NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eleição abre caminho para nova geração de políticos: Políticos jovens e populares prometem sair das urnas como opções para o Planalto em eleições 2014

Itaboraí RJ apresenta uma grande chance de eleger Helil Cardoso e também em menor proporção Sadinoel em lugar dos atuais ou Ex-deputados pelo município que carece de total infraestrutura. A população local também vem rejeitando os políticos “importados” que abandonem a cidade logo após as eleições...

A eleição deste ano começa a dar projeção nacional a representante de uma nova geração de políticos. Se forem confirmados os resultados das últimas pesquisas de opinião, nomes jovens e populares como o ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB), e os governadores Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, e Cid Gomes (PSB), do Ceará, sairão fortalecidos das urnas em outubro.

Muitos com menos de 50 anos e donos de altos índices de popularidade, esses políticos devem assumir um papel de destaque na articulação política e construção de alianças no próximo período, avaliam especialistas ouvidos pela mídia em geral.

Para o cientista político Antônio Lavareda, esses "novos nomes" surgem no cenário político como alternativas para o próximo pleito presidencial e serão figuras obrigatórias na composição das futuras chapas. Na opinião do especialista, eles não substituirão necessariamente os velhos caciques, mas terão poder para renovar a dinâmica política nacional. “No Brasil não existe uma troca de guarda ou de geração na política. Mas esses novos nomes trazem um vigor diferente para a vida pública e podem despertar mais entusiasmo nos jovens”, afirma Lavareda.

A lista, apontam especialistas, inclui ainda os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Assim como Cid e Campos, ambos podem vencer as eleições em seus Estados ainda no primeiro turno. Os quatro disputam a reeleição e, no próximo período, não poderão mais concorrer ao cargo de governador, passando a integrar a lista de possíveis candidatos ao Palácio do Planalto.

Apontado como favorito na corrida pelo governo de Pernambuco, Campos tem 70% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Vox Populi. Aécio, que chegou a cogitar a disputa presidencial este ano, chega a 64% das intenções de voto na corrida ao Senado e comemora ao crescimento de seu candidato ao governo mineiro, Antônio Anastasia.

“Esses novos líderes terão o desafio de criar uma nova dinâmica entre oposição e governo, viabilizando ou não a atuação do próximo presidente. Eles terão enorme influência sobre o Congresso. O grande desafio deles é criar uma nova forma de fazer política, diferente da que está aí”, afirma Fábio Wanderley Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Prévias
Boa parte dos membros da nova geração carrega a herança de políticos importantes - Aécio é neto de Tancredo Neves e Eduardo Campos, de Miguel Arraes. Na avaliação de Lavareda, eles serão capazes de “furar” a barreira que existe dentro dos partidos em relação aos jovens políticos.

Para o cientista político, a experiência e atuação em cargos públicos ainda pesam na hora do voto, dificultando o surgimento de novos projetos e visões sobre o País. “Como no Brasil não existem as prévias partidárias, os políticos jovens não encontram espaço nos partidos. Bill Clinton e Barack Obama, por exemplo, eram políticos com pouquíssima experiência antes de chegarem à Casa Branca. Conseguiram graças, justamente, às prévias”, explica.

De acordo com Fábio Wanderley Reis, líderes que podem surgir das urnas no próximo dia 3 de outubro tendem ainda a substituir os políticos de mais idade. “A idade pesa, mesmo para aqueles que insistem em continuar na vida pública. A renovação das lideranças partidárias deve ser a grande novidade dessas eleições”, analisa Reis.

Saber o que cada político faz facilita escolha do eleitor no dia 3 de outubro

Nem tudo que o candidato promete em campanha é atribuição do cargo ao qual disputa. Conheça as funções dos deputados, senadores, governadores e presidente.

Com o início do horário eleitoral gratuito, os candidatos atiram em todas as direções na caça ao eleitor e desfilam os mais diferentes tipos de promessas, sem a preocupação se a atribuição corresponde ou não ao cargo ao qual disputam. Este ano, os eleitores vão escolher, além do presidente da República e governadores, com seus respectivos vices, os integrantes dos poderes legislativos estaduais e federal. O cientista político Cláudio Gurgel, professor de Administração Pública na Universidade Federal Fluminense (UFF), alerta para a função de cada cargo e afirma que o eleitor deve estar atento às falsas promessas.

“Diferente de outros momentos, o candidato aproveita o tempo que tem nos veículos de comunicação de massa como rádio e TV para tentar arrebatar o máximo possível de eleitores. Com isso, muitas vezes prometem o que não podem cumprir. É comum você ver deputado ou senador prometendo construir tantas mil casas quando na verdade essa função é do Executivo”, exemplifica Gurgel.

Ele destaca ainda uma distorção ocorrida na imagem dos políticos nos últimos anos. Para o especialista, a ausência de programas públicos em áreas carentes e o crescimento de políticas consideradas assistencialistas fizeram com que o deputado, por exemplo, se transformasse no “homem que faz”, para determinada comunidade ou grupo social.

“Essa política clientelista era muito comum nos grotões rurais do passado, onde não havia a presença do poder público. Contudo, a falta de investimentos nas periferias das cidades, somado ao boom demográfico das últimas décadas, fez com que políticos aproveitassem as necessidades das populações dessas regiões para trocar promessas por votos”, afirma o cientista política.

O mais alto cargo em disputa nesta eleição é o de presidente da República. O escolhido, além de administrar o País, nomear ministros e assegurar que as leis federais sejam executadas, é também o chefe supremo das Forças Armadas. Entre as principais atribuições do sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão ainda fechar acordos diplomáticos e comerciais com outras nações; declarar guerra, no caso de agressão estrangeira e quando autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele; e representar o País em encontros nacionais e internacionais.

Este ano, os brasileiros também terão a oportunidade de renovar dois terços do Senado Federal. Isso porque, diferente dos outros cargos na disputa, o eleitor escolherá dois candidatos para representar o seu Estado pelos próximos oito anos. O senador é responsável por criar e revisar leis, bem como fiscalizar a administração do presidente. Cabe ainda a ele, analisar as indicações feitas pelo presidente para cargos como ministros do Supremo Tribunal Federal, diplomatas e procurador-geral entre outros determinados pela lei. Tem também como função manter o equilíbrio federativo entre os estados.

A Câmara dos Deputados, assim como o Senado, faz parte do poder legislativo federal. É composta por 513 deputados federais, eleitos através do voto proporcional, para cumprir mandato de quatro anos. Entre as atribuições estão propor e redigir leis e emendas constitucionais. O presidente da Câmara é o segundo na linha de sucessão presidencial, atrás do vice-presidente.

Como é o poder nos estados
Em nível regional, os eleitores escolherão governador, seu respectivo vice e os deputados estaduais. Governador é o mais alto cargo do Poder Executivo nos estados. Cabe a ele cuidar da administração e representar politicamente o estado. É ainda de sua responsabilidade propor leis estaduais que serão votadas nas assembleias legislativas, bem como distribuir os investimentos entre os municípios.

No regime político brasileiro, o governador tem autonomia para organizar um secretariado que trata das mais variadas questões de seu estado. Em nível regional, ele pode tomar diversas decisões e oferecer projetos de lei estaduais, desde que esses não firam os princípios postulados pela Constituição Federal. Caso não administre bem as finanças de seu estado, o governador pode ser julgado por crime de improbidade.

É eleito o candidato a governador que obtiver em primeiro turno 50% mais um dos votos, ou seja, maioria absoluta. Caso esta condição não seja satisfeita os dois mais votados concorrem no segundo turno, sendo eleito o candidato que conseguir maioria simples, ou seja, maior votação entre os dois concorrentes.

Os eleitores também escolherão os deputados estaduais. No caso do Estado do Rio, são 70. Estes parlamentares têm atribuições semelhantes a de seus colegas federais, só que em nível regional. São suas atribuições propor e criar leis estaduais seguindo definições impostas pela constituição, bem como fiscalizar a atuação do governador.

De todos os cargos do Poder Legislativo em disputa nesta eleição, o de deputado estadual é o que está mais perto das necessidades da população. Na Assembleia Legislativa são discutidos repasses de recursos e leis que beneficiam diretamente os moradores do estado.

Os deputados estaduais - assim como os federais - são eleitos pelo sistema proporcional. A soma de todos os votos válidos - dados aos candidatos e à legenda - é dividida pelo total de vagas, definindo assim os ocupantes.

Presidente
- Conduz a política econômica do País
- Edita medidas provisórias com força de lei em caráter de urgência
- Aplica as leis aprovadas
- Mantém relações com Estados estrangeiros e indica seus representantes diplomáticos
- Pode decretar o estado de defesa e o estado de sítio
- Pode decretar e executar intervenção federal
- Exerce comando supremo das Forças Armadas, nomeia comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promove seus oficiais-generais e pode nomeá-los para os cargos que lhe são privativos
- Pode declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, quando autorizado pelo Congresso ou referendado por ele

Senador
- Mantém o equilíbrio federativo entre os estados
- Fiscaliza o Governo Federal
- Autoriza a nomeação de representantes do Judiciário ou de órgãos estatais indicados pelo presidente
- Pode propor, mudar ou anular leis

Deputado federal
- Fiscaliza os atos do Governo Federal
- Pode autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e os ministros de Estado
- Propõe emendas para destinação de verbas para os seus estados
- Pode propor, mudar ou anular leis

Deputado estadual
- Fiscaliza os atos do Governo estadual
- Pode autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra membros do Executivo Estadual
- Propõe emendas para destinação de verbas para suas regiões
- Pode propor mudar ou anular leis estaduais

Governador
- Propõe e executa políticas públicas para o estado
- Mantém controle das polícias militares e civis
- Pode propor novas leis
- Distribui o orçamento conforme a necessidade de cada região

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