NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

sábado, 12 de junho de 2010

Cérebro do corrupto pode não reconhecer certo e errado, mas reage a punição.

A punição ajuda a coibir a tendência do cérebro à corrupção
Cérebro de um corrupto é diferente do normal?

Em ano de eleições, todo mundo procura avaliar qual o político que não é corrupto ou corrompível. Mas, segundo pesquisadores, essa qualidade pode ser explicada por mecanismos cerebrais. O tema foi debatido no 6° Congresso Brasileiro de Cérebro Comportamento e Emoções, que termina neste sábado (12), em Gramado, no Rio Grande do Sul.

“Não há estudos sobre neurobiologia da corrupção, mas existem sobre comportamentos antissociais, e a corrupção é um comportamento que se insere neste contexto”, explica André Palmini, neurologista da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

Todos os estudiosos que participaram do evento concordam em um ponto: independente do que leva alguém a ser corrompido, a punição é um dos elementos mais fortes para coibir essa tendência no cérebro. “A punição gera reações emocionais no cérebro que não passam pelo juízo de valor”, explica o neurocientista Antoine Bechara, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA.

Jáderson Costa, do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, destaca que, apesar de algo ter sido aprendido como certo ou errado, existe um processo no cérebro que pode reforçar, ou não, uma informação. Isso pode acontecer com gratificação - que reafirma o ensinamento -ou punição, que seria um reforço negativo.

Para Palmini, a corrupção é composta por vários fatores que passam por diferenças no cérebro de cada um, personalidade, interação com o meio ambiente, oportunidade e contexto para que essa ação seja disparada e facilitação do comportamento. “Se a pessoa não tiver perspectiva de punição, isso é analisado como um facilitador”.

“A corrupção é um fenômeno cultural e mostra como a sociedade aceita os desvios”, acredita Costa. Se for menos aceito, será menos praticado. O "jeitinho brasileiro", portanto, é apontado como uma vulnerabilidade. “Dar gorjeta para conseguir algo ou subornar policial são distorções na moral”, sentencia.

Pesquisa realizada na UFF (Universidade Federal Fluminense) com 2363 pessoas em 2002, com as cinco regiões do Brasil, e publicada em 2007 revela que o Brasil é um país moralmente dividido. “Cerca de 90% acham que é corrupção enriquecer usando cargos do governo, mas muitos não veem problemas em beneficiar amigos em bancos, hospitais ou escolas”, conta.

Lilian Ferreira* De Gramado
* A editora-assistente viajou a convite da organização do evento

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