Bombeiros do Rio de Janeiro anunciaram nesta terça-feira (13/12) que entrarão em greve caso o governo do Estado não dê início à negociação de reajuste salarial da categoria em até 72 horas. Eles fazem uma manifestação em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na noite de hoje.
A ameaça de greve ocorre cerca de seis meses após o protesto que terminou com a detenção de mais de 430 bombeiros que tinham ocupado o quartel central da corporação, no centro do Rio, para reivindicar aumento salarial e outros benefícios.
Após o incidente, o governador concedeu anistia administrativa para os manifestantes e antecipou um reajuste de 5,58% --valor considerado insuficiente por muitos bombeiros.
De acordo com o cabo Benevenuto Daciolo, do movimento SOS Bombeiros, o grupo reivindica a elevação do piso salarial para R$ 2 mil líquidos. Atualmente, esse valor é de cerca de R$ 1.100, segundo ele.
Daciolo diz que o objetivo da paralisação é pressionar o governo sem prejudicar a população. Por isso, os serviços essenciais serão mantidos e 30% da tropa permanecerá no trabalho.
AUMENTO PARA O GOVERNADOR
Daciolo diz que a paralisação foi decidida após a notícia de que a Comissão de Orçamento da Alerj aprovou reajuste para o governador Sérgio Cabral. O projeto será submetido à votação do plenário nesta quarta (14). Se aprovado, o governador passará a ganhar R$ 18.318 mensais a partir de janeiro de 2012.
Em nota, a secretaria de Defesa Civil afirmou que "o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, se prontificou a receber representantes do grupo" e que, "pelo histórico de conversas entre a corporação e o grupo, Simões não considera a possibilidade de paralisação das atividades".
"Uma série de medidas estão sendo tomadas para melhorar as condições salariais dos militares, como a antecipação de seis meses de reajustes salariais, totalizando, em 2011, um aumento de 11,5% nos vencimentos dos bombeiros; a ampliação do número de gratificações no valor de R$ 350 para mais de 10 mil militares; a concessão do auxílio-transporte e a aquisição de vans para operar o transporte dos soldados nos municípios que não operam o RioCard, entre outras", diz a nota.
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