NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

domingo, 16 de maio de 2010

Alguns “Porquês” do Estigma de “Cidade-Problema” em Itaboraí…

O município de Itaboraí detém em sua curta história de uma “imagem” de persona non grata frente à opinião pública da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em virtude dos constantes conflitos envolvendo violência e desafios urbanos, ou seja, os “frutos podres” da ocupação segregacionista e excludente de “pessoas” que estigmatizam a verdadeira característica solidária desta “cidade dos voluntários”.

Então, por que as políticas públicas de inclusão social e produtiva insistem em não “dar frutos” perante as ações dos vários instrumentos de governo (Programas, Projetos, Serviços, etc.) através de sua rede de proteção social? Onde está o erro, na gestão, nos cidadãos ou de ambos?

Há uma continua “especulação do negativo” ou estereotipagem de Itaboraí quando cita seu nome. Afinal, aos olhos dos moradores e trabalhadores deste prospero município percebem que a realidade “midiatizada” é bem diferente da vivida por seus concidadãos. Entretanto, essa verdadeira imagem de cidade digna e fraterna não chega lá fora, apenas em sua forma “distorcida”.

Por que, então, não desenvolvemos um trabalho integrado de resgate da dignidade e autoestima deste batalhador povo através da convergência de estratégias e ações publicitárias por parte do poder público, câmara de vereadores e mídia integrada local?

Devemos buscar esses subsídios estratégicos para lançar esse “Plano Pró-imagem de Itaboraí” apartir dos instrumentos de governo existentes contidos nas analises de implementação de políticas sociais, tais como o “Diagnóstico Social”, bem como uma reinterpretação do “Mapa das Vulnerabilidades Sociais”.

Assim, avaliar em conjunto com a sociedade organizada a/as razões da insistente ineficácia das ações sociais integradas nessas áreas de riscos sociais. É o nosso dever e a nossa salvação.

Sabemos que o principal objetivo, entre outros, ao se tentar melhorar a “imagem” de um município é de se ter em mão um “Mapa da Exclusão/Inclusão Social” no sentido de ter uma visão real dos nossos problemas, sistematizar dados da realidade e conhecer ainda mais a cidade.
Além do mais, necessitamos visualizar os locais de exclusão/inclusão social como se fosse uma topografia social e construir o padrão básico de inclusão social e produtiva visando o resgate da identidade social e cultura como um todo para reduzir os fatores determinantes da fomentação à violência e a criminalidade.

Nesses eixos estratégicos, nenhum setor público ou político poderá lançar mãos de Políticas Públicas sem que a “realidade problematizada” seja entendida em sua gênese frente aos “dilemas” históricos e atuais que erigiram as consequências urbanas que afligem a realidade hoje.

Neste contexto, a pouca ou inexistente quantidade de dados oficiais, por exemplo, com relação às crianças e adolescentes em situação de rua; ausência de índices de qualidade de vida específicos para Itaboraí; falta de um instrumento integrado de decisão política e a falta de informação específica dos problemas e características culturais do cidadão.

Portanto, a ausência de dados sistematizados e interpretados por distintos setores da sociedade organizada, entre outros, são elementos patrocinadores da “estigmatização” adquirida ao longo dos anos de emancipação política e administrativas que não foram, ainda, “atacadas de frente” por políticas públicas e sociais sérias e continuadas que se preocupem em destituir a “imagem deturpada” de uma Itaboraí de todos.

Por Tânia Maria Cabral

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