NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Controladoria aponta desvios de R$ 352 mi de verba federal

Desde 2002, a CGU já registrou 13.755 casos de irregularidades apontadas em tomadas de contas especiais com desvios de recursos federais da ordem de R$ 4,6 bilhões. Mas não há monitoramento dos recursos recuperados por via administrativa, o que é uma raridade, ou por via judicial.

A Controladoria Geral da União (CGU) concluiu levantamento do primeiro trimestre deste ano com registro de 240 casos de mau uso dos recursos públicos que envolvem um total R$ 352 milhões desviados de prefeituras, governos estaduais e estatais. O volume é quase a metade dos recursos desviados durante todo o ano passado, em 1.277 casos.

Desde 2002, a CGU já registrou 13.755 casos de irregularidades apontadas em tomadas de contas especiais com desvios de recursos federais da ordem de R$ 4,6 bilhões. Mas não há monitoramento dos recursos recuperados por via administrativa, o que é uma raridade, ou por via judicial.

O governo só contabiliza o próprio desempenho na Justiça para tentar reaver esses recursos. Em 2009, a Advocacia Geral da União (AGU) protocolou na Justiça 2.763 ações, em todas as quais cobra nos tribunais a devolução de verbas desviadas do Tesouro. As ações somam R$ 1,689 bilhão. O grosso dos processos envolve servidores e empregados públicos (35%). Na sequência, empresários (17%) e empresas (13%).

A lista da CGU do primeiro trimestre de 2010 é liderada pela Caixa Econômica Federal. Na agência Mário Guimarães, foi identificado desvio que atualizado soma R$ 157 milhões, quase a metade do total de desvios apurados no período. Segundo o site do órgão, trata-se de "prejuízo causado por servidor ou empregado público".

Esse tipo de irregularidade ocupa o terceiro lugar em número de casos (46), depois de "não cumprimento do objeto conveniado" (58) e "irregularidade na aplicação dos recursos" (55). Outras irregularidades mais apontadas são: omissão no dever de prestar contas (36), irregularidades na cobrança de procedimentos do SUS (Sistema Único de Saúde), não comprovação na prestação de contas (14) e até irregularidade praticada por bolsista de instituições científicas do governo (7).

Dados da CGU revelam que o setor da saúde é o recordista em desvios no País - R$ 613 milhões foram detectados de 2003 a 2007. A área da educação vem em seguida, com desvios de cerca de R$ 470 milhões, no mesmo período.

Em média, são necessários 10 ou 12 anos para que os processos tramitem até a última instância.

Ainda conforme a CGU, três em quatro prefeituras fiscalizadas pela instituição - que atua em coordenação com o Ministério Público Federal - apresentam irregularidades, evidenciando a existência de desvios de recursos públicos federais. Ex-prefeitos acumulam 41% das condenações impostas pelo TCU (620 ações), sendo o restante dividido entre empresas (122), prefeitos municipais (107) e agentes públicos, como diretores, chefes, presidentes de entidades e órgãos públicos (65). Ainda segundo o levantamento, Minas Gerais lidera a lista das ações de improbidade administrativa, com 69 ações, à frente do Paraná (45).

Os dados foram disponibilizados no site da CGU, que é dirigida pelo ministro Jorge Hage. Para ele, é falsa a ideia apontada por organizações internacionais de combate à corrupção de que a corrupção no Brasil aumentou. Ele diz que a novidade é que aumentou a ação do poder público de combate às irregularidades.

Ontem, a CGU sorteou 13 municípios que vão receber apoio técnico-administrativo, dentro do Programa de Fortalecimento da Gestão Pública. Eles foram escolhidos de um grupo de 1.095 prefeituras inscritas voluntariamente para receber capacitação para suas equipes de trabalho.

A iniciativa da CGU tomou por base a constatação de que muitas das irregularidades encontradas na destinação de recursos públicos se deve "em parte a falta de preparo, não somente a má-fé", destacou o ministro Jorge Hage.

Nas ações judiciais movidas pela AGU, a maioria (1.500) decorre de condenações promovidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Nesse lote, os prefeitos figuram como recordistas da malversação. Ex-prefeitos figuram como réu em 620 ações. Prefeitos no exercício do mandato são acionados em 107 processos. O TCU também condenou 65 diretores, chefes e presidentes de órgãos e de empresas públicas. Segundo o órgão, a corrupção é maior nas regiões mais pobres do País. Mais da metade das ações (53%) refere-se à corrupção praticada nos pedaços do mapa do Brasil com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo a CGU, "o Maranhão é campeão nesse tipo de ação (183), seguido pelos Estados da Bahia (165), Minas (160), Rio (106) e Rio Grande do Norte (90)".

A economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, de 1% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a um valor mínimo anual de R$ 30 bilhões, segundo estimativa da Fundação Getulio Vargas.

A Controladoria Geral da União registrou no primeiro trimestre 240 casos de mau uso dos recursos públicos que envolvem um total R$ 352 milhões. Agência da Caixa Econômica Federal lidera levantamento.

Fonte: Abnor Gondim
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=326669

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos o seu comentário...