NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

domingo, 21 de agosto de 2011

Fatos e notícias Mais acessadas no dia 21/08/2011

A equilibrista
Para governar, Dilma precisa prosseguir na remoção dos focos de autonomia político-administrativa, e as revelações sobre irregularidades oferecem a oportunidade. Mas não pode descuidar da base política, que perde poder quando o governo novo nasce das entranhas do velho
Blog do Alon
"A presidente da República deu-se ao trabalho de fazer reservas a uma reportagem da revista The Economist sobre a tal faxina. Quem conversa em Brasília conhece a importância que este governo dá ao publicado lá fora a respeito do Brasil.
E não é pelo número (pouco relevante) de brasileiros que costumam votar no exterior.
Aqui o juízo planetário é fator importante na disputa política interna. O governismo sabe o terreno que pisa, sabe a opinião pública que tem. O oposicionismo também sabe.
Somos um país vidrado no que os outros dizem da gente. Tem algo de complexo de inferioridade. Que não deve ser ignorado. E os políticos não são ingênuos de ignorar.
Um correspondente americano outro dia manifestou, numa conversa particular, curiosidade sobre nosso hábito de produzir jornalismo a partir do jornalismo alienígena.
Publicar textos reproduzindo elementos de reportagens a nosso respeito saídas no exterior, com o devido crédito.
“Se as informações estão aí, por que vocês mesmos não apuram, escrevem e veiculam? Por que precisam do aval de uma publicação estrangeira para entrar no assunto?”
Uma excelente pergunta, com algumas respostas possíveis. “A mais óbvia é a legitimidade conferida pela informação publicada no exterior, ainda mais se por veículo de algum prestígio.”
Leia a íntegra em A equilibrista 
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Dedicação exclusiva a 2014
O Estado de S.Paulo
Fazendo política 24 horas por dia, segundo suas próprias palavras, o ex-presidente Lula da Silva esteve na última quarta-feira em Belo Horizonte para um almoço com lideranças petistas onde, mais uma vez, deixou claro - não expressamente por palavras, mas pelas mesmas óbvias conclusões a que levam sempre texto e contexto de suas declarações - que é candidatíssimo à Presidência da República em 2014.
Com seu habitual verbo solto, o chefão do PT classificou de "imbecilidade" as especulações sobre sucessão presidencial mais de três anos antes do pleito.
E insistiu no chavão ardiloso: "Em 2014, eu não sei da oposição, mas o governo, o Brasil, já têm candidato, que é a Dilma Rousseff. Eu vou dizer pela última vez: a Dilma só não será candidata se ela não quiser".
Mandam as conveniências que Lula fique repetindo o chavão - e pouco se lhe dá se as pessoas acreditem ou não.
Afinal, uma eventual candidatura de Dilma a um segundo mandato está, pelo menos por enquanto, muito longe de depender da vontade dela. E, apesar de todo o jogo de cena, é de uma clareza cristalina que a lógica do pragmático e ambicioso "Lula 24 horas" aponta na direção de sua recondução ao Palácio do Planalto a partir de 2015, para, quem sabe, mais oito anos de proezas nunca antes vistas na história deste país.
E - dado fundamental - esta é também a lógica do PT&Associados, cujo projeto de desfrute do poder por longo prazo não permitirá arriscar com quem quer que seja numa eleição que, ao que tudo parece indicar hoje, seriam favas contadas para Lula.
Em se tratando de política, tudo pode acontecer até o momento da definição da candidatura governista. Até mesmo Dilma conquistar uma popularidade que torne sua própria candidatura, além de natural, inevitável. Mas não é para isso que Lula está trabalhando.
Leia a íntegra em Dedicação exclusiva a 2014
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Luzes, câmera, faxina
Poucos temas são tão capazes de convergir para a absoluta unanimidade como o combate à corrupção. Ninguém vai ver ninguém defendendo publicamente a roubalheira. Muitos o fazem, mas entre quatro paredes, de preferência blindadas. Outros fingem que não sabem de nada. Mas a maioria, incluindo corruptos de carteirinha, esbraveja contra a bandidagem e sai em defesa de punição, “doa a quem doer”.
Antes de tudo, faxina ética é algo popular, com farta aprovação na classe média e entre escolarizados. Quem se associa a ela dificilmente deixará de colher frutos. Essa parece ser a inspiração publicitária: identificar a presidente como líder dessa cruzada.
Curiosamente, Dilma tem conseguido brilhar mais no bloco dos contrários do que entre os seus. Em São Paulo angariou apoio dos governadores do denso colégio eleitoral do Sudeste, dominado pelo PSDB, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a quem ela faz questão de demonstrar especial apreço. Antes, no Alvorada, recebeu o prefeito da capital paulista.
Do governador Geraldo Alckmin, colheu loas, até um tanto exageradas. De Gilberto Kassab, apoio explícito. De FHC, a certeza de que pode contar com ele na batalha contra os larápios do dinheiro público. Ele estaria recomendando armistício aos tucanos quanto à CPI da corrupção.
A idéia, como tudo dentro do PSDB, divide o partido. Mas, como tudo que FHC diz, provoca. Assanha a oposição que, tirando uma meia dúzia de combatentes aguerridos, quase nove anos depois continua sem saber o que fazer.
A dislexia oposicionista é tamanha que na quinta-feira – e vale aqui a digressão – o deputado ACM Neto, líder do DEM, atacou as privatizações, e parlamentares unidos do PSDB-DEM-PPS votaram contra um projeto para os Correios que, originalmente, é da lavra de Sérgio Motta, ministro das Comunicações de FHC.
Não menos estranho é ver o PT, partido de Dilma, falar pouco ou quase nada sobre a ação dita saneadora. Quer fazer crer que se comporta assim para preservar Lula, a quem seria atribuída a herança maldita de ministérios imundos. Como o ex tem linha popular direta e nunca precisou desse tipo de defesa, o mais provável é que os petistas temam serem pegos, eles próprios, com a boca na botija.
Embora mais um ministro tenha despencado – o quarto em dois meses e meio -, a semana que passou foi ouro em pó para Dilma. Começou com conselhos de Lula, terminou com carinhos de FHC.
Quanto à propalada faxina, os movimentos são tímidos, punem uns, preservam outros. Passam longe de enjaular corruptos. Mas garantem a personagem e a propaganda.
Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan
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O golpe parlamentar do PT e do PMDB
Elio Gaspari, O Globo
Enquanto o país vê o serviço de faxina da doutora Dilma, a comandita PT-PMDB, ajudada por discretos silêncios do PSDB e do DEM, prepara um golpe parlamentar de proporções inauditas desde que, na ditadura, baixou-se o Pacote de Abril de 1977. Essa jararaca de muitas bocas move-se há meses no escurinho do Congresso. Se ninguém fizer nada, a matéria será aprovada ainda este ano.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) apresentou à Comissão de Reforma Política um anteprojeto que institui o voto de lista preordenada para a composição de metade da Câmara. O eleitor deverá votar duas vezes, uma no candidato e outra na lista.
Além disso, pretende buscar na Bolsa da Viúva todos os recursos para as campanhas eleitorais, atribuindo às direções dos partidos a distribuição do dinheiro. A choldra pagará a conta toda, mas só escolherá metade de seus deputados.
Tudo o que há de ruim no atual sistema, ruim continuará. As coligações mudarão de nome, chamando-se federações. Para piorar, se um micropartido se juntar a outro, grande, bicará seus recursos.
Os defensores da jararaca dizem que a reforma destina-se a revigorar a democracia, fortalecendo os partidos.
Tudo bem. José Genoino e Delúbio Soares, ex-presidente e ex-tesoureiro do PT, são réus na quadrilha que aguarda julgamento no STF. Roberto Jefferson, o cronista do mensalão, é o presidente de honra do PTB. Valdemar Costa Neto presidiu o PL. Alfredo Nascimento, defenestrado do Ministério dos Transportes, preside o PR. Baleia Rossi, filho do ex-ministro da Agricultura, preside o PMDB paulista.
O aspecto golpista do projeto está na maneira como querem votar a essência da proposta. Matéria dessa magnitude exige uma emenda constitucional, para a qual seriam necessários os votos de 308 deputados e 49 senadores. Querem descer o voto de lista e o avanço sobre a Bolsa da Viúva goela abaixo como projeto de lei, coisa que pode passar até mesmo com 129 votos na Câmara e 21 no Senado.
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Lugar ao sol
Ilimar Franco, O Globo
Todos os partidos aliados que se reuniram com a presidente Dilma, na semana passada, defenderam a reintegração do PR. Como ele não voltará a comandar o Dnit e a Valec, sugerem que outros postos importantes sejam oferecidos.
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Repercussões Nacionais das Eleições Municipais
"Em alguns países do mundo, tipicamente nos menores, a vida política local costuma interagir intensamente com a nacional. O que acontece nas cidades, inclusive as pequenas, repercute de fato no conjunto do sistema político. É o caso, por exemplo, de certas democracias do norte da Europa.
No Brasil, pensando em termos de seu impacto no encaminhamento das questões nacionais, as eleições municipais já foram muito mais importantes que hoje.
Nos menos de 20 anos que durou a República de 1945, elas desempenharam um papel inteiramente diferente do que passaram a ter depois da redemocratização. Conquistar prefeituras, possuir boa representação no maior número possível de Câmaras de Vereadores, eram elementos cruciais para os partidos nas eleições estaduais e presidenciais." 
Leia a íntegra em Repercussões Nacionais das Eleições Municipais
Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
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O papel de Dilma
Merval Pereira, O Globo
"Neste ponto é que me interessa especular sobre o “papel” da presidente Dilma nesse processo tão rico quanto conturbado que estamos vivendo.
A faxina ética que agora rejeita como objetivo de seu governo foi um papel que exerceu durante a crise do Ministério dos Transportes apenas com fins marqueteiros, para saciar a sede de justiça da sociedade sem colocar em risco seu apoio político, visto que o PR é um partido pequeno que não tem como viver longe do poder?
Ou é um anseio verdadeiro que ela está sendo obrigada a relevar devido às pressões políticas internas, inclusive do próprio ex-presidente Lula?
“O fato é que, assim como o combate à hiperinflação acabou dando resultado com o Plano Real por que a sociedade já estava esgotada por um processo histórico que prejudicava a todos, também o combate à hipercorrupção que assola historicamente o país parece estar chegando a um ponto de não retorno, mesmo que a Presidente dê mostras de que está prestes recuar, ou pelo menos quer dar uma parada estratégica no processo que desencadeou para tentar rearrumar sua base de apoio."
Leia a íntegra em O papel de Dilma
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Cabral afirma que desconhecia novo contrato com a Delta
Folha de S. Paulo
O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse ontem em Madri desconhecer os novos contratos que o governo fluminense firmou com a construtora Delta no valor de R$ 37,6 milhões.
Em viagem oficial à Espanha, ele afirmou que não soube da assinatura dos contratos, publicados no "Diário Oficial" de seu governo, antes de a imprensa divulgar o caso.
"Eu tomei conhecimento com a imprensa, não estava nem sabendo" disse.
A relação pessoal de Cabral com o empresário Fernando Cavendish, da construtora, se tornou pública após um acidente de helicóptero na Bahia que matou sete convidados do aniversário do empresário, entre eles uma nora de Cabral.
Ao ser questionado sobre os motivos de voltar a contratar a Delta, de novo sem licitação, o governador disse que a assinatura dos contratos não é de sua responsabilidade.
"Isso não é comigo, é com a Secretaria [estadual] de Obras [a cargo de seu vice-governador, Luiz Fernando Pezão]", afirmou.
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CGU: 100 % dos convênios do Turismo são irregulares
Fábio Fabrini, O Globo
Quem pagaria R$ 187,5 mil, dinheiro suficiente para comprar sete carros populares, pela elaboração de uma página de relatório? Em tempos de "fazer mais com menos" na administração pública, foi quanto o Ministério do Turismo repassou, num de seus contratos, à Fundação Universa - cujo coordenador de projetos e presidente da Comissão de Licitações, Dalmo Antonio Tavares Queiroz, foi preso na Operação Voucher, da Polícia Federal.
A história é só uma entre dezenas apontadas em relatórios da Controladoria Geral da União (CGU), fruto da balbúrdia administrativa e da falta de fiscalização sobre a aplicação de verbas transferidas a prefeituras e entidades sem fins lucrativos.
Sob a gestão de quatro ministros e três partidos (PTB, PT e PMDB), a pasta já usou recursos do contribuinte para bancar estudos com trechos copiados da internet, festas cujos convites são vendidos ao público e até anúncios de operadora privada de turismo em jornais.
Um relatório concluído ano passado mostra que muito disso poderia ser evitado, caso o ministério apreciasse as prestações de contas obrigatoriamente apresentadas por seus conveniados em tempo hábil e com rigor. A CGU examinou 1.644 convênios, cuja vigência se encerrou até 31 de outubro de 2009, e constatou que todos estavam há mais de 60 dias pendentes de análise, contrariando normas da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
É justamente o parecer sobre as contas que bloqueia, em caso de irregularidades, o repasse de mais dinheiro para entidades suspeitas. A demora salvaguarda os responsáveis para continuar contratando com a pasta e, não raro, praticando fraudes.
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Para desmontar esquemas de corrupção, Dilma precisa da sociedade civil
Silvia Amorim e Carolina Benevides, O Globo
A faxina iniciada pela presidente Dilma Rousseff para reduzir os focos de corrupção no governo federal tem sido creditada pela sociedade, em parte, a um traço de personalidade da presidente. Há quem identifique nela uma intolerância maior em relação à corrupção em comparação ao antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas ninguém nutre expectativas de que, sozinha, Dilma conseguirá seguir muito além do que já foi, desmontando esquemas de corrupção alimentados pelo loteamento político da máquina pública. Até porque muitos dos partidos que a apoiam são contra a faxina.
- A sociedade tem que apoiá-la ou ela não conseguirá governar - opina Ney Matogrosso.
Na terça-feira que vem, a Frente Suprapartidária Contra a Corrupção e a Impunidade, lançada semana passada por um grupo de senadores que apoiam a faxina, fará um ato no Congresso para receber apoio de diversas entidades.
(...) - Mesmo que a opinião pública fracasse, o governo tem a obrigação de combater a corrupção. Não podemos depender só da opinião pública, ainda que toda manifestação que cobre mudanças seja benéfica. Nós temos leis. No mais, se Dilma continuar a faxina, terá sua ação facilitada. Vai ganhar respeito e autoridade - Célio Borja, jurista e ex-ministro da Justiça.
- Nossa obrigação é apoiar. O Congresso fez a vida inteira de um jeito, os políticos acham que estão imunes. Pode até ser que a presidente erre em algum momento. Mas acho excelente que a casa comece a ser arrumada. Vejo com bons olhos, acho saudável esse movimento, como um recado que diz: não é mais assim que a banda toca, não é como você pensa que é - Marina Person, cineasta.
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Com faxina, Dilma reforça imagem diferente de Lula, diz Jarbas
Adriana Mendes, O Globo
Entre os integrantes da frente suprapartidária de combate à corrupção e à impunidade, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) foi enfático no apoio à presidente Dilma Rousseff para que ela amplie a faxina no governo. Único peemedebista contrário ao governo, o senador completa 69 anos terça-feira, data da primeira reunião da frente suprapartidária na Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Em entrevista ao GLOBO, Jarbas avalia que Dilma busca se diferenciar do ex-presidente Lula e prevê um conflito entre "criador" e "criatura" para a disputa na eleição presidencial de 2014. "A corrupção está incorporada à paisagem brasileira. É como se fosse um outdoor e já está generalizada no governo".
A frente contra a corrupção vai crescer?
O movimento só se consolida e só se expande se a presidente tomar uma medida uniforme com relação a todos os partidos. Não adianta ela fazer o que fez com relação ao Ministério dos Transportes e ficar de faz de contas em relação aos outros. Dilma só consolida essa posição dela, que é uma posição louvável, se ela tiver apoio da sociedade, das entidades, da mídia e do Congresso.
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Aécio diz que faxina ética de Dilma é slogan de campanha
Thiago Herdy, O Globo
O senador Aécio Neves (PSDB) classificou como "slogan de campanha" a faxina ética realizada pelo governo Dilma Rousseff (PT), que já resultou na queda de quatro ministros e auxiliares. Durante o ato de oficialização da criação do braço sindical do PSDB mineiro, o ex-governador de Minas criticou o que chamou de "aparelhamento da máquina pública" pelo PT e a formação de feudos partidários, em sua opinião verdadeiros responsáveis por distorções que levam à corrupção.
- O governo acorda todos os dias, deve abrir os jornais quase que como filando uma carta de baralho para saber quem é o próximo denunciado, para a partir daí agir. Se ninguém denunciou naquela semana, tá muito bom. Para um governo com oito meses apenas de duração, já está muito envelhecido - criticou Aécio, que defendeu medidas pró-ativas de combate à corrupção, como a ação de auditorias e da Controladoria Geral da União para o controle da corrupção.
O senador ironizou a aproximação entre Dilma e o tucano Fernando Henrique Cardoso nesta semana, durante lançamento do programa Brasil sem Miséria em São Paulo:
- Acho que a presidente está incomodada com alguns dos seus aliados, talvez tenha buscado estar um pouco mais próxima dos tucanos - disse.
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Dilma corta gastos de ministros aliados e poupa áreas do PT
Investimentos de petistas cresceram 13,7%, mas pastas de outros partidos investiram 4,8% menos que em 2010
Impacto desigual do aperto fiscal contribui para alimentar tensão na base de apoio ao governo no Congresso
Gustavo Patu, Folha de S. Paulo
O controle de gastos promovido pelo governo Dilma Rousseff poupou ministérios controlados pelo PT e atingiu com mais força os que estão nas mãos dos outros partidos que apoiam o governo, contribuindo para alimentar a tensão na base de sustentação do Palácio do Planalto.
Uma análise detalhada das contas do Tesouro Nacional mostra que, nas dez pastas entregues no início do governo a PMDB, PR, PSB, PP, PDT, e PC do B, os investimentos caíram 4,8% no primeiro semestre deste ano.
O desempenho contrasta com o dos 13 ministérios da cota petista: em conjunto, eles investiram 13,7% a mais do que na primeira metade do ano eleitoral de 2010, sem considerar as cifras modestas do apartidário Itamaraty e das secretarias especiais vinculadas à Presidência.
Embora sejam teoricamente prioritários para o Executivo federal, os investimentos -obras de infraestrutura e compras de equipamentos destinadas a ampliar a capacidade produtiva da economia- viraram o principal alvo do ajuste fiscal.
Trata-se do único grande grupo de despesas federais que sofreu redução real neste ano, depois de considerada a variação da inflação.
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Desconfiado de Dilma, PMDB faz plano para 2014
Descontentes com tratamento do PT e receosos sobre empenho da presidente para manter aliança, dirigentes preparam candidaturas
João Domingos, O Estado de S.Paulo
Nas reuniões com dirigentes estaduais e municipais do PMDB Brasil afora, o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO), insiste em dizer que todos devem estar preparados para a possibilidade de trabalhar por um candidato da legenda à sucessão da presidente Dilma Rousseff.
“Nós temos de construir nomes para a sucessão em 2014”, disse Raupp ao Estado. “Temos vários, mas outros podem surgir.” Os peemedebistas, que já se movimentam para 2014, têm três nomes neste momento. Um deles é o do vice Michel Temer (SP). Os outros são os do ex-ministro Nelson Jobim (Defesa) e do governador do Rio, Sérgio Cabral.
Por trás dessa defesa da candidatura própria há dois recados do PMDB. Um, dirigido aos peemedebistas descontentes com a forma como julgam estar sendo tratados pelo PT na aliança, com denúncias de corrupção nos ministérios em que atuam. O outro recado é destinado à presidente Dilma Rousseff, uma esfinge que o partido não consegue decifrar.
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Uma doença chamada propina
Fabíola Gerbase, O Globo
A dor de pessoas doentes no momento de uma internação de emergência pode ser motivo de satisfação e lucros para um grupo de profissionais de saúde no Rio e em municípios vizinhos.
Para aumentar a ocupação de seus leitos e engordar os cofres, pelo menos 14 hospitais de pequeno e médio porte pagam propina a técnicos de enfermagem e médicos de firmas de remoção hospitalar para que levem pacientes para internação a seus quartos e CTIs, revela reportagem de Fabíola Gerbase, publicada este domingo pelo GLOBO.
Os valores pagos por doente variam de R$ 50 a R$ 600, dependendo do plano de saúde e da gravidade do caso.
Um funcionário da empresa Vida Emergências Médicas, sediada em São Cristóvão, que decidiu deixar o esquema revelou que as propinas rendem, em média, R$ 10 mil por mês para os integrantes da máfia das internações que trabalham nas ambulâncias.
Segundo ele, cerca de 50 hospitais privados no Rio e na Região Metropolitana mantêm a prática, conhecida como "indicação de vaga" ou "bingo". O GLOBO conseguiu confirmar a prática em 14 de 20 estabelecimentos.
- Isso acontece há mais de um ano. Saí porque cansei de ver gente sendo jogada em CTI sem precisar, correndo risco de pegar infecção hospitalar. Estão internando muita gente pela propina. Como esses pacientes são levados por ambulância de uma empresa credenciada no plano de saúde, as seguradoras liberam a internação mais rápido - diz o funcionário da Vida Emergências Médicas, mais conhecida como Vida UTI Móvel, que informa em seu site ter 60 UTIs móveis e 300 médicos de emergência.
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Especialista diz que Light não investiga explosões
Taís Mendes, O Globo
Enquanto uma empresa contratada pela prefeitura vistoria, em caráter de emergência, as câmaras subterrâneas da cidade, após uma sequência de explosões em bueiros do Rio, um especialista faz um alerta: a Light não tem uma estrutura montada para investigar as causas dos acidentes registrados nos últimos anos.
É o que revela reportagem de Taís Mendes, publicada na edição deste domingo do GLOBO. De acordo com o engenheiro eletricista Estellito Rangel Junior, secretário da Divisão Técnica Especializada de Engenharia de Segurança do Clube de Engenharia do Rio, o plano de investimentos anunciado pela concessionária de energia estaria voltado apenas para aumentar a capacidade de atendimento aos consumidores e não para implementar ações visando atacar as causas das explosões.
(...)
Segundo o engenheiro, o sistema da Light segue um modelo americano, elaborado nos anos 20. Ele ressalta que um ponto preocupante é o método queima livre, ainda empregado pela Light na rede subterrânea secundária (a que alimenta os consumidores) e que hoje não é mais recomendado. Pelo sistema, os curtos-circuitos não são interrompidos por dispositivos de proteção, mas pelo próprio derretimento dos cabos.
- Nos anos 30, os americanos começaram a desenvolver fusíveis especiais de proteção porque foi constatado que nem sempre o curto era interrompido com a queima do cabo. A filosofia de concepção do queima livre pode ser muito eficiente, considerando a continuidade do serviço porque não há interrupção do fornecimento ao consumidor, mas é considerada uma prática condenável já que libera enorme energia, contribuindo para graves eventos em bueiros - afirmou.
De acordo com o especialista, um estudo feito pela concessionária de energia de Nova York mostra que 85% dos acidentes em bueiros de 2004 a 2006 foram provocados por falha no isolamento. Destes, 97% tiveram como causa problemas no cabo secundário, os da queima livre.
- E o relatório da Light, em 2011, anuncia que seu sistema é o queima livre. Então, estamos atrasados pelo menos 80 anos, uma vez que na década de 30 foram desenvolvidos dispositivos limitadores de corrente para melhor proteção do sistema - criticou.
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10 dos mais ricos do país perderam R$ 30,8 bilhões com queda na Bolsa
Bruno Villas Bôas, O Globo
O tombo dos mercados internacionais tornou um pouco menos doce a vida de bilionário no Brasil, especialmente aqueles que têm seu patrimônio atrelado ao humores dos investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Dez das pessoas mais ricas do país perderam somadas, este ano, R$ 30,8 bilhões com a queda das ações de suas empresas no mercado. É como se lhes escorresse entre os dedos uma BRF-Brasil Foods, a dona das marcas Sadia e Perdigão e terceira maior exportadora brasileira.
Levantamento do GLOBO com base em documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que a fortuna em Bolsa dos maiores ricaços brasileiros - como banqueiros, industriais e varejistas, entre outros - recuou de R$ 85,7 bilhões para R$ 54,8 bilhões nos últimos oito meses. Essa perda, claro, pode ser apenas temporária, afinal, eles não venderam suas participações acionárias e o mercado pode se recuperar.
Somente o empresário Eike Batista, homem mais rico do Brasil e sétimo do mundo segundo a revista "Forbes", perdeu R$ 19,8 bilhões este ano. Esse foi o tamanho da queda do valor de mercado das ações que possui nas empresas "X", letra com a qual batiza suas seis companhias listadas na Bolsa.
Nada que tire a noite de sono do bilionário de Governador Valadares, que ainda tem R$ 31,7 bilhões com as ações das empresas. Tanto que, há duas semanas, ele comprou mais um jatinho para sua "frota" particular, a um custo de US$ 10 milhões. 
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Serviços não dão trégua: IPCA-15 tem a maior taxa desde 2005
Fabiana Ribeiro, O Globo
A esperada trégua na inflação, em resposta à crise nos EUA e na Europa, pode não trazer alívio nos preços dos serviços ofertados às famílias brasileiras. Uma pressão que, mais uma vez, apareceu no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) - que chega em agosto com variação de 0,27%, ficando acima das expectativas do mercado.
O índice medido pelo IBGE é uma prévia da taxa oficial de inflação. Neste mês, os preços da refeição em restaurante, fortemente influenciados pelos serviços, tiveram a maior contribuição para a taxa de agosto, respondendo por 15% do índice.
A inflação de serviços está, portanto, no centro do debate da política monetária. Subiram de patamar, juntamente com a renda dos brasileiros, os valores cobrados em salões de beleza, estacionamentos, oficinas, academias, médicos... Preços que vão e dificilmente voltam - ao contrário do que se observa nos alimentos que podem ficar mais baratos em resposta à safra, demanda mundial ou consumo.
Neste mês, a inflação de serviços ficou em 0,46% - quase o dobro da inflação geral. Em 12 meses, encareceram 8,85%, e isso sem considerar os preços da alimentação fora de casa, que também embute serviços. No índice cheio, a inflação acumulada no período está em 7,10%, a maior desde junho de 2005.
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Empresas usam brechas do Mercosul para não pagar imposto no Brasil
Indústrias se mudam para Argentina, Uruguai e Paraguai para importar insumos e exportar produtos para o Brasil sem pagar tarifas
Raquel Landim, O Estado de S.Paulo
Vários setores estão sofrendo com a concorrência de empresas que se instalam no Mercosul para utilizar brechas nas regras do bloco e pagar menos imposto. O objetivo é vender no Brasil, mas transferir parte da produção aos vizinhos garante vantagens que tornam o produto mais competitivo que o fabricado localmente.
Ao se estabelecer na Argentina, no Uruguai ou no Paraguai, empresas brasileiras e multinacionais obtêm benefícios como importar insumos sem pagar tarifa de importação e isenção de Imposto de Renda. Além disso, aproveitam a guerra fiscal no Brasil e trazem o produto por portos que cobram menos ICMS.
Como os países do Mercosul integram um mercado comum, os produtos circulam sem pagar impostos. Também há reclamações contra Chile, Bolívia e México, nações com as quais o Brasil mantém acordos que permitem a movimentação de mercadorias sem taxas aduaneiras.
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2 comentários:

  1. Gostaria de comentar a materia sobre a Light. Percebo que nem todos estao "anestesiados" apos tanta desinformaçao sobre as explosoes de bueiros em S. Paulo, Belo Horizonte e em especial no Rio de Janeiro. O especialista Estellito mostrou que existe mais de uma causa, e com trabalho de engenharia eh possivel encontra-las e depois, implantar um "Pareto" para fazer o plano de combate. Causa espanto a ausencia de açoes efetivas por parte da ANEEL durante todo este tempo. Ninguem cobra soluçao, os bueiros continuam explodindo, por causa da CEG, da CEDAE, sempre os outros sao os culpados.

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  2. Nos sentimos honrados com o seu comentário.

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