NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Moradores lotam calçadas e janelas para saudar policias e fuzileiros que seguiam para a Vila Cruzeiro

No trajeto de cerca de 15 quilômetros, entre a base da Marinha, em Duque de Caxias, e o trecho da Avenida Brás de Pina em frente ao Hospital Getúlio Vargas - a poucos metros da Vila Cruzeiro -, o comboio da Polícia Militar e dos Fuzileiros Navais teve seu momento de glória ao passar pela Avenida Lobo Júnior, na Penha. O aparato bélico chamava atenção e quem estava trabalhando deixou o serviço de lado para ver o grupo passar. Além das caminhonetes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), com policiais armados e à vista de todos, havia seis blindados da Marinha e motociclistas do Batalhão de Choque.

Nas esquinas e em frente às lojas e prédios, as pessoas se agruparam e, como se estivessem nas salas de cinema assistindo ao sucesso "Tropa de Elite 2", aplaudiam e gesticulavam, demonstrando apoio.

Muitos dos espectadores apontavam em direção à Vila Cruzeiro, como se indicassem o caminho; outros, registravam a passagem do comboio em seus celulares.

As cenas de apoio e admiração tiraram dos rostos do "caveiras", por pouco segundos, o ar sisudo de quem estava indo para a guerra. Ao passarem pela esquina entre a Avenida Lobo Júnior e a Rua Aipai, os policiais perceberam dezenas de pessoas no alto do prédio de uma fábrica de roupas íntimas. Alguns dos homens de preto sorriram e um deles retribuiu um aceno.

Água para quem vai à guerra
Quando o grupo desembarcou, próximo ao Hospital Getúlio Vargas, atraiu muitos curiosos. E uma cena rara em operações policiais mostrou o apoio que a população está dando à decisão de confrontar os traficantes da Vila Cruzeiro: alguns moradores deixaram suas casas para oferecer água aos policiais.

Com 14 anos no Bope, um cabo, que não se identificou, disse nunca ter visto, em sua carreira, uma situação tão extrema. Ele se mostrou satisfeito com a recepção da população e disse que tal atitude do estado é necessária.

- Tínhamos que fazer isso. Vamos entrar para ganhar essa guerra - comentou.

O comerciante Ruan Galhardo, de 61 anos, estava com amigos, em um bar, acompanhando a movimentação do Bope e dos fuzileiros.

- É muito bom, sim. Queremos que a situação melhore. Quando cheguei ao Rio, na década de 1970, os policiais não precisavam usar essas armas todas. A operação de hoje precisa existir, do contrário, não teremos sossego - comentou Galhardo, que trocou Pernambuco pelo Rio há 30 anos.

Moradora da Avenida Braz de Pina, uma mulher que não quis se identificar, chorava sem controle com a presença dos blindados. Ela disse que iria para casa de parentes até a confusão acabar.

- Tenho medo. Sei que eles precisam fazer isso, mas não vou ficar aqui - desabafou.

Morador da Penha desde que nasceu, um policial militar que estava de férias foi acompanhar o trabalho de seus colegas. Ele chegou a procurar os oficiais de comando e se ofereceu para trabalhar.

- Uma ação dessa era necessária. Estávamos presos dentro de casa. Eu tinha um sentimento de insegurança e vergonha de morar em um local assim. Agora, acho que a coisa vai melhorar - disse.

Acompanhando a ação policial na tarde de ontem, o diretor executivo do Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (Ibis) que funciona no interior da Vila Cruzeiro, Nanko van Buuren, disse que, anteontem, moradores começaram a deixar suas casas na favela. Ele contou que liberou os 47 funcionários da instituição e dispensou os alunos. O diretor do Ibis acrescentou que, ontem, só ficaram na Vila Cruzeiro os moradores que não tinham para onde ir. Nanko van Buuren disse ainda que traficantes estavam esperando a guerra, com câmeras monitorando toda a favela.

- Todos estávamos esperando essa reação. É um dos morros mais armados do Rio. Moradores queriam sair dessa clausura - disse.

Nas principais ruas dentro da Vila Cruzeiro, moradores não conseguiam conter a alegria. Alguns chegavam até a lamentar a oportunidade perdida pelos policiais ao deixar os traficantes escaparem pelo alto do morro. Perguntavam aos PMs e policiais civis, porque eles não usaram helicópteros para interromper a escapada e surpreender o bando em fuga. Os mais velhos falavam em novos tempos: a Penha voltaria a ser um bairro valorizado na Zona Norte.

- Quando eu vim morar aqui, o bairro era respeitado; várias empresas instaladas; imóveis eram valorizados. Depois, com a chegada do tráfico, virou praça de guerra - dizia um senhor num dos poucos bares que permaneceu aberto durante a guerra entre polícia e bandidos.

Outro morador lembrava a força do Estado:
- É só o Estado querer. Tá provado aí. Tirando alguns policiais que vinham aqui conversar com o tráfico, o estado entra em qualquer lugar quando quiser - disse.

Algumas pessoas comentavam como era viver sob o domínio do tráfico:
- Eles tratava a gente como cachorro. Mandavam e desmandavam dos moradores. Agora correm; fogem. Com a gente é fácil dar uma de valentão - lembrou um morador.


COMENTÁRIOS...
Aline_Carioca: - 12h 38m
Que tal os bandidos dominarem a comunidade do pé-junto lá no Caju?????

Aline_Carioca - 12h 37m
Se deixar fugir ou mandar para Bangu, eles farão a mesma coisa depois. Tem que mandar para o Caju, sem pena! [1]

CelaBENGLY - 12h 22m
Sinceramente,
Eles agora podem entrar, atirar e matar, nenhum direito humano fará frente a População do RJ !! Os moradores inocentes das favelas querem PAZ e para isso os criminosos tem que MORRER, a População do RJ quer PAZ e para isso os criminosos tem que MORRER... Basta de pagar impostos e nos sentirmos presos em casa, Basta de ter medo de andar de carro e levar um tiro ... BASTA !! PARABÉNS A TODOS que estão entrando nas favelas ... MATEM OS BANDIDOS, TOLERÂNCIA ZERO PARA ELES !!!

Viviane Abreu Soares Rodriques - 11h 59m
É impressionante como determinadas pessoas se deixam levar por emoções e pelo imediatismo. Defende, por exemplo, que a polícia deveria ter metralhado os bandidos em fuga, filmados pela Globo. Se isso fosse feito, Beltrane cairia no dia seguinte e todo o trabalho em curso estaria perdido. Há alguns anos, policiais em um helicóptero atiraram em bandidos em fuga na zona oeste e foi um escândalo. É obvio que não se pode atirar em bandidos desta forma, sem que o mundo inteiro caia de pau no Brasil.

Brazzil - 11h 47m
Ainda falta explicar por que deixaram escapar um batalhão armado e que poderia ser facilmente cercado e alvejado se estivesse no "planejamento".

LUIZ ANTONIO SOBREIRO PEREIRA- 11h 26m
Pra cima deles. Brasil acima de tudo

Gabriella Turbiani- 11h 13m
"o estado entra em qualquer lugar quando quiser"... Deu pra ver que é uma verdade. E porque já não foi feito antes? Porquê foi feito só agora por causa da Copa e Olimpíadas? Antes não valia a pena?É uma vergonha que eles tenham tomado conta por tanto tempo, sendo tão fácil expulsar esses criminosos. Mesmo que tudo ainda não tenha acabado, já se mostrou que é possível se for uma ação conjunta.

Pilarense - 10h 06m
O bom dessa reportagem é que ela mostra aos CARIOCAS que nem todos os que moram em favela são a favor do tráfico. A proporção é de 1 em cada 1000 que apoia o tráfico.
O CARIOCA é muito superficial e mal informado, só após esse acontecimento para ver quem realmente é bandido e inocente e quem mora em morro não tem escolha e que vivemos em um país de mentira.
Parabéns a policia!!

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