11 de dezembro de 2010
O Globo
Deputados aumentarão em 62% seus salários: Se reajustes forem aprovados, Dilma ganhará 130% mais que Lula... O Congresso prepara para a próxima semana, a última antes do recesso, a votação de um pacote de aumentos. Em causa própria, deputados e senadores votarão reajuste de 61,8% em seus subsídios que seriam elevados de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil. A proposta é equiparar os salários dos três Poderes. Com isso, a presidente eleita, Dilma Rousseff, poderá passar a ganhar também R$ 26,7 mil, elevando em 130% o valor hoje recebido pelo presidente Lula. Os ministros de Estado teriam reajuste de 134%. O aumento para o Judiciário não está no pacote, o que levou a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) a prever uma "crise institucional" entre Legislativo e Judiciário. (Págs. 1 e 3)
Dinheiro sai das grandes cidades: Municípios médios são os que concentram as maiores rendas do país... Cidades brasileiras que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes foram as que mais elevaram sua fatia no Produto Interno Bruto (PIB) entre 1999 e 2008. Elas avançaram de 25,5% para 28,0% no período e têm as maiores rendas per capita. Incentivos fiscais que favoreceram uma migração das indústrias e alta de preços de commodities (como petróleo e grãos) foram decisivos para essa expansão. Já as metrópoles perderam força. (Págs. 1, 31 e 32)
'Marolinha' levou 147 bilhões em 2009: As perdas para a economia brasileira com a crise chegaram a R$ 147 bi em 2009. O número leva em conta a diferença entre os 4% de crescimento previstos para o ano e a recessão de 0,6%. (Págs. 1 e 33)
Prefeito é executado em SP; suspeitos são presos: O prefeito Walderi Paschoalin (PSDB), de Jandira, na Grande São Paulo, foi assassinado ontem por dois homens encapuzados. Ele foi atingido por tiros de pistola e fuzil quando chegava à radio onde apresentava um programa semanal. Um segurança também foi atingido e está em estado grave. A polícia prendeu quatro suspeitos do crime. Paschoalin era investigado pelo Ministério Público por supostas propinas para vereadores. (Págs. 1 e 15)
Ocupação do Alemão derruba crime: Com a ocupação do Alemão, o número de crimes de rua na região caiu 41% entre 26 de novembro e 9 de dezembro, em comparação com o mesmo período de 2009. (Págs. 1, 18 e 19)
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O Estado de S. Paulo
Farra das emendas a fantasmas faz governo suspender convênios: Assinatura de Padilha avalizou a entidade de fachada beneficiada; ele nega... A revelação de que o Ministério do Turismo tornou-se alvo de emendas parlamentares que alimentam esquema de repasse de verbas federais a entidades fantasmas levou o governo a cancelar convênios de R$ 3,1 milhões com um desses institutos, o Inbrasil. O escândalo foi revelado pelo Estado - que ontem mostrou que a "idoneidade" do Inbrasil foi atestada por documento assinado pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Cotado para permanecer no governo, na gestão de Dilma Rousseff, ele se disse "indignado", voltou a negar que tenha assinado o termo e disse que o documento é falso. Criado em 2003, o Ministério do Turismo lidera em emendas - de 2006 a 2010, o total saltou de R$ 292,8 milhões para R$ 1,7 bilhão. (Págs.1, Nacional/A4, A6 e A7)
Fragilizado: O Palácio do Planalto foi econômico ontem na defesa do ministro Alexandre Padilha. A avaliação no governo é de que as acusações fragilizam as pretensões ministeriais de Padilha no governo de Dilma Rousseff. (Págs. 1 e nacional A4)
EUA reduzem chances para etanol do Brasil: A inclusão da prorrogação da tarifa de importação e do subsídio ao etanol de milho no pacote tributário que será votado pelo Congresso dos EUA no próximo dia 13 reduziu a expectativa da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) de abertura do mercado ao produto brasileiro. Agora, são mais fortes os argumentos em favor da abertura de uma controvérsia na OMC contra a política americana de proteção e subvenção ao etanol. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)
Prefeito de Jandira é morto em atentado: O prefeito de Jandira, Walderi Braz Paschoalin (PSDB), foi morto a tiros na manhã de ontem por dois homens encapuzados, quando chegava para seu programa semanal numa emissora de rádio da cidade, a 30 km de São Paulo. Seu motorista também foi baleado e está em estado gravíssimo. Quatro suspeitos foram detidos, dois deles quando se preparavam para queimar o carro usado no atentado. A polícia vê o assassinato como execução encomendada, mas não descarta crime político. (Págs. 1 e Nacional A16)
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Jornal do Brasil
Indústria não entra na euforia econômica: Dólar baixo incentiva importação e provoca uma retração de 1,3%... A retração de 1,3% no setor industrial no segundo trimestre do ano foi fundamental para a desaceleração do PIB. Atormentados pelo dólar na casa de R$ 1,70, empresários veem a concorrência dos produtos importados, principalmente os chineses, com apreensão e esperam que Dilma dê mais atenção ao câmbio. (Págs. 1 e Economia, 21 e 22)
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Correio Braziliense
Comprar à vista é a pedida para o Natal: Antes de mergulhar na aventura de comprar presentes de Natal, pense no bolso. O enxugamento do crédito determinado pelo Banco Central, com a retirada de R$ 61 bilhões em recursos disponíveis para empréstimo, impõe precauções ao consumidor. A ordem é fugir dos juros em alta e comprar à vista, ou ao menos com uma boa entrada. As medidas para evitar o super endividamento já alteram os planos de quem quer adquirir um carro zero. Modelos populares, antes 100% financiados, exigem agora pagamento inicial. “O recado do Banco Central foi bem claro: se vocês não têm, controle dos gastos, eu farei o controle por vocês”, resume o consultor financeiro Emerson Simenes. (Págs. 1 e 16 a 18)
Fique atento: Novas cédulas de real circulam na segunda-feira (Págs. 1 e 19)
Quase santa: Irmã Dulce é beatificada pelo Papa Bento XVI (Págs. 1 e 12)
Educação no DF- Déficit de salas de aula em 2011: Um dos principais problemas na rede pública de ensino no próximo ano é a falta de espaço para centenas de alunos. Além do péssimo estado das escolas, muitas delas com estruturas totalmente destruídas, há carência de pelo menos 79 salas para abrigar os estudantes matriculados. (Págs. 1, 39 e 40)
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Estado de Minas
Três vezes mais alunos vão fazer prova do Enem: O MEC convocou 9,5 mil estudantes para o novo exame, marcado para quarta-feira, dos quais 1.266 são de Minas e 636, de BH. O número é mais do que o triplo dos 2.817 que estavam confirmados até quinta-feira à noite. A reavaliação foi motivada por erros de impressão no caderno amarelo de provas no teste original. Mesmo com a ampliação, ainda há candidatos que se sentiram prejudicados pelas falhas e não foram chamados. (Págs. 1 e 23)
Dilmasia: PT agradeceu a prefeito e depois expulsou... O prefeito de Mutum, Gentil Simões Caldeira, excluído do partido por ter apoiado Dilma e Anastasia, recebeu carta de agradecimento por seu trabalho pela eleição da petista. (Págs. 1 e 8)
Pensar Brasil: A herança do lulismo... A iminente troca de governo esquenta o debate sobre o legado que fica para o país depois de oito anos sob comando do presidente mais popular desde JK.
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Zero Hora
Polo Naval muda mapa do crescimento no RS: Rio Grande avança em ranking de riqueza e já é o quarto PIB no Estado, atrás da Capital, de Canoas e Caxias. (Págs. 1 e 20)
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Texto de Mirella Nascimento
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (10) que se comprometeu com o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, a se empenhar na procura de uma solução para a crise que atinge este e outros países.
Na quinta-feira, o ministro português afirmara, após audiência com Mantega, que a conversa abordou a possibilidade de "entidades governamentais" do Brasil comprarem títulos públicos emitidos pelo governo daquele país, ou seja, financiarem a economia portuguesa.
Mantega afirmou não ter dado uma resposta definitiva sobre a possibilidade de adquirir esses títulos, mas disse que se comprometeu a ajudar.
Disse a ele [Santos] que o problema de alguns países europeus é na verdade um problema do euro. O euro está em crise e as soluções têm que ser dadas de forma sistêmica, não pode ser um país, depois o outro, porque não resolve o problema global, afirmou Mantega.
Me comprometi a ligar para o presidente do banco europeu, para o presidente do fundo monetário [internacional, o FMI], para autoridades, e vou sugerir que se produzam essas linhas de crédito, que o banco central europeu possa comprar ele mais bônus, e não um país bilateralmente, o que pode ser complicado, disse. "São os países da União Europeia, com ajuda do fundo monetário e do G20, com medidas preventivas [que devem ajudar] e dar crédito para que esses países possam ter crédito disponível?.
Os problemas de Portugal
Informações divulgadas nesta quinta-feira pelo instituto de estatísticas português dão conta de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 0,3% entre julho e setembro. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB cresceu 1,4%.
O investimento privado na economia portuguesa, porém, recuou 8,6% no terceiro trimestre em termos anuais - o dobro do declínio registrado nos três meses anteriores. As exportações cresceram 9,2% em relação ao terceiro trimestre de 2009. O governo do país pretende reduzir seu déficit orçamentário para 4,6% do PIB em 2011, contra a taxa prevista de 7,3% neste ano.
Algumas medidas de austeridade já começaram a fazer a efeito, como a elevação de um ponto percentual no imposto sobre valor agregado, afetando o gasto do consumidor e o investimento. Muitos economistas alertam que a recessão pode retornar ao país em 2011.
Governo anuncia pacote para estimular crédito de longo prazo na 5ª, diz Mantega
Texto de GIULIANA VALLONE
O governo marcou para a próxima quinta-feira, 16, o anúncio de um pacote de medidas para estimular o crédito de longo prazo para o setor privado. A informação foi dada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) após evento em São Paulo nesta sexta-feira.
"No dia 16 nós anunciaremos um conjunto de medidas para o setor financeiro que vão facilitar o crédito de longo prazo para o setor privado, que hoje tem dificuldade de obter esses recursos", afirmou.
"Vamos mexer em tributação, em linhas, facitlitar a captação, de modo que o setor privado tenha mais crédito de longo prazo, a um preço mais baixo, para estimular investimentos."
O pacote será o primeiro ato econômico do mandato de Dilma Rousseff, ainda que seja anunciado antes da posse da presidente eleita.
O governo deverá conceder isenção completa de Imposto de Renda para as aplicações em papéis de dívida das empresas com prazo acima de dez anos. Também serão zerados os depósitos compulsórios para aplicações de mais de dez anos nos bancos.
O mercado espera ainda a criação de títulos de dívida específicos para infraestrutura e construção.
As medidas foram discutidas com entidades como Febraban (bancos), Iedi (indústria) e Secovi (construção), que elaboraram estudo propondo soluções ao gargalo.
Será o maior estímulo já criado para incentivar o alongamento de prazos da dívida privada no país, único segmento ainda nanico no mercado de capitais brasileiro... A dívida das empresas soma R$ 314 bilhões -só 5,46% dos ativos financeiros do mercado de capitais. A Bolsa chega a R$ 1,99 trilhão, 34,7% do total.
Nos bancos, 22,7% dos empréstimos (R$ 350,6 bilhões) têm prazo acima de três anos.
Governo envia correspondência alertando sobre abono salarial
O Ministério do Trabalho e Emprego informou nesta sexta-feira (10) que vai encaminhar 1,3 milhão de cartas a trabalhadores que não sacaram o abono salarial informando sobre a disponibilidade do valor de um salário mínimo (R$ 510).
As correspondências fazem parte de um programa de comunicação iniciado em 2007 para que os trabalhadores não deixem de receber o benefício.
"O Ministério do Trabalho e Emprego considera que direito é direito e dele você não pode abrir mão. E é nosso dever informar que esse direito é todo seu. Você tem até o dia 30 de junho de 2011 para receber o seu dinheiro, mas não precisa esperar: Você pode receber agora!", informa a carta ao trabalhador.
As correspondências encaminhadas aos empregadores solicitam que os mesmos avisem os trabalhadores sobre o direito de receber o abono salarial. "Solicitamos-lhe avisá-los que o prazo para receber o dinheiro é até 30 de junho de 2011, mas não precisam esperar: Podem receber agora!".
Quem tem direito
Têm direito ao beneficio os trabalhadores que receberam, em média, até dois salários mínimos mensais e tenham trabalhado pelo menos 30 dias em 2009 com Carteira de Trabalho assinada por empresa contribuinte do PIS-PASEP.
Para receber, basta que o trabalhador se dirija a uma agência da Caixa Econômica Federal, se for inscrito no PIS, ou Banco do Brasil, se for inscrito no PASEP, e levar os seguintes documentos: carteira de identidade e Carteira de Trabalho. Caso o trabalhador tenha o Cartão do Cidadão, com senha cadastrada, pode sacar seu dinheiro em qualquer lotérica, Caixa Aqui ou terminal de atendimento da Caixa.
Os trabalhadores que se enquadram nos critérios de concessão não dependem da carta de aviso para realizar o saque. O documento servirá para lembrar sobre o calendário de pagamento.
Ethos lança projeto por transparência em gastos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016
Texto de Marcelle Ribeiro
O Instituto Ethos lançou, nesta sexta-feira, projeto que pretende buscar maior transparência nos gastos públicos e evitar a corrupção e fraudes nas obras da Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. O instituto quer mobilizar a sociedade civil para acompanhar os contratos firmados.
- Além do legado físico da Copa e das Olimpíadas, queremos o legado ético - disse o vice-presidente do Ethos, Paulo Itacarambi.
O projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios deve se desenvolver de diversas maneiras. O Ethos quer firmar contratos com as empresas que farão obras e serviços de quatro áreas fundamentais para os dois eventos esportivos (Construção Civil, Saúde, Transporte e Energia) para que elas se comprometam a não participarem de processos em que ocorram fraudes e corrupção.
Além disso, o instituto pretende, com a ajuda de engenheiros e arquitetos, elaborar indicadores de transparência, para ensinar a sociedade civil leiga como são os passos da contratação e andamento de obras dos equipamentos para os jogos e dos serviços. Assim, sabendo quais as vulnerabilidades dos contratos e entendendo a legislação, as pessoas poderão acompanhar, fiscalizar os gastos públicos e denunciar problemas. Para isso, o Ethos vai criar um site especial ainda no primeiro semestre de 2011.
Políticos que se candidatarem às prefeituras de cidade-sede da Copa de 2014 nas eleições municipais de 2012 serão chamados para fazer acordos em que se comprometam com a transparência e controle social dos orçamentos e gastos dos municípios.
Segundo Itacarambi, os contratos para os jogos que já foram assinados serão acompanhados, mas não haverá uma análise retroativa. A ideia é que os contratos que ainda não foram firmados sejam observados desde a sua concepção, pois neste momento já pode haver indícios de fraude.
- A gente precisa avaliar o Pan (os Jogos Panamericanos de 2007, no Rio), para evitar o que ocorreu no Pan, de os custos começarem num valor e terminarem com uma multiplicação desse valor, fora de qualquer controle - disse Itacarambi.
O projeto do Ethos, previsto para durar até 2016, conta com a parceria da Siemens, que investirá US$ 3,1 milhões na iniciativa.
Padilha nega denúncia sobre documento e vê indícios de montagem
(Por Leonardo Goy)
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, convocou jornalistas nesta sexta-feira para se defender de denúncias sobre assinatura de documento em favor de entidade fantasma para viabilizar convênio de 3,1 milhões de reais com o ministério do Turismo.
Em reportagem publicada nesta sexta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo apresenta documento supostamente assinado por Padilha que afirma que o Instituto Brasil de Arte, Esporte, Cultura e Lazer (Inbrasil) funciona há três anos de forma regular. Esse tipo de documento é exigido pelo Ministério do Turismo para fazer cadastro de empresas que buscam convênios.
Padilha argumenta, no entanto, que o documento citado na reportagem, e que segundo ele foi apresentado ao Ministério do Turismo, não foi emitido por sua secretaria e "tem indícios claros de montagem".
Segundo o ministro, o timbre do documento está incorreto, assim como o telefone da Secretaria de Relações Institucionais e até seus dados pessoais. O número do RG que aparece no texto publicado está incompleto.
Além disso, Padilha ressaltou que a assinatura que aparece no documento foi digitalizada. "Pedi para a Polícia Federal apurar quem montou o documento com uma assinatura escaneada de um ministro de Estado", disse na entrevista convocada para responder à denúncia.
Padilha pediu sindicância interna para apurar o caso. Ele afirmou ainda que o Ministério do Turismo vai investigar o assunto. O ministro disse que não conhece a entidade beneficiada pelo convênio e nem algumas pessoas citadas na reportagem.
Ao ser perguntado se o caso poderia prejudicar a possibilidade de sua permanência como ministro no governo da presidente eleita Dilma Rousseff -Padilha é cotado, por exemplo, para a pasta da Saúde- o ministro não respondeu diretamente, afirmando apenas que é ministro do governo Lula até 31 de dezembro.
Diário Oficial publica norma que garante benefícios a parceiros homoafetivos
O Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) terá de alterar o embasamento com o qual é feito o reconhecimento da união estável para fins de pensão por morte. Portaria do Ministério da Previdência publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União, estende o benefício também a parceiros do mesmo sexo.
Na prática, o benefício é concedido a parceiros homoafeitvos desde 2000, com base numa liminar, o que poderia suspendê-lo a qualquer instante. Com a portaria de hoje, o pagamento nesses casos fica garantido.
O INSS adotará as providências necessárias para o cumprimento da determinação. A decisão leva em consideração conceitos do Código Civil Brasileiro e da Constituição Federal, no sentido de promover o bem comum, sem qualquer forma de discriminação.
Por mais poder, PMDB mira 2º escalão no governo Dilma
Insatisfeitos com a perda de poder que lhes foi imposta na escolha do ministério pela presidente eleita, Dilma Rousseff, dirigentes do PMDB se preparam para ir à forra na montagem do segundo escalão. O maior embate será com o PT e o PSB - para os peemedebistas os principais responsáveis por lhes tirarem as melhores vagas da Esplanada dos Ministérios.
O PMDB quer esticar a escolha do segundo escalão para janeiro, podendo, assim, atrelar as negociações dos cargos com a definição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. Os alvos dos peemedebistas são as diretorias do Banco do Brasil (BB), da Caixa Econômica Federal (CEF), da Petrobras, da BR Distribuidora e do Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs), e as presidências do Banco do Nordeste (BNB) e do Banco da Amazônia (Basa).
O maior sonho do PMDB é conquistar a presidência da Petrobras, que, avaliam os partidários, deverá ficar vaga em um ano ou dois com a saída de Sérgio Gabrielli, do PT baiano, que poderá disputar um cargo eletivo em 2012. O projeto de curto prazo é avançar sobre diretorias da estatal. Querem a de Gás, indicação de Dilma, e a de Serviços, na cota do petista José Dirceu.
Ministério suspende convênios de instituto que usou carta de Padilha
O Ministério do Turismo suspendeu os convênios do Instituto Brasil de Arte, Esporte, Cultura e Lazer (Inbrasil), entidade fantasma que usou uma carta com a assinatura do ministro das Relações, Institucionais, Alexandre Padilha, para conseguir os recursos do governo. O episódio foi revelado na edição de ontem de O Estado de S. Paulo. O Inbrasil só existe no papel. É mais uma entidade de fachada que negociou para assumir um estatuto antigo e intermediar, sem licitação, convênios com o governo federal, conforme revela o Estado em reportagens publicadas desde domingo.
O secretário-executivo do ministério, Mário Augusto Lopes Moysés, determinou a suspensão dos convênios, das propostas em análise e determinou a investigação de possíveis "falhas formais" nos documentos do Inbrasil, que recebeu R$ 3,1 milhões em 2010. Uma sindicância foi instaurada para investigar o assunto, já que o ministro Padilha reconhece sua assinatura, mas diz que nunca assinou o documento. Ele alega que se trata de uma fraude e pediu que a Polícia Federal entre no caso.
O ofício com a assinatura do ministro diz que o Inbrasil "vem de acordo com o seu estatuto funcionando nos últimos 3 anos de forma regular prestando relevantes serviços à comunidade". O Inbrasil está registrado na casa do publicitário Antônio Carlos Silva, num bairro nobre de Brasília. Ele aparece como "diretor fiscal" do instituto. Mas o endereço é apenas um rito burocrático. Lá não funciona nenhum instituto. A entidade foi criada para ajudar turbinar os negócios da Vibe Marketing Promocional, de André Fratti Silva, filho de Antonio Carlos. Fratti Silva é militante petista e se engajou na campanha de Dilma Rousseff.
A empresa executa os convênios do Inbrasil com o governo. Usa o Inbrasil só para conseguir os recursos públicos sem precisar de concorrência. Esse instituto recebeu, por exemplo, R$ 1,1 milhão para realizar o Festival de Inverno de Brasília, organizado pela Vibe Marketing em junho. Outros R$ 2 milhões foram liberados para um projeto sobre os 50 anos de Brasília, idealizado pela Vibe e que ainda não foi executado. Tudo sem licitação.
Uma ex-assessora de Padilha, Crisley Lins, contou ao Estado que pediu ao ministro para assinar uma declaração atestando o funcionamento do Inbrasil. Esse tipo de documento, com respaldo de alguma autoridade, é exigido pelos ministérios para a abertura do cofre. Ex-assessora do ministro, Crisley hoje trabalha para o deputado Paulo César (PR-RJ) que, embora seja do Rio, destinou R$ 300 mil de suas emendas orçamentárias para o evento do Inbrasil em Brasília.
Esplanada
Cotado para ser ministro do governo de Dilma Rousseff, Padilha é o interlocutor do governo na negociação de emendas parlamentares. Crisley Lins trabalhou com Padilha em 2007 na subchefia de Assuntos Federativos, quando ele comandava essa área no Planalto. Ela detalhou à reportagem como abordou o ministro sobre a assinatura a favor do Inbrasil: "Ele estava em viagem, embarcando, no avião da FAB. Eu liguei e falei: 'doutor, estou precisando de uma ajuda. Ele disse 'manda pra assessoria, que resolve'. Eu redigi e enviei para assessoria. Eu recebi do gabinete dele o arquivo eletrônico", disse à reportagem, em conversa gravada.
Em nota ao Estado, o ministro afirmou que não assinou o documento e que pediu ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal investigue o que, segundo ele, é uma "fraude". Na terça-feira, Padilha defendeu que as denúncias contra o senador Gim Argello sobre envolvimento com instituto fantasmas fossem investigadas "até o fim". Gim renunciou à relatoria do Orçamento de 2011 após as revelações do Estado de emendas dele para entidades fantasmas.
A declaração que leva a assinatura de Padilha diz que a entidade funciona há três anos, mas o Inbrasil existe desde fevereiro de 2009, quando assumiu o estatuto do Instituto Cidadania Esportiva, mudou o nome e passou a buscar contratos com a União.
O presidente escolhido foi Sérgio Eustáquio Assunção, considerado inelegível pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades no Ministério da Cultura quando coordenador-geral de Audiovisual, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Crescimento no Brasil fica abaixo dos PIBs de China e Índia
Apesar de o ministro Guido Mantega (Fazenda) ter festejado o crescimento do PIB, o país não deve fechar o ano com expansão superior à da Índia -repetindo o cenário dos últimos 20 anos.
Os dados da Índia são sempre de difícil comparação porque o país tem um ano fiscal diferente (vai de abril de um ano a março do seguinte), mas os resultados do PIB (Produto Interno Bruto) até agora e as previsões de organismos internacionais apontam que o Brasil vai continuar a se expandir em ritmo inferior ao da nação asiática.
O próprio resultado do PIB do terceiro trimestre aponta para a diferença entre as duas economias: enquanto o Brasil se desacelerou de 9,2% para 6,7%, a economia indiana se manteve no mesmo ritmo (8,9%) -sempre em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, que é a única comparação feita pelos indianos.
De janeiro a abril, a economia brasileira avançou 9,3%, 0,7 ponto percentual mais que a da Índia.
Além disso, a previsão do BC e do governo indianos é que a economia manterá o ritmo forte neste trimestre.
Outro indicador de que a previsão de Mantega não vai se confirmar são as recentes previsões de entidades multilaterais.
Tanto o FMI (Fundo Monetário Internacional) como a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) trabalham com cenários em que a economia indiana vai ter expansão superior a 9%, enquanto o avanço da economia brasileira deve ficar em torno de 7,5%.
A última vez que o PIB brasileiro teve resultado superior ao indiano foi em 1986, na época do Plano Cruzado, no início do governo José Sarney.
O crescimento brasileiro não deve só ficar abaixo dos da Índia e da China (principal motor da economia global atualmente).
Países pequenos como Cingapura, Taiwan e até mesmo o Peru devem registrar avanço superior ao brasileiro.
TERCEIRO TRIMESTRE
Os resultados do terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores mostram que, com raras exceções, as economias dos mercados emergentes sofreram fortes desacelerações.
Na Ásia, economias como Coreia do Sul e Hong Kong diminuíram pela metade o seu ritmo de expansão.
A Austrália, que teve aumento de 1,1% no PIB entre abril e junho, viu a velocidade de avanço ser reduzida para 0,2% nos três meses seguintes.
Os países ricos tiveram diferentes cenários. Os Estados Unidos e o Japão conseguiram crescer mais que no segundo trimestre (ainda que em um ritmo insuficiente para recuperar as perdas com a crise econômica), enquanto os europeus, de modo geral, avançaram menos do que de abril a junho.
Governo adota regra mais rigorosa contra excesso de água no frango
A fiscalização sobre o teor de água no frango congelado ou resfriado está mais rigorosa. O método para detectar a presença de água na carne "in natura" está mudando, o que deve garantir maior segurança ao consumidor.
Uma metodologia nova, que utiliza como parâmetro a relação entre umidade e proteína na carne, está sendo adotada desde terça-feira, data da publicação da instrução normativa nº 32 no "Diário Oficial da União".
Ela substitui a técnica do descongelamento utilizada até então. Para medir o teor de água, o frango era pesado antes do descongelamento e após esse processo. O limite aceitável era de 8% de água no peso do frango.
Agora, uma análise química, feita em laboratórios, por amostragem, medirá a proporção entre umidade e proteína na carne, com parâmetros que variam de acordo com cada tipo de corte.
AVANÇO PARA O CONSUMIDOR
Nesta semana, a norma da Secretaria de Defesa Agropecuária passou a valer para coxa, sobrecoxa e perna inteira de frango. O primeiro corte a se adequar ao novo método foi o peito, em julho deste ano. Em janeiro, será a vez do frango inteiro.
A mudança é um avanço para o consumidor, pois se trata da primeira metodologia validada nacionalmente para fiscalização sobre teor de água em cortes de frango, diz Luciana Miyagusku, pesquisadora do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos).
"A fiscalização era voltada para o frango inteiro, não havia regras para os cortes", afirma. "A nova metodologia responde à necessidade do consumidor de ter carne "in natura" de qualidade."
Para Ariel Mendes, diretor de Produção da Ubabef (associação de produtores e exportadores de frango), a substituição do modelo antigo -uma velha queixa do setor- tornará a fiscalização mais eficiente.
"O método anterior era meio caseiro, os resultados variavam e não eram precisos", afirma Mendes.
Em agosto deste ano, produtoras de frango, entre elas a Brasil Foods, tiveram vendas suspensas pelo governo por conta de excesso de água na carne. Na ocasião, a empresa questionou os critérios da metodologia adotada para a avaliação.
Brasil é o primeiro país emergente a fixar limite absoluto de CO2
Agora está regulamentado em lei: o Brasil chegará a 2020 emitindo no máximo 2,1 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Mais que isso: fica obrigado a publicar anualmente estimativas do total de emissões do país, que facilitarão a verificação do compromisso assumido.
O decreto de regulamentação da Política Nacional de Mudanças Climáticas foi assinado na quinta-feira pelo presidente Luiz e anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na conferência do clima em Cancún.
Com a lei regulamentada, o Brasil se torna o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer um limite absoluto para o quanto vai poluir. O teto autoimposto pelo Brasil representa ainda uma redução absoluta de 6% em relação a 2,2 bilhões de toneladas que o país emitia em 2005, ano do último inventário de gases-estufa.
'O Brasil definiu seu espaço de carbono em 2020', disse Tasso Azevedo, consultor do Ministério do Meio Ambiente. 'Assim, provoca outros países a fazer o mesmo.' O anúncio feito pela ministra não arrancou mais do que os aplausos protocolares em seu discurso na plenária.
Mas foi um dos poucos avanços do dia, em que predominou o pessimismo quanto a algum acordo em Cancún. O decreto prevê que o teto será desmembrado em metas para 12 setores da economia.
Cada um deles terá de apresentar um plano de ação até o final de 2011, que passará por revisão a cada três anos. O decreto, porém, abre a possibilidade de que os planos sirvam de base para um mercado nacional de créditos de carbono. Caso um setor economize mais emissões do que estava obrigado a fazer, poderia obter algum rendimento com isso.
Se isso funcionasse hoje, o desmatamento --que cai mais rápido do que o projetado-- poderia gerar créditos para setores que têm maior dificuldade de reduzi-las, como a siderurgia.
A própria indústria, porém, não ficou satisfeita. 'Não aceitamos que o processo seja feito assim', diz Paula Bennati, coordenadora de mudança climática da Confederação Nacional da Indústria.
Segundo ela, não está claro como essas metas setores serão fixadas.
A defesa de Dantas por Raimundo Pereira
Confesso não ter tido ainda tempo e paciência para ler a defesa que Raimundo Pereira faz de Daniel Dantas.A falta de paciência não é em relação a Raimundo - em outros tempos, autor de reportagens bem feitas -, mas ao assunto.
Li artigos que ele produziu e me baseio, agora, na síntese feita na Folha de hoje por Frederico Vasconcellos - que é criterioso.
A intenção de Raimundo de colocar Dantas como alvo de uma conspiração que inclui a Globo, a Veja e o governo é de um contorcionismo atroz. Atropela fatos e passa ao largo do que escrevi na série "O Caso de Veja". Lá demonstro claramente que Veja tem uma posição de denúncia do banqueiro até determinado momento, quando muda totalmente de linha e passa a assassinar reputações de todos os que se colocam no seu caminho. Qual a razão da mudança?
A primeira vítima de assassinato fui eu, jornalista que em outros tempos fazia parte da lista de pessoas que sempre ajudou Raimundo Pereira - seja mandando matérias para suas publicações, seja adquirindo coleções ou ações.
Os ataques que sofri da Veja vieram em edições com 6 (Raimundo: 6) páginas de publicidade de empresas de Dantas para cada edição de ataque. O preço pago por Dantas foi de 12 páginas de publicidade em duas edições da revista.
E fui atacado justamente por mencionar que o financiamento ao mensalão vinha de empresas de Dantas. A Folha me deixou na mão, sem uma defesa sequer. Recebi mais de 50 emails de leitores solidarizando-se comigo. Nenhuma carta foi publicada pelo jornal. Tempos depois, a própria Folha entrou de cabeça na defesa de Dantas, assassinando reputações de magistrados contrários a Dantas, criando falsas ênfases em torno dos movimentos de Heráclito Fortes e do tal relatório do Ministério Público italiano.
Uma juíza foi alvo de tentativa de suborno de lobista ligado a Dantas. Quando denunciou a manobra, foi alvo de um assassinato de reputação cruel, perpetrado na Folha. Anos depois, O Globo denunciou o lobista e a montagem do ataque contra a juíza - sem mencionar a Folha. Será que Raimundo passou ao largo de episódios como esse?
Foi escandalosa a defesa de Dantas, feita especialmente pela Veja e Folha, mais discretamente pelo Estadão e Globo. E, agora, Raimundo coloca Dantas como vítima da Globo e da Veja para poder criar uma nova retórica de defesa para ele, legitima-lo perante um público de esquerda.
A Satiagraha foi atacada pelo mesmo governo que Raimundo Pereira, agora, acusa de ter perseguido Dantas para viabilizar a venda da Oi.Que "conspiração diabólica" é essa em que o delegado vira alvo de inquéritos da Polícia Federal, o juiz alvo de ações no Supremo, o delegado Paulo Lacerda é mandado para fora do país, a mão do Estado se volta contra os investigadores. Tudo encenação, "conspiração diabólica"?
É possível recolher inúmeras inconsistências no inquérito, as ilações de Protógenes sobre vazamentos de informação do FED, confusões sobre a imprensa (misturando lobistas com jornalistas atrás de informações). É possível fazer um apanhado de erros nas ações contra Dantas - conforme fizeram, antes, os próprios advogados de Dantas.
Raimundo simplesmente acolheu os argumentos dos advogados de defesa, deixando de lado o essencial: o processo espúrio que concede a Dantas poderes absolutos sobre empresas, através de acordos de acionistas escandalosos, firmados com antigas direções dos fundos de pensão. E, depois, o uso de assassinatos de reputação contra jornalistas, juízes, procuradores, pela máquina de moer reputações coordenada por Dantas e por Humberto Braz. Entra com capital ínfimo na Brasil Telecom e sai com R$ 1 bilhão, graças ao imbróglio que montou juntando ações na Justiça com uso reiterado de reportagens armadadas por ele na imprensa. E ainda é vítima? Indague-se qual a razão de todos seus sócios terem ido para a guerra com ele - da TIW à Telecom Itália, passando pelos fundos e, no final, pelo Citi.
Preciso ler o livro na íntegra para formar um juízo melhor. A ideia de que Dantas foi vítima de "conspiração diabólica", injustiçado por todos seus sócios, é mais adequada ao estilo Mainardi de parajornalismo, não ao grande jornalismo que Raimundo sempre praticou.
Nível das escolas no Brasil passa 'de desastroso a muito ruim', diz 'Economist'
Em edição publicada nesta quinta-feira, a revista britânica The Economist diz que dados recém-divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a educação brasileira teve ganhos sólidos; na última década.
Ainda assim, a revista afirma que; o progresso recente meramente elevou o nível das escolas de desastroso para muito ruim
A Economist se referia à divulgação, na última terça-feira, do 4º Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mediu o nível da educação em 65 países. O Brasil ficou na 53º colocação, tendo obtido 412 pontos em leitura, 386 em matemática e 405 pontos em ciência.
O desempenho do país em cada uma das três áreas foi, em média, 20 pontos superior ao registrado no último teste, em 2006. O resultado fez com que a OCDE considerasse que o caso brasileiro revelava lições encorajadoras.
Em entrevista à Economist, a pesquisadora Barbara Bruns, do Banco Mundial, cita entre os motivos para a melhoria o sistema brasileiro de avaliação escolar, criado há 15 anos.
De um ponto de partida em que não havia nenhuma informação sobre o aprendizado do estudante, as duas (últimas) presidências construíram um dos sistemas de medição de resultados educacionais mais impressionantes do mundo, disse ela.
Apesar do avanço, a revista diz que dois terços dos jovens de 15 anos são incapazes de fazer qualquer coisa além de aritmética básica.
Mesmo escolas privadas e pagas são medíocres. Seus pupilos vêm das casas mais ricas, mas eles se tornam jovens de 15 anos que não se saem melhor que um adolescente médio da OCDE, afirma a publicação.
Segundo a Economist, uma das razões para a má qualidade do ensino é o desperdício de dinheiro. Como os professores se aposentam com salários integrais após 25 anos para mulheres e 30 para homens, até a metade dos orçamentos da escola vai para as aposentadorias, diz a revista.
A publicação afirma ainda que, exceto em poucos locais, professores podem faltar em 40 dos 200 dias escolares sem ter o salário descontado.
A Economist diz que o país estabeleceu a meta de alcançar a média da OCDE na próxima década, mas alerta que, no ritmo atual, chegará só até a metade do caminho.
A solução, aponta a revista, é propagar iniciativas como a da cidade do Rio (que combate a falta de professores dando pagando bônus às escolas que atingirem metas) e a do Estado de São Paulo (que criou plano de carreira a professores que vão bem em testes de conhecimento).
Se o Brasil alcançar a nota, será porque conseguiu espalhar essas práticas inovadoras por todos os cantos, conclui a revista.
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