NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

sábado, 22 de outubro de 2011

Como um teatro; são dramas, romances, comédias e corrupções... Sem sabermos se é pra rir ou chorar... SANATÓRIO CHAMADO BRASIL...


Texto retirado do blog sanatório da notícia.
O medo
Você tem que ter medo é do que o governo é capaz de fazer com qualquer um. No Brasil de hoje governar é satisfazer necessidades fisiológicas.
Essa coisa de hipocrisia pega. Vamos parar com o cinismo e perguntar para qualquer um graudaço desse governo Lula disfarçado de Dilma quanto é vai que custar a Copa do Mundo para o Brasil. Se alguém lhe disser ganha um doce e uma caixa de fósforo vazia.
Pergunte quantos hospitais, quantas unidades de saúde seriam construídas com a mesma grana. Pergunte quantas unidades do Minha Casa, Minha Vida seria construída. Pergunte quantas cercas elétricas ou grades no muro das casas dos brasileiros de bem poderiam ser  instaladas.
Pergunte só por perguntar. Seu interesse faria sentido, afinal - com uma carteirinha do partido - você poderia desfrutar dos hospitais, das moradias, da liberdade que in/segurança pública lhe deve...
Agora não me pergunte nada. Apenas me diga, com o salário que você ganha, quantos jogos da Copa você e seu filho vão assistir em 2014?!?
Está ficando bom. Daqui a pouco está ótimo. Aos pouquinhos o pessoal vai se conscientizando. Vai se mexendo, se mobilizando. De data cívica em data cívica; de festa em festa os palanques vão se esvaziando e o povão vai se juntando nas praças, nas avenidas dos desfiles de comemorações históricas que só têm servido de vitrine para os que se apropriaram indebitamente desse País.
Aos poucos e até aos muitos, a voz rouca das ruas vai sufocando a voz rouca dos discurseiros profissionais; vai engasgando os que nos enfiam suas vontades goela abaixo; vai em frente sem armas e sem governantes por trás; sem banners com siglas partidárias, nem pirulitos de centrais sindicais, nem posteres de movimentos de fachada, de uniões de estudantes domesticados, ONGs compradas, ou poderes infiltrados pelo crime organizado.
Vai ser meio demorado, vai custar mais do que a gente pode esperar, - ainda é preciso saber direitinho onde e quando chegar e, em lá chegando, o que fazer - mas ainda que armados só de vassouras simbólicas ou de bengalas eletrônicas, ainda assim a vassoura da população consciente há de suplantar o espanador de butique que a dama do Palácio resolveu empunhar para dar uma espanada de leve na pandilha de sevandijas.
Uma pandilha, um estoque de aproveitadores que a primeira-mulher-presidenta não só herdou de Lula como ela mesma consagrou, nos ministérios, nas estatais, nos organismos de defesa do cidadão para consumar o seu governo, como se governar fosse exatamente o que estão fazendo com o Brasil nesses perniciosos mais de oito anos de hipocrisia, deboche e achaque.
A jovem vassoura virtual e as bengalas das gerações já cansadas de ver o Brasil repartido em saborosas fatias para os podres-de-rico e em migalhas humilhantes para os pobres coitados, um dia, sairão das ruas e varrerão as rampas, as escadarias, os corredores dos palácios dessa minoria esmagadora que achata e domina a maioria absoluta.
A maioria está trocando o silêncio do conformismo pela vassoura da indignação porque já não aguenta mais o cheiro fétido que exala da Esplanada dos Ministérios e se espalha sobre os brasileiros que trabalham para pagar a conta dos serviços públicos essenciais que não lhe são prestados.
Dia 15 de Novembro tem festa oficial patrocinada pelo governo, em todas as suas dimensões territoriais. Mais palanque e mais desfiles para a vitrine. O Movimento Anticorrupção tem encontro marcado com as cerimônias de exibição dos donos do Brasil. Vai ser bonito de se ver. Vassouras e bengalas unidas, jamais serão vencidas.
RODAPÉ - A vassoura de hoje, a que o povão está empunhando, não é a mesma vassoura demagógica de Janio Quadros ou da Dilma que a preteriu por um espanador. É a vassoura que vem de baixo pra cima, para varrer a sujeira de cima abaixo.
Depois de Orlando Silva, bancar o cantor das multidões no ouvido de aplausos da primeira-presidenta do Brasil, agora é Agnelo Queiroz, governador que sucede Arruda no governo do Distrito Federal, querer provas. Acusado de "malfeitos" nos primeiros tempos do programa Segundo Tempo, ele esbraveja que "não tem uma única denúncia nova, apenas uma mentira. Isso é canalhice." Quer dizer então que ele está presumindo que denúncia velha não dá cadeia boa. Ah bom. De qualquer maneira é bom ficar atento, pois se encontrarem algum "malfeito" antigo - como Dilma gosta de chamar fraudes, falcatruas, corrupção e similares - todo mundo sabe que malfeitor não pode andar à solta por aí.
Só os culpados têm interesse na morosidade da Justiça. Homiziam-se na presunção de inocência  até que todos os vestígios desapareçam.
Orlando Silva não teve audiência com Dilma ao apagar das luzes desta semana. Ele conversou Dilma. Usou com a primeira-presidenta o discurso que ela mais gosta de usar desde que pegou a faixa de Lula: - As provas, cadê as provas?!? O ministro que fez do Esporte um imenso Parque de Diversões de Orlando não se preocupa em dizer que é honesto, que não cometeu "malfeitos", ele só pede provas. Confia no seu taco.
Ontem mesmo, 25 anos depois, médicos que matavam pacientes para retirada de órgãos - presumindo eutanásia - foram condenados a 17 anos e seis meses de cadeia. A retardada decisão foi em 1ª instância. Eles vão recorrer... Em liberdade. Daqui a 25 anos a gente se fala.
Desde 2005 corre por entre as colunas do STF o processo de Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros. Hoje, eles são presumidamente inocentes; amanhã serão certamente absolvidos por caduquice processual. E jamais irão para trás das grades, como nunca serão inocentados.
Nesse Brasil da Silva, quem presume inocência e pede provas sobre os "malfeitos" sabe muito bem que malfeitor profissional não deixa pistas.
Assim como o PCdoB não chega nem perto do PR, Orlando Silva nem se compara com Alfredo Nascimento. Vejam que até agora nem o PCdoB e muito menos Orlando Silva espernearam como o PR e Nascimento resmungando que: - Aqui ninguém é lixo para ser varrido do governo.
Com a desfaçatez que caracteriza os partidos políticos nesse regime de máfias que se apropriou do Brasil, o PCdoB já nem defende mais o ministro que transformou o Esporte num Parque de Diversões de Orlando.
O partido está interessado agora e em não perder a galinha dos ovos de ouro para as raposas do PT.
Depois de conversar ontem à noite com Gleisi, dona da Casa Civil e Ideli Salvatti, das Relações Institucionais com as melhores ONGs da praça, a primeira-presidenta Dilma vai ter um papo cara a cara com o apedrejado Orlando Silva.
Deve dar ao ministro que faz esporte por esporte as mesmas garantias que deu a Wagner Rossi, afilhado de Temer no Ministério da Agricultura e Agropeculiaridades. Hoje o ministério está entregue ao neófito Mendes Ribeiro que acaba de operar a cabeça.
O PCdoB - um dos nanicos mais ricos do Brasil - faz bem em se mexer. O PT e o PMDB estão loucos para mostrar a Dilma que tem mais ovos para vender.
Nesse meio tempo, a solução pode pegar na prorrogação as três facções - PCdoB, PT e PMDB - no contrapé: o novel PSD entra em campo, bota Henrique Meirelles no segundo tempo, mete uma bola nas costas de todo mundo e consolida sua coalizão ao governo Dilma.
O partido que Kassab diz que "já nasceu grande" tem mais craques do que os comunistas.
PCdoB, FONTE INEXGOTÁVEL
No seu oportuníssimo programa gratuito de TV desta semana, o PCdoB saiu-se com esta pérola: "As calúnias lançadas contra o ministro e contra seu partido, o PCdoB, são o melhor exemplo da necessidade, da imposição, de uma legislação para regular a mídia e democratizar os meios de comunicação."
Só mesmo o Partido Comunista do Brasil(?) não sabe que o jornalismo investigativo existe porque há fontes inexgotáveis de maracutaias como o próprio PCdoB. Isso que a turma ainda nem começou a falar sobre a nova monumental sede que o partido está erigindo em Brasília. O PCdoB jura que não come criancinhas, mas não esconde que tem um apetite maluco pelo fígado da imprensa.
RODAPÉ - A tradução da sigla PCdoB é dúbia como ele próprio: significa no geral Partido Comunista do Brasil. Mas na interpretação popular o partido é "do Brasil" porque foi criado aqui. Não quer dizer agora, como nunca quis dizer, que é partido dos brasileiros. No universo de quase 200 milhões de pessoas, o partido alardeia no seu site contar com 102.332 mil seguidores.
TODOS IGUAIS
No Brasil, somos todos iguais perante a lei. Mas políticos, governantes, deputados, senadores, ministros de toga ou tipo tapioca têm direito a foro privilegiado. Quer dizer, os que mais sabem o que estão fazendo quando cometem malfeitos, os que mais tem know how de malfeitores têm as costas largas. Somos todos iguais. Só um pouquinho diferentes.
CRIMINOSOS E MALFEITORES
"Não houve, não há, não haverá provas do que me acusa esse desqualificado" - assim Tapioca, gerente e inventor do Parque de Diversões de Orlando se repetiu no Senado. Note que nem ele mesmo se inocenta. Ele apenas afirma - com a convicção de quem sabe meter a mão em cumbuca - que não há provas. Agarra-se - como virou moda nesse regime de máfias estatais - à presunção de inocência, valhacouto dos malfeitores desse governo cheio de "malfeitos", termo preferido pela primeira-presidenta. Mas o quê você poderia esperar de qualquer mentor ou autor de um grande golpe? Que ele deixasse rastros, pistas espalhadas, digitais, vídeos, recibo assinado?!? Não seria digno sequer de um Fernandinho Beira-Mar; não passaria de um pé-rapado do crime das ruas. Jamais um malfeitor do crime organizado estatal. Há uma abismal, uma oceânica distância entre um criminoso e um malfeitor no Brasil. Os que cometem "malfeitos" têm foro privilegiado.
VERGONHA É...
Dilma chega da volta turística com espuma no canto da boca. O inventor do Parque de Diversões de Orlando é outro dos seus ministros que passam a pior e mais vergonha desses governos dos últimos oito anos e meio: não soube carregar. Já mandou sua assessoria saber onde foi que esconderam a vassoura.
O CARONA
Outro que está passeando lá fora é Agnelo Queiroz. Chega babando. O que ele menos queria no mundo era pegar carona no bonde errado de Orlando Silva. Pode ficar no desvio. Vai apenas manter a tradição dos governos Roriz e Arruda.
O BERRO
"Querem tirar um ministro do cargo no grito". Esse foi o grito tonitruante de Ministro do Esporte, Orlando Silva no Senado. Um berro peremptório - como se ele tivesse incorporado um Tarso Genro quando defendia Cesare Battisti. Pior que "tirar um ministro no grito" é um ministro querer ficar na marra.
FHC CORRE SÉRIO RISCO
Fernando Henrique assume namoro. O ex-presidente, 80 anos, já não esconde a relação com sua funcionária Patrícia Scarlat, de 34 anos. Ela se recusa a comparecer aos bailes da terceira idade que se realizam às tardes de sábado no clube das esquina. Prefere renovar a água do copo sob o abajur lilás do criado-mudo. Um octagenário que namora uma jovem de 34 anos corre sério risco de ser processado por pedofilia.
OS DONATÁRIOS
Estado assumirá Fundação José Sarney. Dinheiro público será usado para preservar documentos, cuidar da estátua e manter túmulo do ex-presidente. No Brasil sarneysiano é assim. Secou a fonte pública, bebe-se nas burras públicas. A propósito, contam por aí que durante uma inusitada chuvarada, Rosana Sarney telefonou para Zé Sarney: - Pai, metade do Maranhão está embaixo d'água. O longevo presidente  do Senado ficou aflito: - Qual a metade, a minha ou a sua?!?
Orlando Silva, com um pé na estrada, foi deitar falação para a claque aliada que ainda lhe resta, lá no Senado - ínclita casa presidida por Zé Sarney, mais ínclito ainda. Dizendo-se caluniado, exige provas já que até agora, de todas os elogios recebidos de seus correligionários, nenhum disse que ele é honesto.
Dentre as basófias que contou, encheu o peito e ufanou-se de um recente pregão eletrônico para aquisição de camisas polo para instrutores, camisetas e bermudas para as crianças do programa Segundo Tempo.
O ministro que fez do Ministério o Parque de Diversões de Orlando. Explica-se mas não se justifica no Senado.
Acontece que ele é baiano e não disse que o Parque de Diversões de Orlando, se dispôs a pagar à empresa que apontou como vencedora R$ 20 milhões a mais do que a oferta mais barata das 13 concorrentes da licitação. COnfirmados os desejos dos apreciadores do pregão o Ministério vai pagar nada m,enos de R$ 80,8 milhões para uma empresa paulista que atende pelo nome de Capricórnio.
A turma de Orlando SIlva vai desembolsar das burras públicas R$ 10,87 para cada uma das 120 mil camisas pólo para instrutores. Na licitação de 2009, a mesma camisa foi adquirida por R$ 5,79. isso dá um reajuste de 88%. O preço unitário de 8 milhões de camisetas encomendadas para as crianças do programa sofreu um reajuste nesta nova concorrência de 49%. Mas as campeãs absolutas da variação de preços para cima são as quatro milhões de bermudas. Enquanto no ano passado a unidade custou R$ 4,36, o preço aprovado agora é de R$ 8,60 - nada mais nem menos do que 97% mais caro.
Apresentando argumentos de defesa como este, o Parque de Diversões de Orlando vai trocar de gerente logo ali. Orlando deu uma no pregão e outra na ferradura. Ferrou-se.
Como se sabe, o Partido dos Trabalhadores não é de arregaçar as mangas. Gosta de discurso, de tramóia, de dossiê, mas tem horror de pegar no pesado. Pois, ontem deu preguiça, seus trabalhadores não compareceram à sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, na Câmara. É que a reunião se deu pela manhã. Isso não é hora da companheirada pegar no batente.
Aí, a oposição ficou esperta - não porque trabalhe muito também, mas porque é esperta mesmo e aprovou convites para que o policial militar João Dias Ferreira e o motorista Célio Soares Pereira compareçam à comissão para falar sobre as denúncias feitas contra o ministro do Esporte, Orlando Silva.
A votação foi rápida e rasteira, logo pela manhã, sem que deputados governistas membros da comissão tivessem chegado ao plenário onde se realizava a reunião.
Agora Inês é morta, não há mais o que fazer e o convite está feito. ACM Neto que manobrou o pulo do gato não cabe em si de contente. Já se vê, pelo porte físico do parlamentar baiano, que a alegria nem é tão grande assim. Em todo caso o delator do gerente do Parque de Diversões de Orlando vai botar a boca no trombone lá na grande casa de tolerância nacional.
O soldado João Dias Ferreira - agora todo mundo sabe - comanda duas associações que tiveram convênios com o Ministério do Esporte, denunciados como fraudulentos. Ele dedurou que o ministro Orlando Silva cobrava e cobra propina de contratos com a pasta.
Já o motorista Célio Santos Pereira trabalha com o policial língua-de-trapo e disse à revista Veja que o ministro teria recebido dinheiro em caixas de papelão na garagem do prédio onde funciona a pasta.
Há algumas tristezas nisso tudo. A falcatrua, a propina, os malfeitos, ninguém mais estranha. O triste mesmo é saber que nessa democracia, os que não gostam do governo precisam usar de artimanhas e manobras para poder ouvir dois delatores.
O triste nesse País é que os opositores ainda acham muito bonito o que fizeram só para ver essa gente - de indignados delatores a merecedores delatados - bater com a língua nos dentes. O triste nesse País é ver que os governistas são os que menos se interessam em esclarecer a verdade para livrar a cara de seus próprios ministros; os que menos se interessam em solucionar os problemas; os que menos querem acabar com a corrupção.
O triste nesse País é que, diante disso tudo, a gente já nem se envergonha mais. Mais triste ainda, a gente acha graça. O Brasil inteiro dá risada.
Em novembro, um dia depois de 31 de outubro de 2002, Suzane von Richthofen chorava copiosa e dolorosamente no velório de Manfred Albert e Marísia von Richthofen.
Depois descobriu-se que ela tinha sido a mandante do assassinato frio e premeditado dos próprios pais. Foi tudo por dinheiro. Ela pegou 39 anos e seis meses de cadeia. O cinismo saiu caro.
Isso de chamar a Polícia Federal para investigar o que todo mundo já sabe é mais ou menos assim como fazia o Lampião quando descia a serra e dava baile em Cajazeiros: matava o marido da moçoilas, depois mandava flores e ia chorar no velório.
Não era nada por dinheiro. Lampião não chegou a ser preso, mas não o deixaram em pé para contar a história. A maldade teve seu preço.
Esbravejar, cantar de galo, mandar processar por injúria, calúnia e difamação aquele que - mesmo tratando-se de quem se trata - dá com a língua nos dentes, não vai desfazer jamais a imagem de um grande parque de diversões de Orlando em que foi transformado o que um dia foi o Ministério do Esporte.
Uma coisa, no entanto, é mais do que certa:  como se trata de esporte por esporte, ninguém vai devolver o que pegou das burras pública e nem tampouco alguém vai preso.
A hipocrisia não cola, mas também não dá em nada.
Transformado num verdadeiro parque de diversões de Orlando, o Ministério do Esporte agora é o objeto de desejo de todos os partidos. O PT é Flórida, meu. Quer entrar no parque. Acha que é diversão demais para o PCdoB, um partido turista que só pensa naquilo.
O interessante é que - em nome da seriedade - todos estão querendo blindar esse trem que parece um túnel dos horrores, mas é uma enorme e divertida roda-gigante. Todos "defendem" Orlando.
Lá em Pretória, a primeira-presidenta Dilma emprestou-lhe apoio e presumiu sua inocência; Gleisi gostou do que Orlando mostrou; Ideli quer apuração dos fatos; Zé Eduardo vai meter a Polícia Federal no meio; Gilberto Carvalho prometeu cobertura; Agnelo Queiroz dissse que não tem nada com isso; o PCdoB xingou a mãe do badanha, bate o pé e reclama e já avisou que não quer largar o osso.
Dizem dele de tudo um pouco; juram amizade e até solidariedade. E é aqui, nessa solidariedade, que o bicho começa a pegar.
Solidariedade nesse caso se aproxima de cumplicidade, já que até agora - podem buscar nos seus arquivos implacáveis, no baú das miudezas ou nos dossiês da mídia - não apareceu ninguém que tenha dito que o ministro é honesto.
Se você encontrar alguma declaração, ou dizendo isso de Orlando, ou souber de alguém que o tenha ofendido a tal ponto, você ganha aquela vuvuzela que Lula já não usa mais e um ingresso para sentar na tribuna de honra ao lado de Ricardo Teixeira, na abertura da próxima Copa do Mundo.
GLEISI GOSTOU
Gleisi Hoffmann gostou das explicações de Orlando Tapioca. É como se estivesse ouvindo a si mesma. Gleisi é aquela que ingenuamente recebeu mais de R$ 40 mil de indenização de Furnas quando deixou o emprego que ganhara de mão-beijada para ser candidata.
ROMA ANTIGA
Depoimento de ministro suspeito no Congresso não vale nada. Não só pelo depoente, como pela própria Casa de tolerância. Se Palocci, Nascimento, Rossi, Novais tivessem se explicado numa delegacia de polícia, hoje estariam vendo o sol nascer quadrado. Quer dizer, estariam se isso aqui fosse um pouquinho melhor que a "Roma Antiga".
O ÔNUS DA PROVA
Com ar circunspecto e de quem seria capaz de dar tilte num detector de mentiras, o divertido Orlando não desmentiu nada sobre o programa Segundo Tempo. Disse apenas, com, plena convicção, que "não há, nem haverá nenhuma prova do que foi dito por esse caluniador. A quem acusa cabe o ônus da prova". Pronto, Orlando é inocente. E não se fala mais nisso. Mas só para fazer coro com a primeira-presidenta, a gente quer saber: - Cadê as provas, cadê?
Da Agência Estado: Dilma defende ministro e diz estar atenta ao caso... Durante viagem oficial à África, presidenta diz que governo tem por princípio a presunção de inocência... Pouco antes de sair para jantar, em companhia do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), a presidenta Dilma Rousseff concedeu uma entrevista defendendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, alvo de denúncia de que teria recebido propina, na garagem do ministério, relacionado a convênios firmados no âmbito do Programa Segundo Tempo... "Ao contrário de muita gente por aí, temos um princípio democrático e civilizatório. Nós presumimos inocência e o ministro, nós não só presumimos a inocência dele, como ele tem se manifestado com muita indignação às acusações feitas a ele", disse a presidente, que está em Pretória, África do Sul.
A presidenta Dilma afirmou que o governo está acompanhando atentamente todas as denúncias, os esclarecimentos e as investigações relacionadas ao ministro Orlando Silva. "Aliás, o ministro Orlando pediu investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal sobre as acusações feitas a ele e que ele reputa uma injustiça. Além disso, o ministro se dispôs a ir ao Congresso Nacional, se eu não me engano, amanhã, para fazer todos os esclarecimentos que os senhores deputados e senadores quiserem ter a respeito do assunto. Enquanto isso, o governo vai continuar acompanhando tanto qualquer denúncia que apareça quanto todos os esclarecimentos e as iniciativas de investigações", disse.
RODAPÉ - A primeira-mulher-presidenta do Brasil acompanha de tal forma atenta que lá da África deve estar vendo tudo muito bem. Dilma largou de vez a vassoura. Não sabe nem onde foi parar o espanador. Tão atenta está que sua audiência com o ministro craque do Segundo Tempo foi por telefone. Sua orelha de aplausos oficiais escutou o que mandaram que ela escutasse. Logo em seguida adotou o chavão de sempre: a presunção de inocência. Tábua de salvação de dirceus, delúbios, paloccis, nascimentos, rossis, idelis, erenices, paulosbernardos, gleisis, aninhas, negromontes... E nem poderia ser diferente. Foi ela quem, por ordem de Lula, escolheu o ínclito ficha-limpa Orlando Silva para seu ministro. Continua ecoando lá em Pretória o seu brado retumbante: - Cadê as provas? Cadê, cadê?!?
A pequena, repercussão que o movimento de baixo pra cima anticorrupção está tendo nas redes de TV, nos jornalões e nas revistas, serve apenas para mostrar que a mobilização é muito mais forte do que parece. A repercussão não é pequena, é tímida. Eles têm medo dos donos de grandes planos de mídia, dos maiores anunciantes do mundo, os governantes das empresas estatais; temem aqueles que são o próprio Estado.
O Movimento Anticorrupção, apartidário e limpo, é movido a webmedia; cresce pelas redes sociais, não precisa de mídia patrãocinada. Dia 15 de Novembro é uma data que, por tradição e apropriação governamental, vem servindo de vitrine para os donos de palanques e proprietários indébitos do Brasil. Este 15 de Novembro será diferente.
Quanto mais políticos e governantes subirem nos palanques, mais parecidos com cadafalsos os palanques serão. Homens, mulheres, jovens, adultos, brasileiros de todas as idades e classes sociais estarão de luto na luta pacífica e ferina contra os corruptos e a corrupção.
Não esperem, no entanto, que o Brasil vá mudar de repente; isso os políticos do PT, seus aliados e opositores donatários de cargos e mandatos públicos já conseguiram. Lula e Zé Dirceu já avisaram que "o Brasil mudou". E os seguidores e opositores disseram amém.
O Brasil só vai mudar quando os partidos políticos deixarem de ser facções que se antecipam à escolha daqueles em que o povo é levado a votar depois compulsoriamente, escolhendo sempre e inevitavelmente entre o ruim e o pior. Esse processo é lento, mas vai bem se for devagar e sempre.
A jovem franzina, Izadora Sampaio, mostrou sozinha a sua força cívica. Votou em São José do Rio Preto, isso lá nas eleições de 2006. Sem medo de provocar medo nos senhores dos anéis. Vejam como é lento e longo esse caminho. E como é bonito e forte.
A primeira mudança é acabar com o poder dos caciques dessas tribos de donos do País; acabar com the bosses of all bosses, com i capi de tutti capi dessa máfia que é hoje o Estado brasileiro. Enquanto o processo de seleção estiver com eles, o voto será sempre uma arma apontada contra o eleitor. Enquanto estiver com eles, a democracia que passa pelas urnas é pirataria; é uma falsa democracia.
Esse movimento pode ser vagaroso. Mas devagar e sempre ele devolve aos que se adonaram dos poderes constituídos, dos organismos de defesa do cidadão, do Estado como um todo, o medo que eles precisam voltar a ter do povo.
Dia 15 de Novembro, vista a sua camisa preta, o seu nariz de palhaço e faça a festa da proclamação da República que o brasileiro comum merece. Um dia a gente faz valer o preceito constitucional de que "todo poder emana do povo e em seu nome será exercido".
OPOSIÇÃO A REBOQUE
A manchete que caiu na rede hoje é: Ministro integra 'quadrilha', diz denunciante. Policial que acusou Orlando Silva de receber propina subiu o tom em seu blog na internet. Aí, de carona e a reboque como sempre, a oposição toma providências: está pedindo o afastamento do ministro do Esporte. E o PCdoB - último partido comunista do Brasil, reage: diz que Orlando Tapioca é vítima de armação. Trata-se - de acordo com os sempre espertos comunistas de ocasião - de "fogo amigo", o PT quer tomar o lugar do partidaço. É que o Ministério do Esporte ainda não tinha virado a galinha de ovoso de ouro que hoje canta de galo às vésperas de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
SAL DE FRUTA
Mal-estar em reunião da ONU. Discurso de embaixadora brasileira teria provocado desconforto e levado Dilma a entrar em cena. Em Genebra, numa recente reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, a diplomata Maria Nazareth Farani falou sobre a falta de independência do Poder Judiciário e de liberdade de imprensa na Venezuela. O governo Dilma enviou uma carta à Venezuela ratificando o apoio à política de "direitos humanos" do país vizinho. Dilma mandou patriota classificar o incidente como causador do que poderia ser um "mal-estar" provocado pela fala da embaixadora do Brasil. Para quem é, ao invés de carta, deveriam ter mandando uma cura imediata para o mal-estar de Hugo Chávez, um Sonrisal, Sal de Fruta Eno, ou coisa que o valha.
Não adianta a revista Veja, os jornalistas José Cruz e Juca Kfouri, nem a mídia que causa azia no presidente de honra do PT, esbravejarem, provarem, matarem a cobra e mostrarem o pau contra a forma como o esporte vem sendo usado e abusado no Brasil nesses últimos quase nove anos de domínio da "estratégia de coalizão pela governabilidade".
Orlando Silva, o que foi subalterno de Agnelo Queiroz no Ministério e hoje é seu titular absoluto, faz o que quer e o que bem entende, com quem, quando e onde quiser - desde comprar tapioca no bar da esquina até receber nos intervalos caixas de papelão com dinheiro do Segundo Tempo em garagens, sem dar a mínima importância para os cartazetes de "sorria, você está sendo filmado".
Não adianta a Veja, o Cruz, o Juca, os jornalistas indignados contra as safadezas e blindagem desses rufiões de todas as modalidades espernearem. A corrupção só será varrida nesse País quando os governantes voltarem a ter medo e vergonha da população. Enquanto o poder emanar de corruptos, as vassouras só estarão nas mãos dos que ainda não perderam a capacidade de indignação. Os crápulas continuarão empunhando vistosos espanadores, feitos com penas de pavões.
O Brasil só será limpo quando essa pandilha de sevandijas for obrigada a devolver o governo ao povo. Hoje, a maioria absoluta é humilhada e desmoralizada por essa imune e impune minoria esmagadora. Não adianta, provar. Diante de acusações, evidências, provas irrefutáveis, a banda larga do crime organizado estatal será sempre a mais fria, pública e notória imagem da justiça: cega. Cega. Surda. Coautora.
Como já deu para perceber, o centro do Rio de Janeiro é um campo minado. Quando o carioca menos espera que um bueiro exploda no seu peito, aí mesmo é que ele não explode; o que vai pelos ares  é um restaurante em plena Praça Tiradentes.
O desleixo da fiscalização pelo descaso dos governantes não sofre nenhum dano. Eles continuam imunes  e impunes, como se não fossem os verdadeiros detonadores dessas armadilhas que infestam a velha Cidade Maravilhosa.
O Rio hoje é uma arapuca urbana de riscos tão iminentes quanto um desses territórios conflagrados do Oriente Médio em que carros e crianças-bombas produzem o estrago que os bueiros e as tampas de esgoto provocam pelas ruas de maior concentração popular da eterna Capital da República.
Essas explosões já soam agora apenas como um ensaio geral do risco que está programado para duas grandes aventuras com data marcada: Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
COLLOR, O ESCAPISTA
O processo em que Rosane Collor pede a execução de uma dívida do ex-marido, Fernando Beira-Collor por pensão alimentícia completou três anos e meio parado na Justiça de Alagoas. Collor jamais foi citado no processo. O oficial de justiça garante que tentou oito vezes, mas não conseguiu encontrar o senador escapista. A Justiça chegou a penhorar um apartamento de Collor para quitar o débito, só que a decisão não foi publicada no Diário Oficial, por isso a sentença não valia de nada.
Matéria do Estadao.com.br: Ministério Público abriu procedimento contra Rafinha Bastos do CQC, diz senador... O Ministério Público abriu um procedimento para averiguar as declarações do humorista Rafael Bastos, do programa CQC. A informação foi dada pelo senador Magno Malta (PR-ES) em discurso feito em Plenário nesta quinta-feira, 6... Segundo o senador, já havia processo aberto contra o humorista, o qual teria feito afirmações grosseiras contra as mulheres, em maio deste ano, e transformado o crime de estupro em motivo de piada, conforme informações da Promotoria da Mulher. A nova ofensa também será tratada neste âmbito.
A polêmica envolvendo Rafinha começou no dia 19 de setembro, quando Marcelo Tas mencionou que a cantora Wanessa Camargo estava uma gracinha grávida, Bastos replicou: “Eu comeria ela e o bebê”. A declaração gerou muita polêmica. A frase causou indignação em muitas pessoas, entre elas Marcos Buaiz, marido da cantora, e Ronaldo, amigo e sócio dele na empresa “9ine”. Rafinha acabou sendo suspenso do CQC “por tempo indeterminado”.
Rafinha não está sozinho no seu humor agressivo e nem na sua língua de trapo. Mas nem o CQC precisa de marco regulatório para responder pelo que faz e pelo que diz. Qual é o marco regulatório dos políticos que infiltraram o Crime Organizado no Estado? RODAPÉ - É disso que se está falando. A legislação brasileira já tem como se prevenir contra os excessos da chamada liberdade de expressão. Ninguém precisa no Brasil que um Lula da Silva use um Franklin Martins como remédio para azia e que, por sua vez repasse ao mensaleiro Zé Dirceu a missão de fazer a banda larga do PT querer trazer de volta a censura com o apelido de "marco regulatório da comunicação".
ANTECIPANDO O GOLPE
Aécio Neves: "Estou pronto para disputar com Lula ou Dilma, em 2014". Sem dizer que primeiro precisa botar Minas dentro de São Paulo e no Norte e Nordeste, mineiramente Aécio deixa no ar a intriga que mais provoca azia no governo: Lula vai dar o golpe na Dilma.
COISA DE LOUCO
Você nunca sabe o que o governo pode fazer por você, mas sempre deve ter medo do que ele pode fazer com você.
No Brasil, não basta ser oposição; tem que participar. (Carlito Vieira)
O lado ruim da democracia é que depois de um político, sempre vem outro político.
O Corrupto no Brasil é, antes de tudo, um forte!
Há algo de podre na economia de um país em que o litro da gasolina é mais caro que uma garrafa de cerveja.
No Brasil, governar é satisfazer necessidades fisiológicas. Não tenha medo das pessoas; cuide-se dos políticos.
Prolegômeno
Jornalista sem opinião é o quê?! Jornalista empregado. Isenção jornalística é delírio acadêmico de quem finge que é do ramo. Está fora do mercado de trabalho. Todo veículo de comunicação é empresarial ou político-partidário. Como se há de querer que um apresentador, dessas tevês de igreja, seja isento num episódio de sacrossanta aero-lavagem? Tenha-se dó e piedade. No máximo, espere-se para que interprete um bom equilibrista. Melhor: malabarista, só para que não se perca a viagem da moda. Nunca me enganei pelos veículos por onde andei. Fiz rádio, tevê, jornal, revista. Tive liberdade – credo! - de pensamento e expressão, enquanto os departamentos de comercialização e marketing deixavam. À medida que perdia patrocínios, perdia empregos. São quarenta anos de altos e abismos sem isenção. Mais de quatro décadas de jornalismo opinativo, vinculado apenas e inevitavelmente a um vocacionado voto de pobreza.
É sem isenção nenhuma que me apego aos fatos e às versões que surgiram a partir do final apoteótico do primeiro semestre de 2005, com o lírico deputado Roberto Jefferson que fez de uma ária do PT nada mais do que um triste solo para a nova versão da velha Geni cansada de guerra. Haja PTBosta no ventilador!
TIRIRICA, O IMITADOR
Estão baixando a lenha no palhaço Tiririca porque ele cobrou da Câmara os R$ 971 que gastou de hospedagem e gorureba num resort de luxo em Fortaleza. Bolas, ele não fez mais do que o hilário octogenário Pedro Novaes, o carcomido ministro do Turismo de Dilma. O abusado vetusto acabou devolvendo aos cofres públicos os R$ 2.156 da Câmara que usou na cama. Tiririca ainda tem uma gordurinha de quase R$ 1.300 para gastar em seus folguedos, antes de ressarcir a Casa que ainda é de enorme tolerância. O humorista só está imitando o comediante. Não chega nem a ser tão engraçado.
VIDA EM FOLHA SOLTA
Não chore, não junte as mãos em súplica. É preciso saber envelhecer. (Colette)
Se voy detenerme a jogar piedras a todos los perros que ladran en mi camino, entonces jamás llegaré a mi destino. (Anônimo).
Comer a mulher do vizinho e não contar nada pra ninguém é o mesmo que fazer um gol de bicicleta num estádio vazio. ("Esquina do Aquário" - Sérgio Siqueira, 1980).
Ser mãe é repartir sorrindo o coração e entregar um pedaço a cada filho. (Juliné da Costa Siqueira - Soneto "Ser Mãe").
PENSAR POR PENSAR.
Ó céus, ó vida!... Ele perdeu a mira, já tem que sentar pra fazer xixi.
Há discursos que calam fundo.
A tirania do talento é mais poderosa que o jugo da força.
Ninguém nasce homem; vira homem.
Nesta estação da vida me dou conta de que sempre fui um ponto de partida.
Não existe sentimento mais fracassado que esse tal de amor ao próximo.
No Brasil de hoje não temos tempo para morrer de susto: morre-se de SUS...
A potência do governo contagia seus membros.
Era um mau-caráter: detestava a falsidade.
O Ego dos outros é insuportável.
Tudo que é natural é chato.
Suas melhores lembranças eram do futuro.
Haja saco pra aturar um puxa-saco!
As maiores bobagens são ditas com solenidade; as coisas sérias são tão simples que nem são ditas.
Crente é aquele que, chefiado por um descrente, seria ateu.
A competência é a virtude de quem se engana com plena convicção.
Sei lá, mas acho que Picasso não pintava o que sentia; pintava o que ele queria que os outros sentissem.
Atente bem, quando você está de saco cheio por nada, sente um enorme vazio de tudo.
Os melhores momentos da nossa juventude acontecem quando já somos adultos.
A moda cai de moda antes que deixe de estar na moda.
É quando não estou com vocês que eu mais gosto de estar sozinho. Eu me sinto ótimo quando estou na minha pior companhia.
SEVERINICE - A vida não é vida quando não se tem uma grande razão pela qual se possa dar a própria vida.
SOLIDÃO - É quando não estou com vocês que eu mais gosto de estar sozinho. Eu me sinto ótimo quando fico mal acompanhado por mim mesmo.
CANSOU - Assim como cada um de nós gostaria de ser Deus, assim Lula gostaria de ser cada um de nós.
MALUQUICE - Sempre que penso que Lula tem razão eu acho que estou louco.
LAVANDERIA - A falta de decoro é uma mancha que desaparece na primeira lavagem de dinheiro.
UM E OUTRO - A diferença entre um homem inteligente e um rico é que o dinheiro não pensa.
MENOS DUAS - Tenho um amigo que deixou da primeira mulher porque ela falava sobre qualquer assunto; depois ele deixou da segunda porque ela nem precisava de um assunto qualquer para falar.
DÚVIDAS - Eu me conheço: não é sempre que concordo comigo mesmo.
FERTILIZANTE - Amizade é como cabelo implantado em cabeça de careca burro: cresce como se fosse constantemente adubado.
SEM CHANCE - O futuro nunca vai ser como era antes.
BIOGRAFIA - Zé Dirceu era daqueles guerrilheiros que sabia bater... em retirada.
IGUAIS - Duvido você apontar no primeiro encontro, dentre dois homens calados numa sala, qual deles é o imbecil.
CANDURA - Parece mentira, mas a inocência é sem vergonha.
RELAÇÕES - Quanto mais alguém é importante, mais inimigos pensa que tem. E amigos, também.
TEMPO - Quem não sabe o que fazer do tempo, nunca tem tempo para fazer.
DESÂNIMO - Penso; logo desisto.
NOVES FORA - Tenho fé na vida sem religiões.
SÁBIO - Seu maior talento sempre foi aproveitar o talento dos outros.
BOBAGEM - Amar é uma terna estupidez.
BANDEIRADA - Quem quer ordem não desiste do progresso.
SOLIDÃO - Nada como estar a seu lado para me sentir sozinho.
OLHE-SE - Feche os olhos. Você vai ver muito melhor quem é você.
A ESCRITA DA LEI - Os códigos penais, pelo mundo afora, são conjuntos de leis feitas para se botar o preto no banco. Dos réus.
RICARDO TEIXEIRA 1X0 DILMA
Como a primeira-presidenta é mineira de nascimento e gaúcha de coração, Ricardo Teixeira só por implicância tirou o Beira-Rio do roteiro da Copa. Sobrou para a gauchada que, se quiser ir a algum jogo em 2014, vai ter que ir até Fortaleza que abocanhou a vaga de Porto Alegre.
ANOS DEMAIS
Desta feita mais pernóstico do que prolixo, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse à webmedia que "merecia ganhar mais". Ele afirma que seu salário de R$ 26,7 mil precisa ser reajustado: "Estou sem reajuste há anos e continuo prestando os mesmos serviços". O que se tira de bom nisso aí é que ele está mesmo há anos no tribunal e prestando os mesmos serviços. Anos demais, serviços de menos.
O COMUNISTA CRENTE
Orlando Silva, o que gosta de tapioca, diante das denúncias da revista Veja: "Estou estupefato, perplexo. Um bandido fala e eu tenho que provar que não fiz, meu Deus!"... Como comunista sério e confiável, tem que provar inclusive que Deus existe.
NA BOCA
O perigo de Henrique Meirelles sagrar-se prefeito de São Paulo pelo PSD de Kassab é arreganhar todos aqueles dentes para as eleições de 2014 rumo ao Palácio do Planalto. É mais candidato que qualquer concorrente tucano ou demoníaco que esteja querendo a boca-rica, mas perde também e de barbada para Dilma, se até lá a primeira-mulher-presidenta já não tiver perdido para Lula.
MAGISTRAIS DESFOCADOS
Ao invés de execrar a corregedora nacional Eliana Calmon, os magistrais do Supremo, deveriam dar-lhe ouvido e iniciar a já atrasadíssima limpeza da Magistratura. E providenciar imediata proteção física à colega, para que não acabe como Patrícia Acioli, executada porque o presidente do Tribunal de Justiça do Rio não atendeu seus apelos de segurança contra a sua morte anunciada.
TOGA - MANTO DE VAIDADE E PODER
Ninguém melhor do que uma corregedora íntegra, séria, honesta e franca para saber o que está dizendo. Eliana Calmon disse que a magistratura brasileira está infiltrada por bandidos que se escondem atrás da toga". Com isso, ela atraiu a ira e despertou os bichos do corporativismo acobertados justamente pelas togas. Desafiou os semideuses. E os "intocáveis" agora despejam seus raios e trovoadas contra a verdade nua e crua. Ao invés de se juntarem à corajosa e íntegra corregedora e desencadearem uma operação "mãos limpas" para salvar o Judiciário em toda as suas dimensões e circunstâncias, eles preferem o corporativismo insano e pernicioso que vem consumindo não só a magistratura,na sua própria essência - o senso e a oportunidade de fazer justiça - em nome da vaidade e da sensação inigualável do exercício do poder, escorado nos grampos da lei formal, muito mais do que moral.
FHC, O GALANTE
Agora que está sendo goleado por Lula em matéria de títulos de doutor, Fernando Henrique Cardoso resolveu bancar o Cavaleiro Galante. Anda atropelando meio mundo feminino das hostes políticas. Primeiro, afagou Dilma - gerando uma crise de ciúme no PT; agora afagou Marina em evento sobre o Código Florestal, em São Paulo. Desse jeito, Lula vai largar as palestras internacionais de lado antes que FHC lhe deixe como herança a Marta Suplicy e olhe lá.
Mulheres PTiscas pedem expulsão de Estuprador
A notícia é que "Mulheres do PT pedem expulsão de estuprador". Em assembleia partidária, em Minas Gerais, elas pediram a expulsão do secretário do partido. Ele foi condenado pelo estupro de uma enteada de 9 anos de idade.
Não só tem que ser expulso, como precisa nunca mais sair da cadeia. Entende-se também a indignação das militantes, só não se compreende porque elas não pedem a expulsão também dos corruptos que as assediam constantemente. Corrupção é crime. E hediondo também.
BANDIDOS FORA DE FOCO
O Brasil é um país que tem duas espécies de habitantes: pessoas e políticos. Há também duas classes sociais, segundo o governo: pobres e ricos. Há dois tipos de crime organizado: o privado e o estatal. O crime estatal é esperto; o crime das ruas é burro: assalta bares, restaurantes, estoura terminais eletrônicos, faz arrastões em cinemas, feiras-livres, bancas de camelôs e agora até em albergues... Não sabe que o dinheiro está nas esplanadas dos poderes que sugam o Brasil em 5.565 cidades. Nada mais burro: os bandidos pobres só assaltam pobres. Livram a cara dos políticos; só roubam dos humanos. Estão completamente fora de foco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos o seu comentário...