Diante de um mundo tão conturbado, onde a pressa e a competitividade têm levado milhares de irmãos aos desatinos da depressão e isolamento em meio à multidão cultuadora do “consumo”, a “música” talvez seria essa espécie de “socorro espiritual” em recompor as forças e os valores humanos diante da velocidade da sociedade atual.
Lá em Salmo 43:4 “… então, irei ao altar de Deus que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó deus, deus meu“, percebe-se o efeito terapêutico providencial que o “entoar canções” proporciona ao alívio em nosso ser em si.
Assim, surgem algumas indagações: No que a música influência na passagem infância para a adolescência no sentido de minimizar a escalada de violência e mortandade nesta faixa etária? A música modifica o comportamento dos jovens direcionando-os a uma inclusão social mais pacifica e sensata?
Diante da sociedade atual e das demandas que exigem da escola a preparação de cidadãos cada vez mais capacitados, ativos e críticos, que intervenham na realidade em que vive, a “música” se torna uma proposta de ensino relacionada com as vivências dos alunos fora do ambiente escolar, proporcionando a ele a aquisição de conhecimento significativo e útil a sua vida.
Segundo a “Teoria de Erickson” é na adolescência que começamos a estruturar e sedimentar algo extremamente complexo denominado “Identidade Social”.
Então, as músicas bem como outros elementos artísticos muitas vezes produzem movimentos que parecem retratar a realidade presente na dinâmica social. O contato com esses elementos possibilitam o adolescente vivenciar e se inserir no campo de transformações e ilustrações do presente revendo seus valores e revisando conceitos de vida.
Neste contexto, devemos nos esforçar em reanalisar alternativas psico-pedagógicas integradas aos instrumentos de ação do Estado no sentido de desenvolver e implantar estratégicas viáveis e eficazes de encontro a este “terrorismo social”, onde nossos filhos estão inseridos.
Rever as formas pedagógicas, sociais e a modelo emergencial e setorializado ineficiente do poder estatal que interfere na reeducação dos nossos jovens são uma tarefa de complexidade elevada, tentadas por muitos, conquistadas por poucos.
Portanto, sem haver uma interferência maciça e integrada pela sociedade organizada coordenada pelo “Estado de Bem-Estar Social” como um todo num momento ímpar desse demonstrado pelos elevados números apontados nas estatísticas criminais do país, poderemos estar perdendo a verdadeira “música” para nossas vidas, ou seja, nossos filhos.
Enfim, é deverasmente importante e inadiável se valer dos instrumentos culturais da música e outros eventos que resgatem sua autoestima, cidadania e a identidade social em sua comunidade ou estaremos, infelizmente, fadados a deter um amanhã sombrio e desanimador para o futuro de nossas gerações, donde a única música a ser tocada, infelizmente, poderá ser uma “marcha fúnebre”. Pensem nisso!
Por Tânia Maria Cabral
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