidão.

Beatriz Provasi nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1981 - É poeta e atriz. Pertence ao grupo de poesia Madame Kaos, ao lado das poetas, Juliana Hollanda e Marcela Giannini. Beatriz acaba de publicar o livro Esfinge pela Heart-Action Collection e se apresenta com regularidade no CEP 20000 e no Corujão da Poesia.

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