Autora: Marina Falcão
Valor Econômico - 10/10/2011
O fim da concordata da fabricante de fechaduras Haga, de Nova Friburgo, está agora nas mãos do Ministério Público.
Uma fonte ligada à empresa informou que o juiz responsável pela 1ª Vara Cível de Nova Friburgo - onde corre, há quase 22 anos, o processo de recuperação da companhia - encaminhou na sexta-feira um despacho ao promotor de Justiça para que ele se manifeste. "A vista do Ministério Público é a última etapa. Depois disso, basta que o juiz dê a sentença de encerramento", explica Júlio Azambuja Brandão, síndico da concordata da Haga.
O pedido de encerramento do processo foi feito pela companhia no dia 29 de setembro. A concordata já caminhava para o fim desde que a empresa foi autorizada, em maio, a pagar os credores habilitados.
A Haga, que chegou a ter seu fornecimento de luz e água cortado, voltou a dar lucro nos últimos três anos. No primeiro semestre, a empresa teve resultado operacional (antes das despesas com juros e impostos) de R$ 3,1 milhões. O lucro líquido ficou em R$ 1,2 milhões.
Apesar da recuperação, a empresa tem mais dívidas que ativos, o que se traduz num patrimônio negativo - ou passivo a descoberto - de R$ 106,6 milhões.
O presidente da companhia, José Luiz Abicalil, diz que o fim da concordata da empresa será "uma grande virada de página", mas prefere não comentar os planos da companhia até que o juiz oficialize o fim do processo. Atualmente, a empresa está sob esquema de autogestão, em que os funcionários exercem o controle.
Do início do ano para cá, as ações preferenciais (sem direito a voto), a mais líquidas da companhia, valorizaram 64%. Na sexta-feira, encerraram o pregão cotadas a R$ 4,6.
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