“O que os coesiona? Fisiologia! Quando não, roubalheira”, afirma ex-ministro ao participar de evento do PSB
Texto de Adriano Ceolin, retirado do iG
Ciro Gomes dá entrevista antes de evento do PSB
Ao participar do 23º Encontro Nacional do PSB em Brasília, o ex-ministro e ex-deputado federal Ciro Gomes (CE) disse que, antes de pensar em disputar a Presidência da República, o seu partido deveria se preocupar em fazer criticar à aliança entre o PT e PMDB no governo Dilma Rousseff. Ele afirmou que a união existe porque tem “natureza fisiológica. “Quando não roubalheira”.
“Eu acredito que a grande tarefa do PSB é tensionar dentro da aliança da presidenta Dilma por uma agenda de mudança e por uma conduta um pouco mais republicana da média desta sustentação. O cimento da aliança central que reúne o PT e PMDB é de natureza fisiológica. Nós teremos sempre grandes sustos e grandes dissabores por esse cimento”, disse.
“Toda aliança é legítima, mas qual é a agenda institucional, transformadora que precisa dessa grande aliança? Qual é a pendência da reforma tributária, no modelo de organização das instituições políticas, no desenho da poupança previdenciária ou qualquer que seja o assunto relevante? O que os coesiona? Fisiologia! Quando não, roubalheira”, completou Ciro
Mais estrada que Eduardo Campos
O ex-ministro disse que o governador de Pernambucano, Eduardo Campos, também tem "todos os dotes para ser candidato a presidente da República". “Mas ele (Campos) só não tem a estrada que eu tenho”, disse. Ciro e o irmão e governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), fizeram questão de chegar acompanhados de Campos ao local do evento, o auditório Petrônio Portella, em Brasília. O objetivo é sinalizar que a aliança está mantida, apesar das disputas de poder no último ano, quando o governador pernambucano atuou contra uma nova candidatura de Ciro ao Planalto.
Além de comentar a possibilidade de disputar o Planalto pela terceira vez, Ciro fez críticas à aliança do PT e do PMDB na formação do governo Dilma Rousseff. “Quem já foi duas vezes não pode andar mentindo dizendo que não quer ser (candidato a presidente)”, disse. “Mas as circunstâncias hoje recomendam muita prudência, muita cautela”, completou.
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