NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um blog é tão bom quanto às verdades que publica...

Dois aspectos da tragédia na Serra Fluminense
Infelizmente retomo a crônica política da tragédia brasileira, dessa vez na Região Serrana do Estado do Rio, onde vivem mais de 700 mil pessoas.

Qualquer pessoa que costume ir para estas localidades sabe do perigo das chamadas cabeças ou trombas d’água, levando a cheia dos leitos e destruição de suas margens. Se estes municípios convivem com enchentes, inundações e deslizamentos desde sempre, porque não houve a antecipação necessária, tanto no sentido da prevenção como no plano de contingência para catástrofes?

Divido a crítica em dois aspectos, correlacionando o ato de governar e as expectativas em torno deste papel com o da tragédia. O primeiro diz respeito ao atual governador fluminense, o reeleito Sérgio Cabral Filho (PMDB). Sua ausência ocasional no momento do desastre poderia chegar a ocasionar um ambiente pré-impeachment.

Mesmo estando a Assembleia Legislativa em recesso de verão, se a União estivesse operando e o chefe do Executivo estadual não, estaria aberto o vazio de poder típico das derrocadas. Sendo justo na crítica, também o governo central demorou em acionar forças federais no auxílio para resgate de vítimas e acesso às áreas isoladas.

A “sensação de crise” só não piorou a própria crise da falta de coordenação dos órgãos competentes e de autoridades eleitas para os gerirem em função do engajamento da população e o bombardeio midiático. É certo que desgraça é notícia, mas é ainda mais certo que ao convocar a cidadania a engajar-se na ação de ajuda, as empresas de mídia se legitimam, ultrapassando o papel de ser fonte de informação para a de suporte da realidade.

Outro aspecto da crítica tem relação com a ausência de governo no sentido de um ente estatal metodicamente voltado para o bem comum. O mesmo descaso com os morros do Rio se verifica na ocupação desordenada do território urbano, semi-urbano e rural serrano.

O problema está para além da favelização de Teresópolis e Petrópolis e do crescimento populacional de Nova Friburgo. Não apenas bairros humildes expandiram-se para as encostas de morros, retirando a Mata Atlântica e desprotegendo as encostas, mas também há um boom imobiliário de condomínios, resorts e hotéis ajudaram a ocupar as várzeas de rios retirando matas ciliares.
Considerando que as intempéries do clima tendem a agravar-se, o ato de ordenar o solo e garantir zoneamentos e destinações racionais de uso torna-se algo urgente e necessário. Do contrário, nos próximos verões assistiremos ao mesmo filme de pavor e descaso.
Bruno Lima Rocha é cientista político www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com

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Prefeitos da base e da oposição são alvo de operação da PF
Integrantes da Polícia Federal (PF) em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem neste momento - em vários municípios do Estado do Piauí - 30 mandados de prisão e 84 de busca e apreensão.

O objetivo da operação, intitulada “Geleira”, é de desarticular uma rede criminosa especializada na comercialização de notas fiscais frias e desvio de recursos públicos.

As investigações, iniciada em 2008, envolvem prefeituras comandadas por PMDB, PTB, PT e PSDB.

Algumas das infrações teriam ocorrido na compra e venda de medicamentos. Entre os investigados no possível esquema está a deputada estadual Ana Paula Mendes (PMDB).

Das prefeituras alvo da operação comandadas pelo PMDB está Porto, do prefeito Dó Bacelar e Várzea Branca, do prefeito João Dias.

Do PTB as prefeituras investigadas são Miguel Leão, prefeito Bismark Santos; Caracol, prefeito Izael Macedo Neto; Ribeira do Piauí, prefeito Jorge de Araújo; Landri Sales, prefeito Joedison Alves Rodrigues.

A prefeitura de Uruçuí comandada por Valdir Soares (PT) e a de Elizeu Martins, da prefeita Terezinha de Jesus (PSDB) também são investigadas.

Segundo assessoria da PF, até o momento, não há um balanço final da operação. Uma coletiva deve ser feita na superintendência da PF no Piauí nas próximas horas.

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O aviso de Priscila, de Friburgo
Elio Gaspari, O Globo
Este artigo é um caso de apropriação indébita. Deveria ser assinado pela repórter Priscila de Lima, do site “Nova Imprensa” (novaimprensa.com.br), de Friburgo. Adiante vai seu texto, publicado no dia 25 de novembro do ano passado. Do signatário, são só as observações entre parênteses.
“Após 8 horas de chuva constante na madrugada do dia 21, a população de Nova Friburgo está apreensiva em relação ao início do período de chuvas. (...) O ponto de alagamento mais crítico no município continua sendo o distrito de São Geraldo que, apesar de as obras do Programa de Aceleração do Crescimento estarem em andamento, em várias ruas ainda sofre com as inundações”.

(Com a enchente de janeiro, os córregos de São Geraldo transformaram-se em cachoeiras e as áreas planas em igarapés. Casas foram cobertas pela água e moradores ilhados pediam comida. Os desabrigados reuniram-se na 5 Igreja Batista, junto com 13 mortos.)

“Em algumas áreas os bueiros não suportaram o volume de água e as ruas ficaram alagadas. (...) O Centro e os bairros de Duas Pedras, Solares e Amparo também tiveram ocorrências de deslizamentos, estragos e alagamentos em pequenas áreas.”

(O pedreiro Leandro perdeu a casa, a mulher, a mãe e o filho de 2 anos, mas juntou-se às equipes de resgate, orientando pilotos de helicópteros. Ele tinha água na cintura quando chegou a Duas Pedras. Está no Youtube.)

“De acordo com dados divulgados pela Defesa Civil de Nova Friburgo, de domingo a quinta-feira foram feitas 97 solicitações de vistoria. No domingo, 21 (de novembro), foram registrados mais de 60mm de chuva das 6h às 8h30m. Em outro ponto da cidade o nível de água atingiu 80mm no mesmo período. O distrito de Campo do Coelho foi o que apresentou o maior índice do município, chegando a 90mm.”

(Em janeiro, os bombeiros só conseguiram chegar ao Campo do Coelho três dias depois da enchente. Moradores se mobilizaram e resgataram cerca de 110 pessoas. Quarenta morreram.)
“O subsecretário de Defesa Civil, tenente-coronel bombeiro militar Roberto Robadey, disse que, para evitar transtornos, a população deve tomar medidas simples: ‘É fundamental que as pessoas não joguem lixo ou qualquer outro tipo de resíduo nas ruas (...). A Defesa Civil tem trabalhado também na divulgação do uso do pluviômetro caseiro, que consiste em uma garrafa PET com uma régua. Esse material capta a chuva e permite que o próprio morador observe o nível de água que representa risco para ele, ou seja, o registro de até 40mm não consiste em perigo de deslizamento de um barranco, por exemplo. A partir dessa medição o morador pode tomar a decisão de sair de sua casa para um local mais seguro’”.

(Conclusão: o povo joga lixo onde não deve e, quando o pluviômetro caseiro ultrapassa os 40 mm, continua em casa. Ir para onde, ninguém diz. Nem a Defesa Civil de Friburgo, ou a do estado, tomaram providências em novembro, muito menos em dezembro, até que em janeiro, quando veio a água, ninguém sabia o que fazer, onde fazer, nem como fazer. No dia 29 de dezembro a turma do site “Nova Imprensa” informou que tentou ouvir o secretário de Obras de Friburgo, Hélio Gonçalves, mas ele não estava na cidade. No início do ano, o governador Sérgio Cabral estava no exterior).

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Defesa Civil existe apenas no nome (Editorial)
O Globo
Há incontáveis exemplos, em países desenvolvidos, de como deve funcionar um efetivo sistema de defesa civil.

O caso mais recente é o da Austrália, atingida por uma enchente gigantesca, numa área equivalente à soma dos territórios de França e Alemanha. Mesmo assim, foram contabilizados menos de 30 mortos.

Acionada, a estrutura de emergência do país agiu na prevenção, a partir de um planeja-mento preexistente e bem feito.

Quando, no Brasil, a contagem dos mortos da Região Serrana do Rio já chegava a dez vezes as vítimas na Austrália, reportagem do “Jornal Nacional” trouxe o depoimento de um brasileiro morador naquele país, numa cidade caminho da enchente. Ele recebeu pelo correio o aviso sobre a cheia, com as devidas instruções do que fazer.

Há, também, falhas. Mas não pela inexistência de uma estrutura de defesa civil. O fiasco da Fema americana (Federal Emergency Management Agency), no furacão Katrina, em 2005, em Nova Orleans, se deveu, soube-se depois, ao fato de a agência ter sido aparelhada por amigos e aliados do presidente Bush, um tipo de distorção que costuma acontecer em Brasília.

Na grande nevasca que há pouco paralisou Nova York, o prefeito Michael Bloomberg foi criticado, com razão, por não ter decretado a tempo o estado de emergência. Teria ajudado a esvaziar as ruas para permitir o trânsito dos veículos de serviços básicos.

Teria ocorrido, também, uma “operação tartaruga” de servidores desgostosos com os cortes executados pela prefeitura, em fase de ajuste fiscal.

Mas, numa nevasca seguinte, mesmo sem a intensidade da anterior, Bloomberg apressou-se a colocar Nova York em emergência. Não houve erros.

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Anatel terá acesso total a dado sigiloso de telefones
Agência vai coletar informações sobre números chamados, data, duração e valor. Órgão diz que objetivo é melhorar fiscalização para cobrar metas das teles; advogados veem ilegalidade
Julion Wiziack, Folha de S. Paulo

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) se prepara para monitorar via internet as chamadas telefônicas fixas e móveis.

O objetivo, segundo a agência, seria "modernizar" a fiscalização para exigir das teles o cumprimento das metas de qualidade.

A agência terá acesso irrestrito a documentos fiscais com os números chamados e recebidos, data, horário e duração das ligações, além do valor de cada chamada.

Advogados consultados pela Folha afirmam que a proposta é ilegal. A Constituição garante a privacidade dos registros telefônicos. Qualquer exceção deverá ser autorizada pela Justiça.

Em 31 de dezembro de 2010, a agência publicou no "Diário Oficial" a compra, por R$ 970 mil, de três centrais que serão instaladas nos escritórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Essas centrais se conectarão via internet às das operadoras móveis. Primeiro, serão cobertas as bases da Vivo, da Claro, da TIM e da Oi, em Minas; Vivo, Claro e TIM, em São Paulo; e as das quatro operadoras no Rio. Nesses locais, o prazo para o início da operação é de até seis meses.
Haverá um cronograma para os demais Estados e, numa etapa seguinte, serão instaladas centrais nas empresas de telefonia fixa.

Essa rede permitirá conexão via internet às operadoras, garantindo o acesso às informações.
Dados cadastrais dos clientes também serão manipulados por funcionários da agência num prazo de até cinco anos.
Assinante do jornal leia mais em Anatel terá acesso total a dado sigiloso de telefones

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Governo mexe em 208 cargos do segundo escalão
Levantamento feito pelo ‘Estado’ revela que do dia 5, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou que estariam suspensas as nomeações de cargos para evitar conflitos entre petistas e peemedebistas, até terça, a média foi de 23 nomeações por dia
João Domingos, O Estado de S.Paulo

A ordem da presidente Dilma Rousseff para que fossem suspensas as nomeações para o segundo escalão até fevereiro - uma forma de evitar novas brigas entre o PT e o PMDB por causa do domínio dos cargos - não virou lei nem dentro do Palácio do Planalto.

Todos os dias o Diário Oficial da União traz novas nomeações para esses cargos, assinadas por uma única pessoa: o ministro Antonio Palocci, da Casa Civil, que despacha em um gabinete no quarto andar do Palácio.

Do dia 5, quando passou a valer a ordem de Dilma Rousseff, até ontem, Palocci assinou 208 nomeações e exonerações para cargos do segundo escalão, o que dá uma média de 23 por dia.
De acordo com o levantamento feito pelo Estado, boa parte dessas nomeações atende aos ministérios comandados pelo PT, como Comunicações e Saúde, que já foram do PMDB e agora se transformaram no ponto principal da discórdia dos dois partidos que comandam o Poder Executivo.
Leia mais em Governo ignora trégua com o PMDB e mexe em 208 cargos do segundo escalão

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Estrela do PT permanece no jardim de Dilma
Ed Ferreira e João Domingos, O Estado de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff herdou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira dama Marisa Letícia uma estrela do PT, feita de flores. Ela está plantada na residência oficial da Granja do Torto, atual moradia da presidente. A estrela tem cerca de 5 metros de diâmetro. É maior do que o mapa do Brasil, dividido por regiões, que também enfeita o jardim.

Num sobrevoo feito na terça-feira, 18, pelo Estado sobre a Granja do Torto, percebe-se que a estrela está muito bem cuidada. A grama ao redor foi cortada recentemente e as plantas rasteiras com folhas amarelas que destacam as bordas da estrela também foram podadas há pouco tempo.

Em nota, a Presidência informou que Dilma desconhece essa estrela e "não caminha" no jardim de sua atual moradia.
O plantio do símbolo do PT nos jardins do Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, foi alvo de polêmica no governo Lula.

Em 2004, a ex-primeira dama Marisa Letícia mandou fazer com sálvias vermelhas a estrela petista nos jardins do Alvorada, onde residiu por oito anos com Lula.

Houve reação de entidades ligadas à preservação do patrimônio da cidade e de senadores da oposição. Foi qualificada como "símbolo do aparelhamento do Estado". Com as críticas, Marisa Letícia viu-se obrigada a retirar a estrela do Alvorada em 2005.

Na época, o PT envolvera-se no escândalo do mensalão - segundo a CPI dos Correios, um esquema em que parlamentares da base do governo recebiam mensalmente para votar a favor de projetos de interesse do governo.

O projeto do jardim do Palácio da Alvorada foi doado ao ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956-1960) pelo imperador japonês Hiroito. Por serem tombados, os jardins de Brasília e os dos palácios do governo são mantidos desde a fundação da cidade pela Novacap, vinculada ao governo distrital.

Segundo historiadores, as ex-primeiras damas Lucy Geisel (1974-1979) e Dulce Figueiredo (1979-1985) fizeram algumas alterações nas flores dos jardins do Alvorada, mas respeitaram os canteiros estabelecidos no projeto original. A ex-primeira-dama Ruth Cardoso (1995-2002) não fez nenhuma mudança.

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Novo auditor do SUS, é investigado por irregularidades
Roberto Maltchik e Fábio Fabrini, O Globo
Nomeado pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde) para comandar a auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS), o médico Odorico Monteiro é apontado pelo Tribunal de Contas da União como responsável por irregularidades que somam R$ 3,5 milhões em obra bancada pelo próprio ministério.

Relatório do TCU aponta sobrepreço no contrato e no aditivo de construção do Hospital da Mulher, em Fortaleza, tocada quando Odorico era secretário municipal de Saúde (2005-2008). Odorico será o novo secretário de Gestão Estratégica e Participativa da Saúde.
Leia mais em Odorico Monteiro, novo auditor do SUS, é investigado por irregularidades

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Número de vítimas na Serra chega a 710
Estadão.com
O número de vítimas das chuvas que castigaram a Região Serrana do estado do Rio de Janeiro subiu para 710, segundo um boletim divulgado nesta terça-feira, 18, pela Defesa Civil.

Os trabalhos de resgate estão concentrados em áreas que ainda permanecem isoladas após terem sido bloqueadas por toneladas de terra, lama e pedras que deslizaram das montanhas e soterraram centenas de casas.

Segundo o boletim da Polícia Civil, a cidade mais afetada pelas chuvas foi Nova Friburgo, onde o número de vítimas chega a 335.

As equipes de resgate também encontraram 292 corpos em Teresópolis, 62 em Petrópolis e 21 em Sumidouro.

O número de mortos pode aumentar, já que as equipes de resgate ainda buscam quase 200 pessoas que não foram localizadas pelos familiares.

Segundo a Defesa Civil, pelo menos 6.050 pessoas perderam suas casas e 7.780 tiveram de abandoná-las temporariamente e se abrigar em ginásios e escolas públicas.

O Governo Federal, que mobilizou vários ministérios para atender aos desabrigados e reforçar as equipes de resgate, enviará nesta terça-feira, 18, dois ministros à região.
Leia mais em Número de vítimas por chuvas na Região Serrana do Rio chega a 710

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Luiz Ernesto Magalhães e Gustavo Goulart, O Globo
A maior catástrofe natural do Brasil e uma das dez piores do mundo no último século, completa nesta quarta-feira uma semana com pelo menos 15 localidades da Região Serrana ainda isoladas e só alcançáveis por helicóptero, segundo o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes.

Até a noite de [ontem], o Ministério Público estadual contabilizava 711 mortos e 207 desaparecidos (sem contar os de Petrópolis, cujo número não foi divulgado) e 21.500 pessoas desabrigadas e desalojadas.
Leia mais em Número de desaparecidos passa de 200; ainda há 15 localidades isoladas na Serra

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Retirada de moradores ocorre sem resistência
Luiz Ernesto Magalhães, O Globo
Começou [ontem], no bairro Floresta, a remoção compulsória das famílias que vivem em áreas de risco máximo em Nova Friburgo. Não houve resistências.

Como o terreno do Sesi que originalmente seria utilizado para receber os moradores não estava pronto, eles estão sendo distribuídos entre os 42 abrigos montados na cidade. Segundo a prefeitura, o processo de transferência, somente em Floresta, deve demorar cerca de dez dias.

A decisão de retirar famílias de áreas de risco máximo foi tomada pelo Ministério Público em conjunto com a Defesa Civil do estado. Caso a família se recuse, um promotor, com laudos em mãos, solicitará em juízo que a remoção. Até o início da tarde, não havia sido necessário apelar para o recurso judicial.

Uma semana após o temporal que arrasou Nova Friburgo, a situação ainda é de caos nos bairros mais pobres. Centenas de pessoas estão fora de casa, acolhidas em residências de parentes ou de amigos, igrejas e escolas.

Uma dessas regiões mais atingidas é o distrito de Conselheiro Paulino, onde às 6h30m de ontem 150 pessoas aguardavam numa fila, em frente à Igreja de Santa Teresinha, para receber donativos que só seriam distribuídos a partir das 9h.

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Chuva castiga o Rio e de novo a Região Serrana
O Globo
Fortes chuvas castigaram o Rio e a Região Serrana na tarde de [ontem]. Em Petrópolis, a Defesa Civil local está em alerta por causa do temporal nos bairros Bingen, Mosela, e adjacências.

Na capital, os principais problemas aconteceram no Grajaú e em bairros da Zona Oeste, como Jacarepaguá, Campo Grande e Bangu.

O temporal provocou a interrupção no fornecimento de energia elétrica em trechos dos bairros de Irajá, Vigário Geral, Jardim América e Pavuna, no subúrbio do Rio. De acordo com moradores, diversas ruas dessas localidades estão às escuras desde às 17h. Às 19h, o Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que as áreas de instabilidade que provocaram as chuvas na tarde de [ontem], na capital, já se deslocavam para o oceano. Há apenas chuviscos em áreas isoladas. Há reflexos ainda em alguns pontos como na Avenida Maracanã, onde o rio transbordou.

Também voltou a chover forte em Teresópolis na tarde de [ontem]. O temporal dificulta o trabalho das equipes de resgate nas áreas mais atingidas pela chuva dos últimos dias.

O mau tempo também afetou a Região Metropolitana. No Rio, choveu forte em alguns pontos da Zona Norte, especialmente em Vila Isabel, por volta de 17h30m.

(...) O problema também afetou o trânsito na cidade. Na Avenida Brasil, bolsões d'água formados na pista complicaram o tráfego no trecho entre Guadalupe e Campo Grande. Houve problemas também na altura de Manguinhos. Na Avenida Maracanã, também foram registrados pontos de alagamento.

Já em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, a subsecretaria de Defesa Civil de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, informou por volta das 19h que a cidade está em alerta nível 3, devido às 14 ocorrências registradas depois da forte pancada de chuvas que castigou a cidade no final da tarde desta terça-feira, por 35 minutos, causando um acumulo de 45 mm. Em diversos pontos houve precipitação de granizo.
Leia mais em Chuva causa transtornos no Rio e na Região Serrana

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Chuva não foi a mais forte registrada na Serra
Cesar Baima, O Globo
A tempestade que causou a maior tragédia da história dos desastres naturais no país não foi a maior já registrada nas cidades da Região Serrana. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Teresópolis registrou 124,6 mm de chuva no dia 12, contra uma máxima histórica de 140,8 mm registrada em 28 de janeiro de 1977.

Já em Nova Friburgo, a chuva alcançou 182,8 mm no dia dos desabamentos, mas, como essa estação do Inmet só entrou em operação no ano passado, não há uma série histórica de dados para comparação. Entretanto, uma estação antiga, que funcionou na cidade entre 1961 e 2003, marcou como recorde 113 mm em 24 de janeiro de 1964.

Isso não quer dizer, no entanto, que o temporal foi comum. Os 124,6 mm de Teresópolis significam que, em apenas um metro quadrado, desabaram 124,6 litros de água do céu. Em um campo de futebol de 10 mil metros quadrados, o volume seria superior a 1,2 milhão de litros. Um bairro com tamanho de 100 campos de futebol teria recebido mais de 124 milhões de litros, o suficiente para encher quase 50 piscinas olímpicas.

Além disso, até ontem, a cidade registrou um total acumulado de 309,2 mm de chuva no mês, mais do que a média histórica em janeiro, de 290,4 mm. A estação o Inmet de Friburgo, por sua vez, marcou 447,6 mm de chuva no mesmo período.

De acordo com o Inmet, o Estado do Rio é um dos que estão mais bem aparelhados em estações meteorológicas. Ao todo, são 40, mas apenas seis estão na Região Serrana: duas em Teresópolis e as outras quatro nas cidades de Friburgo, Cordeiro, Carmo e Santa Maria Madalena.
Para prever fenômenos como o temporal que caiu na Região Serrana, porém, seria necessário aumentar o número de estações para reduzir a distância entre elas, além de usar modelos de previsão mais detalhados. Ainda assim, destaca Gustavo Escobar, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), não seria possível prever exatamente onde um temporal vai acontecer, nem a sua intensidade:

- A única forma de fazer isso seria com o uso de radares meteorológicos, que monitoram esses núcleos de tempestade.
Leia mais em Chuva não foi a mais forte registrada na Serra

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As chuvas causam estragos no sul de MG
O Globo
As chuvas que atingem o Sul de Minas Gerais desde o início do ano ainda prejudicam pelo menos 2078 pessoas, conforme os últimos números da Defesa Civil. São 518 desabrigados e 1560 desalojados na região. Uma pessoa morreu até agora, 22 casas foram destruídas e 472 danificadas. 22 pontos foram levadas pela enxurrada e 278 sofreram avarias.

Quinze municípios estão em estado de emergência: Monte Belo, Alfenas, Espírito Santo do Dourado, Ouro Fino, Itamonte, Maria da Fé, Conceição do Rio Verde, Pouso Alegre, São Sebastião da Bela Vista, Aiuruoca, Careaçu, Alagoa, Baependi, Carvalhos e Itumirim.

Em todo o Estado, aumentou para 132 as cidades afetadas pelas chuvas. 84 delas decretaram situação de emergência. 16 pessoas morreram no estado.

O número estadual de desalojados chega a 16.957 e de desabrigados, 2594. Quase sete mil casas foram danificadas em Minas Gerais. Mais de 200 ficaram totalmente destruídas. Quase 1,3 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes. Em todo o Estado, 346 pontes ficaram danificadas e 113 destruídas.

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Chuva alaga avenida no ABC paulista
O Globo
A chuva do fim da tarde desta terça-feira causou o transbordamento do Rio Tamanduateí e alagou a Avenida dos Estados, na região de Santo André, no ABC paulista. Vários carros e um ônibus intermunicipal ficaram parcialmente cobertos pela água. Pessoas ficaram ilhadas nos veículos e tiveram de ser resgatadas pelo helicóptero Águia da Polícia Militar.

Ao menos duas pessoas foram içadas por uma cesta presa à aeronave. O mesmo rio também transbordou na região da Vila Prudente, na Zona Leste de São Paulo, e colocou a região em estado de alerta.

Em Mauá, no Jardim Zaira, uma casa desabou após um deslizamento de terra. Ninguém ficou ferido. Em São Bernardo, a chuva alagou o Paço Municipal e invadiu o primeiro andar do prédio da prefeitura da cidade. Os córregos Guararás e Ribeirão dos Meninos, na mesma região, também transbordaram.

A pista central da Via Anchieta teve de ser fechada, entre os quilômetros 10 e 14, após o transbordamento do Ribeirão dos Meninos. O tráfego fluiu pela pista marginal.

A chuva também atingiu outras cidades da Grande São Paulo. Em Guarulhos, o teto de um supermercado desabou no bairro de Vila Galvão. Não houve vítimas. No Aeroporto de Cumbica, as rajadas de vento chegaram a 58 km/h, às 17h25m, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).
Leia mais em Chuva causa transbordamento do Rio Tamanduateí e alaga avenida no ABC paulista

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Consórcio francês vai financiar parte de Angra 3
Liderados pelo Société Générale, grupo de bancos será responsável por financiamento de R$ 3,36 bilhões da usina nuclear, que vai custar R$ 10,4 bilhões
Kelly Lima, O Estado de S. Paulo

Um consórcio de cinco bancos franceses liderados pelo Société Générale foi escolhido pela Eletrobrás para financiar 1,5 bilhão (R$ 3,36 bilhões) na construção da usina nuclear de Angra 3. O consórcio disputou a operação com outro grupo de bancos franceses.

As propostas foram entregues em 30 de dezembro, e a definição final depende ainda de aprovação dos Ministérios de Planejamento e da Fazenda, antes de ser encaminhada ao Congresso.

Segundo o gerente de planejamento e orçamento da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras), Roberto de Carvalho Travassos, a oferta tem validade de seis meses. Além do Société Générale, participam do consórcio financiador os bancos Crédit Agricole, BNP Paribas, Santander e CNC.

As condições da operação não foram reveladas ainda, mas Travassos disse que "se trata de uma das melhores captações já feitas pelo setor elétrico brasileiro".
Leia mais em Consórcio francês vai financiar parte de Angra 3

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Ministro e Procons discutem problemas no setor de telefonia
Mônica Tavares, O Globo
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se reuniu nesta terça-feira com lideranças dos órgãos de defesa do consumidor. Entre os temas tratados estavam o preço e o atendimento da telefonia fixa no país. Ele disse que considerava alto o valor da assinatura mensal da telefonia fixa, que custa em média R$ 40.

- É caro, acho que em um número imenso de casos inviabiliza o acesso ao telefone fixo. Mas tenho sido prudente com isso - afirmou ele.

Segundo ele, existe um modelo que foi montado, licitado, contratado, onde a assinatura básica compõe uma receita, temos que olhar isso com cuidado.

- Uma coisa que foi mencionada na reunião é que em algumas áreas a telefonia fixa é muito deficiente, que é a área rural, e em algumas áreas não tem telefone público. Mas tem áreas inteiras nas grandes cidades onde o pessoal não tem telefone por um problema de preço - disse.
Leia mais em Paulo Bernardo discute com Procons problemas no setor de telefonia

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