NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A “Política” não se discute?…

Infelizmente, esse é um dos piores ditados criados no país (1). A política sem discussão perde uma de suas principais características. Devemos respeitar a escolha de cada um, mas não devemos deixar de debater os motivos que levam nossos amigos e familiares a dirigir suas escolhas.
É a velha máxima (2) “… quando você não faz conta, do que é da sua conta, você paga a conta”. Assim, como vivemos em “processos viciados” regidos sob os interesses nada coletivos arquitetados sordidamente nos bastidores do poder dentro de seus “porões”, não é à toa os lamentáveis e inúmeros desvios financeiros testemunhados pela história deste país.

Magalhães Pinto (3), antigo político mineiro, dizia que “política é igual à nuvem. Você olha, ela está de um jeito. Poucos momentos depois, está de outro”. As definições sobre as coisas da política podem variar de acordo com uma série de fatores, tais como cultura, religião, período histórico e ideologia, entre outros.

Conceitualmente, “Política” pode ser definida como toda ação que vise o bem comum da pólis. Ou “político” pode ser o ato que objetive o poder, a dominação de uns sobre os outros.

O sentido de política pode ser a liberdade desfrutada por cidadãos, que buscam na esfera pública a consagração e a glória. A complexidade da política é proporcional à capacidade inesgotável que o ser humano possui de estar sempre começando algo novo.

É difícil sermos “apolíticos” numa gênese terráquea essencialmente política. As demandas populares deveriam, em tese, passar pelo “crivo do debate” visando à estruturação da cidadania, resumindo-se em dois objetivos: a democratização da sociedade e a democratização do Estado.

Notamos, então, a dificuldade de vermos as chagas da má distribuição de renda, as desigualdades sociais refletindo severamente na qualidade de vida das pessoas sem tecermos ideias de valores “políticos” sobre tal situação.

Quando nos afastamos da política em virtude das “estórias” elencados pelos nossos pares numa espécie do “deixa pra lá”, estamos de fato dando a “chave” dos cofres públicos ao larápio cuja imagem de santo, esconde a grande sordidez que vela seus atos e defeitos.

Nessa linha de raciocínio, como orientar a sociedade para a importância social e econômica dos tributos, como criar instrumentos de controle da qualidade da aplicação dos recursos públicos sem que “politizemos” o corpo social para o debate?

O cenário político de uma cidade, de um estado ou de um país depende dos seus cidadãos. A representação é exercida mediante uma escolha filtrada pelo debate aliada a participalidade política, sem a qual perderá no Estado toda a essência democrática e caminhará para o despotismo.

Portanto, ou nos “politizamos” ou nos tornamos reféns da nossa própria omissão, dando-lhe aos candidatos que aí estão ávidos por “votos” a representatividade tendenciosa, resumida aqui nesta antológica frase de que o “lobo poderá tomar conta do galinheiro” em virtude da omissão política em dizer “não” pelo cidadão através dos debates de propostas e plano de governos na hora do “voto”.

(1) Curso de formação política. CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA 2004. Instituto Legislativo Paulista.
(2) Observatório Social. “O caminho silencioso do bem!”. Palestra. Abril de 2010.
(3) Curso de Formação Política – Partido Liberal. 2005

Por: Tânia Maria Cabral

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