NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Decisão judicial RJ

2005.001.035541-6
Conclusão ao Juiz

1 - A ilustre perita trouxe aos autos o seu laudo somente em 17/12/09.
2 - No mais, em decisão de fls.336/337 este Juízo já havia determinado a manifestação do Ilmo. Secretário de Saúde do Estado para saber sobre a existência de local próprio para o tratamento de crianças autistas.
3 - Com efeito, o Estado manifestou-se (fls.253/261), no sentido de que cabe aos Municípios oferecerem aos doentes o tratamento adequado, já que estes possuem várias instituições com capacidade de oferecer tal tratamento de forma gratuita.
4 - Ora, o autismo é uma doença que atinge grande parte da população infantil, sendo certo que estudos recentes demonstram que o tratamento do autismo na primeira infância reduz os sintomas do doente na idade adulta (http://www.carlagikovate.com.br/).
5 - Os cuidados iniciais podem gerar um grande efeito positivo no futuro.
6 - Isto significa dizer que o próprio Estado se beneficia com a adoção de um programa de tratamento infantil com terapeutas, pedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos, na medida em que estas crianças necessitarão de menor cuidado, inclusive no que se refere aos medicamentos, quando da fase adulta.
7 - Ademais, a responsabilidade do Estado é constitucionalmente determinada (ex-vi art.227, §1º).
8 - Não fosse só isso, a política de saúde adotada atualmente no Brasil é inclusiva, isto é, busca-se o real atendimento de pessoas carentes.
9- Assim, o Estado do Rio de Janeiro não pode ficar alheio a esta meta nacional. Note-se, ainda, que crianças autistas são extremamente inteligentes e certamente poderão contribuir, quando bem assistidas para o desenvolvimento da sociedade. O tratamento pode ser feito de forma ambulatorial com profissionais preparados para atenderem a essas crianças especiais, sem a necessidade de internação. Mais do que o tratamento em si, um núcleo de atendimento a crianças autistas poderá viabilizar uma maior orientação aos pais destas crianças.
10 - Note-se que, como destacado pela perita, o Município do Rio de Janeiro já disponibiliza os serviços do CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) para atendimento de crianças autistas. Tais centros podem ser incrementados pelo Estado face a sua responsabilidade solidária, através de formação especializada de profissionais no tratamento de crianças autistas
11 - Nesta linha de raciocínio, um trabalho conjunto entre o Estado e o Município poderia alcançar um excelente resultado no tratamento desta doença
12 - Assim, DEFIRO PARCIALMENTE A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, para determinar que o Estado disponibilize em prazo razoável núcleos de atendimentos e tratamentos a crianças autistas ou incremente os núcleos já desenvolvidos pelo Município, devendo apresentar no prazo de 30(trinta) dias, cronograma do cumprimento desta decisão.
13 - Intimem-se para o cumprimento. E-se. mandado.

Um comentário:

  1. Isto representa para nós, família de autistas um marco na história do autismo no estado e no Brasil. Esperamos com fé que o estado cumpra sua parte e recorrendo ou não, esta história tenha um final feliz para todos. A solução para os autistas como eu compreendo, é para todos ou não há solução satisfatória!

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