A pressa para crucificar alguém é tão rápida diante de uma derrota, onde muitas das vezes cometemos os mesmos erros impacientes inserido nesta linha de analise.
Tudo bem, a Seleção Brasileira perdeu, mas o Brasil ganha uma importante lição nesta Copa do Mundo, ou seja, humildade e saber ouvir serão exercício imprescindível àqueles pretendentes a cargos de lideranças ou políticas.
Quando estamos “comandando” e não fazendo uma “liderança servil”, percebe-se o “caminhar em ovos” às vezes muito tardiamente por ações compreensoras de falsos líderes em não saber entender a dialética das conquistas.
Estar à frente, liderar, governar ou coordenar equipes não é tarefa para amadores e ditos “sabem tudo”. Envolve muito mais valores de ordem moral e ética do que se imagina a velha prática de peleguismos político ou futebolístico.
Quantas expectativas frustradas e ansiedades vãs naquela de “acharmos” ser o melhor, quando na verdade somos apenas aprendizes de um barco, cujo Timoneiro é Deus.
Foi um belo “puxão de orelha” obtido nesta amarga derrota frente à disciplinada seleção holandesa, porém com uma ressalva, aprendemos o que não se devem fazer aqueles que pensam saber demais e, ainda assim, juram sem saber.
Como diz Simón Bolivar “… a arte de vencer se aprende nas derrotas”. Não existe exercito de um homem só, nem tampouco uma só andorinha não faz verão é preciso repensar: não há táticas e estratégias infalíveis.
Em nossa sociedade desigual a forma como o cidadão lida com as “derrotas” cotidianas vem ganhando novas interpretações frente à previsibilidade de suas arrogâncias, alertando aos “professores”: “chefia” não é mais “liderança”.
Isto é bem entendida na fala de Peter Drucker “… A melhor estrutura não garantirá os resultados nem o rendimento. Mas a estrutura equivocada é uma garantia de fracasso”.
Estamos na época propícia de rever conceitos e atitudes e reculturalizar nossas mentalidades para em coletividade possamos fazer alguma diferença e não sejamos mais um, mas um alguém a vir fazer a diferença.
Portanto, não interpretemos este retorno da seleção brasileira como derrota, mas um profundo aprendizado à nação e a classe política: não adianta ter um time organizado, não se consegue nenhuma vitória sem tivermos espírito de equipe.
Por Tânia Maria Cabral
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