NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Dengue a doença do subdesenvolvimento coloca Itaboraí em alerta máximo; será que vão tira o lixo dos terrenos baldios?

A HISTÓRIA DA DENGUE
A doença no mundo:
A dengue não é uma doença nova, ela já vem sendo combatida no mundo desde o final do século XVIII, tendo seus primeiros casos conhecidos no Sudoeste Asiático, em Java, e nos Estados Unidos, na Filadélfia. Entretanto, apenas no século XX a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconheceu como doença.
O termo "dengue" vem do espanhol e que dizer "melindre", "manha". A palavra se refere ao estado de moleza e cansaço em que fica a pessoa contaminada pelo mosquito. A transmissão da doença ocorre pela picada do Aedes aegypti infectado, uma espécie de mosquito de origem africana que chegou ao continente americano na época da colonização.
Os casos de febre hemorrágica começaram a aparecer na década de 50, nas Filipinas e na Tailândia. Nos anos 60, as Américas começaram a sofrer mais com a doença.
Os sorotipos:
Com o passar dos anos, pesquisadores identificaram vários sorotipos da doença, numerados de 1 a 4. O sorotipo 1, apareceu pela primeira vez em 1977, na Jamaica, e a partir de 1980 foi a causa de epidemias em vários países.
O sorotipo 2, descoberto em Cuba, foi o responsável pelo primeiro surto de febre hemorrágica fora do Sudoeste Asiático e Pacifico Ocidental. O segundo surto foi registrado na Venezuela, em 1989.
O Aedes aegypti no Brasil
Muito provavelmente, o Aedes aegypti chegou ao Brasil através dos navios negreiros. Após o trabalho de erradicação da febre amarela realizada no início do século passado, o Aedes aegypti chegou a ser dado como erradicado durante a Era Vargas, inclusive tendo sido concedidos ao Brasil certificados de observadores estrangeiros constatando que o país estava livre desta "praga".
Mas a erradicação não durou muito. Com o processo de industrialização e urbanização acelerada do país durante os anos 40 e 50, surgiram novos criadouros para os mosquitos como, por exemplo, pneus e ferros velhos, disseminados pela indústria automobilística. Então, em 1967, o Aedes aegypti foi detectado em Belém (provavelmente trazido em pneus contrabandeados do Caribe). Em 1974, o mosquito já infestava Salvador, chegando ao Estado do Rio de Janeiro no final da década de 70.
Em 1986, dados assustadores foram registrados: em Nova Iguaçu 28% dos domicílios e 100% das borracharias da via Dutra tinham larvas do mosquito.
Dengue no Brasil:
Acredita-se que a primeira epidemia de dengue tenha ocorrido no Brasil em 1916, em São Paulo. Poucos anos depois a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, também sofreu com a doença. Porém, nenhuma das duas teve comprovação laboratorial.
Somente no começo da década de 80, entre os anos de 1981 e 1982, em Boa Vista, Roraima, ocorreu no país uma epidemia causada pelos sorotipos 1 e 4 (este considerado o mais perigoso) clinicamente comprovada e documentada laboratorialmente.
A partir de 1986, várias epidemias atingiram o Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada.
MITOS E ERROS SOBRE A DOENÇA
1 - A DENGUE NÃO TEM TRATAMENTO - MENTIRA!
Esta é uma afirmativa que é tantas vezes repetida (inclusive em publicações internacionais) que muita gente pensa realmente que é verdade. Embora não exista antiviral capaz de reduzir a presença do vírus no sangue ou bloquear os mecanismos fisiopatológicos que conduzem ao choque e às hemorragias, isso não significa que a doença não possa ser combatida.
A falta do antiviral pode ser compensada pela aplicação de um conjunto de conhecimentos que classificam o paciente de acordo com seus sintomas e a fase da doença, permitindo assim reconhecer precocemente os sinais de alerta, iniciando a tempo o tratamento adequado.
2 - AS FORMAS GRAVES DA DENGUE SÓ OCORREM EM PACIENTES DE CLASSE SOCIAL MENOS FAVORECIDA (pobres) - MENTIRA!
Este mito pode ser muito perigoso. A dengue não escolhe suas vítimas por classes socais. Todos os países que lutam contra a doença registraram casos graves, até mesmo fatais, em médicos, políticos, empresários, artistas, jornalista e outros. Isso demonstra que a preocupação com o combate ao mosquito deve ser de toda a sociedade.
3 - PACIENTES COM DENGUE TIPO CLÁSSICO NÃO TÊM COMPLICAÇÕES - MENTIRA!
Não é apenas a dengue do tipo hemorrágico que pode causar complicações aos pacientes. À dengue clássica também podem se juntar (até mesmo com certa frequência) alterações das funções hepáticas, miocardite, e outras cardiopatias, assim como problemas neurológicos, resultados do comprometimento do sistema nervoso central.
Durante uma epidemia qualquer um com suspeita da doença deve buscar orientação médica e ficar em observação durante o período febril até, pelo menos, 48 horas depois.
4 – NÃO HÁ NECESSIDADE DE VIGIAR OS SINAIS DA DENGUE APÓS O PERÍODO FEBRIL - MENTIRA!
É um erro pensar que as complicações da dengue surgem durante o pico da febre. Na verdade o período crítico coincide com a baixa da febre, quando pode ser constatada a hemoconcentração, com o surgimento dos derrames cavitários resultantes do extravasamento plasmático, com graves consequências clínicas. Posteriormente podem aparecer hipotensão arterial, baixo débito cardíaco, taquicardia, pulso fino e rápido, cianose periférica e choque. Isso pode ser evitado, caso o doente fique em observação clínica, especialmente no período após a queda da febre.
5 – A PREVENÇÃO À DENGUE DEVE SER FEITA APENAS:
- Na erradicação de focos do mosquito
- No tratamento aos pacientes com a dengue do tipo clássico
MENTIRA!
O trabalho de combate à dengue é muito mais extenso e pede a participação de toda a sociedade. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta, que durante as epidemias, o trabalho dos postos de saúde informando os pacientes e seus familiares sobre hidratação oral, medicamentos proibidos e, principalmente, sobre como identificar os sinais de alerta indicativos do agravamento da doença, são de grande importância para conter os surtos.
O trabalho dos médicos em postos de saúde permite também identificar precocemente casos que poderiam evoluir para formas mais graves da doença. O diagnóstico e o tratamento precoces podem salvar vidas.
6 - PARA EVITAR A MORTE POR DENGUE É NECESSÁRIA TRANSFUSÃO DE SANGUE EM ABUNDÂNCIA - MENTIRA!
Se os sintomas da doença forem tratados precocemente e de maneira adequada, serão poucos os casos de hemorragia da dengue que necessitarão de transfusão de concentrado de hemácias ou sangue total. Com relação às plaquetas, o vírus da dengue produz anticorpos contra as mesmas, de modo que a transfusão, em teoria, é inútil, já que as plaquetas transfundidas serão destruídas. Entretanto, quando há menos de 50 000 plaquetas/m3 de sangue e presença de sangramento, a transfusão de concentrado de plaquetas está indicada.
7 - PARA EVITAR A MORTE POR DENGUE SÃO NECESSÁRIOS RECURSOS MÉDICOS AVANÇADOS - MENTIRA!
Na maior parte dos casos, o acesso a recursos médicos avançados é dispensável. O que é preciso mesmo é um serviço de saúde organizado e atuante, pessoas preparadas, condições mínimas de hidratação oral e venosa, comunicação eficiente, etc.
Somente nas formas mais graves, poderão ser necessários exames de tomografia computadorizada, ultrassonografia, técnicas de isolamento viral e outras tecnologias que, talvez atualmente, devam ser consideradas mais como recursos de rotina do que como recursos avançados.
Sintomas e tratamento
Depois da picada do mosquito, os sintomas se manifestam entre três e quinze dias, mas em média de cinco a seis dias. Só depois desse período que os seguintes sintomas aparecem:
DENGUE CLÁSSICA
Febre alta com início súbito;
Forte dor de cabeça;
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
Perda do paladar e apetite;
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
Náuseas e vômitos;
Tonturas;
Extremo cansaço;
Moleza e dor no corpo;
Muitas dores nos ossos e articulações.
DENGUE HEMORRÁGICA
Os sintomas da Dengue hemorrágica são os mesmos da Dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:
Dores abdominais fortes e contínuas;
Vômitos persistentes;
Pele pálida, fria e úmida;
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas;
Manchas vermelhas na pele;
Sonolência, agitação e confusão mental;
Sede excessiva e boca seca;
Pulso rápido e fraco;
Dificuldade respiratória;
Perda de consciência.
Na Dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas.
Em caso de suspeita de Dengue, sempre procurar, o mais rápido possível, o posto de saúde mais próximo.
TRATAMENTO
Ao ser observado o primeiro sintoma da Dengue, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo. Só depois de consultar um médico, alguns cuidados devem ser tomados, como:
Manter-se em repouso;
Beber muito líquido (inclusive soro caseiro);
E só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre.
A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da Dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea.
Conheça o inimigo
O MOSQUITO
A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aedes aegypti e Aedes albopictus), que picam tanto durante o dia como à noite. Os transmissores, principalmente o Aedes aegypti, se reproduzem dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas, etc.). A transmissão pelo Aedes albopictus não é comum porque o mosquito não costuma frequentar o domicílio como o Aedes aegypti.
COMO ELE SE COMPORTA? COMO ATACA?
O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. O mosquito costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa.
O Aedes aegypti se caracteriza por ser um inseto de comportamento estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas. Em média, cada Aedes aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, já que copula com o macho uma única vez, armazenando os espermatozoides em suas espermatecas (reservatórios presentes dentro do aparelho reprodutor). Uma vez com o vírus da dengue, a fêmea torna-se vetor permanente da doença e calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas crias já nascerem também infectadas.
Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d'água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito.
MODO DE TRANSMISSÃO
A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus em sua saliva e o retransmite em novas picadas. A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre nesta fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. O mosquito transmitirá o vírus em todas as picadas que realizar a partir dali.
QUAL O AMBIENTE IDEAL?
As fêmeas e os machos (que geralmente acompanham as fêmeas) ficam dentro das casas. A temperatura mais favorável para o desenvolvimento da larva é entre 25 a 30ºC. Abaixo e acima destas temperaturas o Aedes diminui sua atividade. Acima de 42ºC e abaixo de 5ºC ele morre.
A cidade de Itaboraí possui as condições propícias para o desenvolvimento do Aedes aegypti. Temperatura e umidade relativa são primordiais para o desenvolvimento do mosquito e, principalmente, para manter os ovos viáveis mesmo fora d'água. Além de ser densamente povoada, é comum a cidade apresentar índices de 70% a 80% de umidade relativa do ar e temperaturas por volta de 25ºC, condições ideais para a multiplicação do vetor. Por isso, o combate de todos aos focos do vetor é muito importante.
MITOS E ERROS SOBRE O MOSQUITO DA DENGUE
A DENGUE NÃO TEM TRATAMENTO - FALSO!
Embora não exista antiviral capaz de reduzir a presença do vírus no sangue ou bloquear os mecanismos fisiopatológicos que conduzem ao choque e às hemorragias, isso não significa que a doença não possa ser combatida. A falta do antiviral pode ser compensada pela aplicação de um conjunto de conhecimentos que classificam o paciente de acordo com seus sintomas e a fase da doença, permitindo, assim, reconhecer precocemente os sinais de alerta, iniciando a tempo o tratamento adequado.
AS FORMAS GRAVES DA DENGUE SÓ OCORREM EM PACIENTES DE CLASSE SOCIAL MENOS FAVORECIDA - FALSO!
A dengue não escolhe suas vítimas por classes socais. Todos os países que lutam contra a doença registraram casos graves, até mesmo fatais, em médicos, políticos, empresários, artistas, jornalistas e outros. Isso reforça que a preocupação com o combate ao mosquito deve ser de toda a sociedade.
PACIENTES COM DENGUE TIPO CLÁSSICO NÃO TÊM COMPLICAÇÕES - FALSO!
Não é apenas a dengue do tipo hemorrágico que pode causar complicações aos pacientes. À dengue clássica também podem se juntar (até mesmo com certa frequência) alterações das funções hepáticas, miocardite, assim como problemas neurológicos, resultantes do comprometimento do sistema nervoso central. O paciente com suspeita da doença deve sempre buscar orientação médica.
NÃO HÁ NECESSIDADE DE VIGIAR OS SINAIS DA DENGUE APÓS O PERÍODO FEBRIL - FALSO!
É um erro pensar que as complicações da dengue surgem somente durante o pico da febre. Muitas vezes, o período crítico coincide com a baixa da febre, quando pode ser constatada a hemoconcentração, com graves consequências clínicas. Posteriormente, podem aparecer hipotensão arterial, taquicardia, pulso fino e rápido, cianose periférica e choque.
A PREVENÇÃO À DENGUE DEVE SER FEITA APENAS NA ERRADICAÇÃO DE FOCOS DO MOSQUITO E NO TRATAMENTO AOS PACIENTES COM A DENGUE DO TIPO CLÁSSICO - FALSO!
O trabalho de combate à dengue é muito mais extenso e pede a participação de toda a sociedade. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que, durante as epidemias, o trabalho dos postos de saúde informando os pacientes e seus familiares sobre hidratação oral, medicamentos proibidos e, principalmente, sobre como identificar os sinais de alerta indicativos do agravamento da doença são de grande importância.
PARA EVITAR A MORTE POR DENGUE SÃO NECESSÁRIOS RECURSOS MÉDICOS AVANÇADOS - FALSO!
Na maior parte dos casos, o acesso a recursos médicos avançados é dispensável. O que é preciso mesmo é um serviço de saúde organizado e atuante, pessoas preparadas, condições mínimas de hidratação oral e venosa, comunicação eficiente, etc.
AR CONDICIONADO E VENTILADORES MATAM O MOSQUITO - FALSO!
Quando se usa o ar condicionado, a temperatura e a umidade baixam e isso inibe o mosquito. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada, mas ele não morre. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.
PARA MATAR OS OVOS DO MOSQUITO BASTA SECAR OS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA PARADA - FALSO!
Não é apenas o simples ato de secar os reservatórios de água parada que irá impedir o mosquito da dengue de se reproduzir. É preciso limpar o local também, pois o ovo ainda pode ser manter "vivo" por mais de um ano sem água.
REPELENTES SÃO FUNDAMENTAIS NO COMBATE À DENGUE - FALSO!
Repelentes, velas de citronela ou andiroba, ao contrário do que muita gente pensa, não tem muito efeito no combate à dengue, pois têm efeito indeterminado e temporário.
TOMAR VITAMINA B AFASTA O MOSQUITO - FALSO!
Apesar de ser verdade que o mosquito é atraído de acordo com a respiração e o gás carbônico exalado pela pessoa, a ingestão de vitamina B - alho ou cebola também (que têm cheiro eliminado pela pele) - não é uma medida eficaz de combate à dengue.
Tomar vitamina B pode afastar mosquito, mais isso não dura muito e também irá variar de acordo com o metabolismo de cada pessoa, podendo até não ter efeito algum.
QUALQUER PICADA DO MOSQUITO TRANSMITE A DOENÇA - FALSO!
Primeiramente, é necessário que o mosquito esteja contaminado. Além disso, cerca de metade das pessoas picadas não desenvolvem a doença. Entre 20 e 50% vão desenvolver formas da doença que não apresentam sintomas. Mesmo assim, é importante em caso de dúvida ou qualquer suspeita procurar o posto de saúde mais próximo.
BORRA DE CAFÉ NA ÁGUA DAS PLANTAS MATA OS OVOS DO MOSQUITO - FALSO!
Não há comprovação de eficácia da borra de café na água das plantas e sobre a terra no combate ao mosquito. Pelo contrário, já foi verificado na prática que a larva do Aedes aegypti se desenvolve na água suja de borra de café.
Ao invés de usar a borra, tente eliminar os pratos dos vasos, ou coloque areia até as bordas deles de forma a eliminar a água. Lave também os pratos com esponja e sabão semanalmente. Isso é eficaz contra a dengue.
AS LARVAS DO MOSQUITO SÓ SE DESEVOLVEM EM ÁGUA LIMPA - FALSO!
Os ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada. Hoje se discute até se as fêmeas do Aedes têm realmente a preferência pela água limpa. Então, para combater a dengue, o importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja.
Como se proteger
COMO SE PROTEGER DO MOSQUITO ADULTO
A melhor forma de se prevenir contra o mosquito adulto é evitar que ele se desenvolva, ou seja, eliminar os focos das larvas. O uso de inseticidas, por exemplo, não é uma boa forma de eliminar o mosquito adulto. Os mosquitos estão se tornando cada vez mais resistentes a essas substâncias e assim gerando filhos também resistentes aos inseticidas, o que está tornando a população de Aedes aegypti predominantemente resistente. Fora isso, o uso de inseticidas causa sérios danos à natureza. O uso de inseticidas em larvas também tem as mesmas contra indicações.
Sendo assim, a melhor maneira de combater o mosquito adulto é eliminar as águas paradas, ou seja, os criadouros do mosquito. Não havendo água parada, as fêmeas não têm um lugar adequado para que seus ovos se desenvolvam e assim, a população de mosquitos adultos vai sendo reduzida até não representar mais perigo.
Porém, existe uma série de medidas que se não impedem a transmissão da doença, pelo menos a dificulta. São estas:
O uso de espirais ou vaporizadores elétricos: Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.
Mosquiteiros: Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.
Repelentes: Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
Telas: Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.
Ar condicionado: O uso do ar condicionado inibe o mosquito, pois baixa a temperatura e a umidade do ar, mas não o mata. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.
COMO IDENTIFICAR E ELIMINAR OS FOCOS
Atitudes simples podem impedir a criação de focos do mosquito Aedes aegypti na sua casa ou no seu trabalho. Confira as principais maneiras de se prevenir:
- Encha de areia até a borda os pratinhos de vasos de plantas;
- Lave semanalmente por dentro, com escovas e sabão, os tanques utilizados para armazenar água;
- Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias, etc.;
- Mantenha bem tampados tonéis e barris d'água;
- Lave, principalmente por dentro, com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes, etc.;
- Mantenha a caixa d'água sempre fechada com tampa adequada;
- Evite ter bromélias em casa. Substitua-as por outras plantas que não acumulem água. Se preferir mantê-las, é indispensável tratá-las com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando, no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas;
- Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana;
- Não jogue lixo em terrenos baldios;
- Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigados da chuva;
- Guarde as garrafas vazias sempre de cabeça para baixo e em local coberto;
- Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje;
- Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
- Lave bem os suportes de garrafões de água mineral sempre que trocar os garrafões;
- Verifique se as bandejas de ar condicionado não estão com acúmulo de água;
- Deixa a tampa dos vasos sanitários fechadas. Em banheiros pouco usados, dê descarga uma vez por semana. Use água sanitária com freqüência em qualquer grande reserva de água sem consumo humano.
- Verifique se há entupimento nos ralos e se não for utilizá-los, mantenha-os vedados.
- Cacos de vidro no muro. Coloque areia ou cimento em todos aqueles que podem acumular água.
Tire suas dúvidas e aprimore seus conhecimentos da DENGUE
O QUE É DENGUE?
A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.
QUANTO TEMPO APÓS A PICADA A DOENÇA COSTUMA SE MANIFESTAR?
Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de três a 15 dias, sendo em média de cinco a seis dias.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DENGUE?
Os mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum na gengiva.
O QUE FAZER SE APARECER ALGUM DESSES SINTOMAS?
Infelizmente Itaboraí não divulgou um local de referência para o surto de Dengue... Só resta o Hospital da cidade e o de Manilha do Estado.
COMO É FEITO O TRATAMENTO DA DENGUE?
Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássica. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos. Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS. É importante também que o paciente fique em repouso e beba bastante líquido. Todos os pacientes devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de gravidade. O período mais crítico ocorre durante a transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas, em seguida, o quadro clínico do paciente pode piorar. O melhor tratamento disponível é a hidratação oral e, em alguns casos, por via venosa.
A PESSOA QUE CONTRAI O VÍRUS DA DENGUE PODE MORRER?
Sim. A dengue é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. É muito importante o acompanhamento regular nos serviços de saúde para que qualquer sinal de gravidade da doença seja identificado precocemente.
QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS PARA NÃO CONTRAIR DENGUE?
É preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo, uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos nesse local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo o que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.
DEPOIS DE TER DENGUE, PODE-SE CONTRAIR A DOENÇA NOVAMENTE?
Sim, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.
PODE-SE PEGAR DENGUE DE UMA PESSOA DOENTE?
Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.
QUANTOS TIPOS DE VÍRUS DA DENGUE EXISTEM?
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
EXISTE VACINA CONTRA A DENGUE?
Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme nesse propósito. Estimativas indicam que poderemos ter um imunizante contra a dengue nos próximos anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A doença, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores.
POR QUE ESSA DOENÇA OCORRE NO BRASIL?
É um sério problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente nos países tropicais como o nosso, onde as condições do meio ambiente, aliadas a características urbanas, favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Mais de 100 países em todos os continentes, exceto a Europa, registram a presença do mosquito e casos da doença.
ONDE O AEDES AEGYPTI GOSTA DE FICAR?
O Aedes aegypti é um mosquito caseiro. Prefere ficar em áreas fechadas e atacar na região das pernas, embaixo das mesas, próximo ao chão.
POSSO USAR INSETICIDAS DIARIAMENTE CONTRA O AEDES?
Pode. A maioria dos aerossóis domésticos possui piretróide que, segundo alguns especialistas, é uma substância menos tóxica para as pessoas. De qualquer maneira, os inseticidas não devem ser borrifados diretamente em pessoas, animais ou plantas. Esta é, entretanto, uma medida paliativa. A eliminação de possíveis fontes de água parada que podem servir como criadouros do mosquito ainda é a principal estratégia.
POSSO USAR REPELENTES CORPORAIS?
Pode, mas com cautela. Aqueles que contêm DEET formam uma camada protetora sobre a pele. Alguns repelentes têm MGK e PVO, que são substâncias que potencializam os efeitos dos repelentes, e devem ser usados com moderação. Não é recomendado para crianças com menos de seis anos. Repelentes corporais podem causar reações alérgicas na pele. Em crianças, usar apenas os repelentes indicados para elas.
O AEDES TAMBÉM SE DESENVOLVE EM PISCINAS?
Só em água de piscinas abandonadas. Se a água for tratada, com pH adequado e clorada de forma regular, não há qualquer risco de desenvolvimento de larvas do Aedes. É recomendável limpar as bordas das piscinas periodicamente, pois podem servir como depósito para ovos do mosquito.
OS AQUÁRIOS TAMBÉM SÃO CRIADOUROS DO AEDES?
Não, se houver peixes. As larvas dos mosquitos são o prato preferido dos peixes.
ÁGUA SANITÁRIA E FUMO DE ROLO TÊM AÇÃO SOBRE OS FOCOS?
Não existe comprovação da eficácia. É prudente não confiar.
A DENGUE É MAIS COMUM NA REGIÃO SERRANA OU NO LITORAL?
No litoral, embora o mosquito esteja apresentando um alto grau de adaptação a ambientes e condições que anteriormente repelia.
PLANTAS AQUÁTICAS PODEM FUNCIONAR COMO CRIADOUROS DA DENGUE?
Sim e, por isso, não é recomendável o seu cultivo, pois qualquer sinal de água parada pode significar foco de Aedes aegypti. Caso, ainda assim, se opte por este tipo de planta, trocar a água dos vasos e lavá-los com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana.
VASOS SANITÁRIOS POUCO UTILIZADOS PODEM PROMOVER A PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO? O QUE FAZER?
Vasos sanitários podem ser potenciais criadouros do mosquito. Utilize um escovão e produtos de limpeza, certificando-se de que possíveis ovos sejam removidos das paredes do vaso. Realize esta limpeza semanalmente, deixando sua tampa sempre fechada. Em banheiros pouco usados, dê descarga uma vez por semana, para não deixar por muito tempo água parada. Use água sanitária com frequência em qualquer grande reserva de água sem consumo humano.
O FUMACÊ É UMA ESTRATÉGIA EFICAZ PARA A ELIMINAÇÃO DO AEDES AEGYPTI? POR QUE SEU USO É TÃO POLÊMICO?
Na verdade, essa é uma estratégia usada para minimizar o impacto da transmissão e não para eliminar o mosquito. Sua eficácia varia muito, pois depende das condições ambientais nas quais o método está sendo utilizado. Então, por exemplo, em locais em que se verificam casas com muros altos ou onde a população não abre as portas, sua eficácia será limitada.
O produto atinge o mosquito adulto apenas se estiver voando, o que pressupõe que terá contato com as partículas de inseticida, que provocarão a sua morte. Isso, na prática, representa uma parcela muito pequena da população de mosquitos circulando. Ressaltamos que o ideal é o controle das formas larvárias, ou seja, o controle dos criadouros ao longo do ano.
ONDE ACONTECERAM OS PRIMEIROS SINAIS DA DENGUE?
O Aedes aegypti que hoje atinge mais de 100 países, apareceu, pela primeira vez, na África. De lá para cá, visitou alguns continentes até abraçar o planeta e funcionar como uma espécie de ameaça à saúde pública mundial.
Já no século XVI, quando o mosquito aportava no continente americano, junto aos navios negreiros em plena colonização, ainda não se cogitava falar em dengue. O vírus, proveniente da Ásia, só chegaria muito tempo depois.
Os primeiros surtos de dengue foram reportados no final do século XVIII, mais especificamente entre os anos de 1779 e 1780, em Java (sudoeste asiático), na Filadélfia (Estados Unidos) e no Cairo e Alexandria (Egito). No século seguinte, quatro grandes epidemias devastaram as populações do Caribe e do sul dos Estados Unidos, que desconheciam os motivos da moléstia.
O ACÚMULO DE LIXO TEM RELAÇÃO COM A DENGUE?
O montante de lixo retorna à população sob a forma de doenças como a dengue. Um dos focos mais frequentes de reprodução do Aedes aegypti é aquele provocado pelo acúmulo de lixo, o que se aplica tanto para resíduos mal acondicionados, jogados em terrenos baldios ou para os nãos recolhidos. Esse lixo tem a possibilidade de acumular água e, se não for tratado convenientemente ou recolhido, permanecerá no meio ambiente por bastante tempo, suficiente, inclusive, para funcionar como criadouro para todo o ciclo de reprodução do mosquito.
É SÓ O AEDES AEGYPTI O MOSQUITO TRANSMISSOR DA DENGUE?
A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aedes aegypti e Aedes albopictus), que picam tanto durante o dia como à noite. Os transmissores, principalmente o Aedes aegypti, se reproduzem dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.). O Aedes albopictus não se caracteriza como transmissor importante da dengue aqui no Brasil, até então.
SÓ Á FÊMEA DO MOSQUITO É RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO?
Sim. A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus em sua saliva e o retransmite em novas picadas. A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre nesta fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. O mosquito transmitirá o vírus em todas as picadas que realizar a partir dali.
QUE AMBIENTE FAVORECE A PROLIFERAÇÃO DO VETOR?
O Aedes aegypti se caracteriza por ser um inseto de comportamento estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas. As fêmeas e os machos do mosquito costumam se alojar no interior das casas. A temperatura mais favorável para o desenvolvimento da larva é entre 25 a 30ºC. Abaixo e acima destas temperaturas o Aedes diminui sua atividade. Acima de 42ºC e abaixo de 5ºC ele morre. A alta da temperatura e da umidade relativa são condições favoráveis para o desenvolvimento do mosquito e, principalmente, para manter os ovos viáveis mesmo fora d'água.
QUANTO TEMPO VIVE A FÊMEA DO MOSQUITO E QUAL O SEU POTENCIAL DE PROCRIAÇÃO?
Em média, cada Aedes aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos de cada vez. Ela é capaz de realizar inúmeras posturas no decorrer de sua vida, já que copula com o macho uma única vez, armazenando os espermatozóides em suas espermatecas (reservatórios presentes dentro do aparelho reprodutor). Uma vez com o vírus da dengue, a fêmea torna-se vetor permanente da doença e calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas crias já nascerem também infectadas.
POR QUE, COM A CHEGADA DAS CHUVAS, AUMENTA A PROLIFERAÇÃO DA DENGUE?
Os ovos não são postos na água e, sim, milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas, pneus, calhas, caixas d'água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito. Além disso, com a chegada das chuvas tem-se o aumento da umidade relativa do ar, condição climática que potencializa o desenvolvimento da larva.
CHUVAS FRACAS E CONTÍNUAS OU TEMPESTADES? QUAL DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS FAVORECE O DESENVOLVIMENTO DO MOSQUITO?
A fêmea do mosquito não deposita seus ovos diretamente na água, mas na parede do vasilhame, alguns milímetros acima da água. Sendo assim, se não chove, consequentemente o menor reabastecimento dos recipientes onde a fêmea deixou seus ovos não permite que a água suba a uma altura suficiente para nutri-los. Já se a concentração de chuva é muito alta, os criadouros do mosquito são destruídos pela força da água. Portanto, são as chuvas intermitentes e a produção de água parada as condições ideais para a proliferação da dengue.
QUAL O IMPACTO DO AQUECIMENTO GLOBAL PARA A PROLIFERAÇÃO DA DENGUE?
As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global podem impactar a saúde da população. Com a elevação da temperatura, estados que ainda não têm problemas com a dengue passam a reunir as condições climáticas propícias ao desenvolvimento do mosquito, gerando mais casos da doença.
COMO COMBATER A DENGUE?
O melhor meio de evitar a doença é controlar a presença do mosquito transmissor, o que se faz, sobretudo, evitando-se água parada em recipientes como vasos de plantas, pneus velhos, caixas d'água, garrafas, entre outros. O cuidado deve se estender, inclusive, a locais aparentemente improváveis, como muros de casas que guardam em suas reentrâncias qualquer umidade. A prevenção deve ser realizada durante todo o ano e não apenas no verão, quando as condições climáticas são mais favoráveis à proliferação do mosquito.
Espera-se que toda a população ajude nesse trabalho. A mobilização social é a mais poderosa estratégia contra a doença. Os serviços de Vigilância em Saúde também fazem a sua parte, visitando as casas, verificando possíveis focos do inseto e ensinando às pessoas a importância dessas medidas.
QUANTO TEMPO O OVO RESISTE ATÉ ECLODIR?
Os ovos sobrevivem a condições adversas por mais de um ano, para eclodir somente nas primeiras chuvas do verão seguinte.
AS LARVAS DO MOSQUITO SE DESENVOLVEM APENAS EM ÁGUA LIMPA?
Não. Tanto limpa quanto contaminada, a água possui os nutrientes necessários para o desenvolvimento do ciclo biológico do Aedes aegypti.
O QUE FAZER EM SUSPEITA DE DENGUE?
Ao ser observado o primeiro sintoma de dengue, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo.
EM QUE CONSISTE O TRATAMENTO DA DENGUE?
Só depois de configurado o quadro clínico por um médico, alguns cuidados devem ser tomados, como: manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico para aliviar as dores e a febre. A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença. O tratamento da dengue, na grande maioria das vezes, é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea.
Se o paciente apresenta um sangramento grave, ele deve receber tratamento específico em um hospital. Não se deve usar ácido acetilsalicílico (presente em medicamentos como a "Aspirina") para diminuir a febre ou a dor em pacientes com suspeita de dengue.
O QUE FAZER SE ENCONTRAR FOCO COM LARVAS DE MOSQUITO EM CASA?
É preciso eliminar o criadouro. Se ele estiver com água e larvas, pode-se descartar a água no solo, em terra, ou em piso que não acumule água, porque ela secará e, desta forma, as larvas morrerão.

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