NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Omissão demais na organização da Copa

Artigo de Janio de Freitas
'Não vou me meter com a organização da Copa', disse Aldo, ao se tornar ministro. E por quê? Não se sabe... A nova posição do governo em relação à Copa, definida de passagem por Aldo Rebelo ao se tornar ministro do Esporte, é uma fuga para o comodismo. Mas, com as perspectivas que se agravam, logo será um pesadelo de alto custo político e, óbvio, financeiro.
"Eu não vou me meter com a organização da Copa" -foi a frase que bastou para definir a nova posição do governo. E por quê? Não se sabe.
Mas sabemos que a Copa é um evento com que o país se envolve e compromete em múltiplos sentidos. E que a responsabilidade pela realização aqui foi do governo, que decidiu trazê-la.
E sabemos ainda que, misto de negócios e esporte, como hoje são os esportes em geral, inclui-se nos deveres do Ministério do Esporte, mais ainda em razão dos bilhões em dinheiro público que já são e serão gastos.
Em razão da cômoda fuga transformada em política de governo, o ano da Câmara se encerrou com uma imoralidade que promete reaparecer logo que findas as férias parlamentares.
Não foi suficiente ter sido um deputado do PT, Vicente Cândido (SP), a encaixar na confusão do seu relatório sobre a Lei Geral da Copa este artigo 22: o governo brasileiro compromete-se a indenizar a Fifa por prejuízo ou dano de qualquer tipo relacionado à Copa. "Ainda que causados por quaisquer fatos da natureza, caso fortuito ou força maior."
De chuva à queda temporária da iluminação em um jogo, de algum problema em estádio novo a demoras em aeroportos, cabe de tudo no artigo, como dano à Copa.
E por que critérios se fixariam as indenizações, sob julgamento de quem? Impossível responder, porque humilhação não tem medida, e o artigo desejado pela Fifa e aceito pelo deputado petista é uma extorsão humilhante.
O PT não se moveu contra a proposta. O Ministério do Esporte nem se manifestou. A Presidência não se movimentou para acionar a "base" contra a indecência.
Foi a oposição que impediu a Comissão Especial da Câmara (para assuntos da Copa) de votar e, por certo, aprovar o parecer do petista Vicente Cândido.
Mas o impedimento não o excluiu, apenas o adiou para a reabertura da Câmara em 2012.
A tendência é a derrota da oposição, caso o Ministério dos Transportes continue alheio à defesa contra mais essa extorsão. Com a Presidência dando as costas ao comprometimento do governo brasileiro feito por Lula, como presidente.
Para o Brasil, todo ele, a Copa de 14 é um assunto brasileiro, antes de tudo o mais. O futebol brasileiro é, para o país, o que de menos importante se mostrará ao mundo.
Isso é que faz com que a omissão do governo tenha um grave sentido. Moral, para começar.
Agora também, não é aceitável a farsa da licença de Ricardo Teixeira na CBF, "substituído" por paus-mandados, sem que haja providência brasileiras quanto às acusações que o envolvem em corrupção denunciada na e pela Fifa.
Lá, Ricardo Teixeira tem representado o Brasil em tudo, e só como formalidade representa apenas a CBF. Além disso, seus envolvimentos na Fifa produziram, necessariamente, reflexos sobre entidades e interesses do Brasil. A dívida de Ricardo Teixeira é também com o Brasil e nada justifica outra omissão do Ministério do Esporte, nesse caso.

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