NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bancada diz que Rio perdeu R$66,8 milhões com cortes

Autora:Cristiane Jungblut
O Globo - 14/02/2011
Os vetos realizados pela presidente Dilma Rousseff já geraram um corte efetivo de R$1,87 bilhão no Orçamento da União de 2011, sendo que R$1,35 bilhão em emendas individuais e coletivas e outros R$515,9 milhões de verba da proposta original enviada pelo Executivo. Segundo levantamento de técnicos em Orçamento do PSDB, a "faca" nas emendas afetou tantos os partidos aliados - às vésperas da votação do mínimo - como da oposição. E provocou perdas de R$66,8 milhões em ações e programas do Rio de Janeiro.

Foram retirados, por exemplo, recursos destinados a Apaes sediadas em cidades do Rio de Janeiro. Em termos de emendas individuais, os parlamentares do Rio perderam R$87,4 milhões.

Mas grande parte desses cortes em emendas, segundo o governo, resultam da retirada de emendas paroquiais e até com problemas de destinação. No final do ano, o Congresso aprovou a proibição da destinação de emendas justamente para entidades privadas, que tinham como objeto a realização de eventos, no caso dos Ministérios do Turismo e da Cultura.

Quanto ao Rio de Janeiro, os cortes afetaram ações em 26 municípios. Do total de 66,8 milhões, R$43,4 milhões foram de ações e programas fixados de forma genérica ao Estado do Rio de Janeiro. A maioria dos cortes é justamente na área social, em ações como Estruturação de Rede Social nas cidades, Projetos de Inclusão Digital e ainda recursos para espaços culturais.

Há um corte de R$1 milhão, por exemplo, de verba que seria destinada à "Capacitação de Profissionais para Atendimento a Mulheres em Situação de Violência" do Centro de Estudos e Pesquisas em Saúde Coletiva (Cepesc-RJ). Outro corte de verba de R$ 200 mil que iria para a "Capacitação de Profissionais para Atendimento a Mulheres em Situação de Violência Casa da Cultura Centro de Formação Artística e Cultural da Baixada Fluminense". E outro de R$100 mil para o "Apoio a Iniciativas de Prevenção à Violência contra as Mulheres no Estado do Rio".

Corte afetou verba destinada para as Apaes
Há ainda cortes para conhecidas entidades, como as Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). No caso de Búzios, foram cortados R$200 mil que seriam destinados à "Estruturação da Rede de Serviços da Proteção Social Especial da Apae", segundo o PSDB. Em Barra Mansa, foi feito outro corte para o mesmo tipo de ação da Apae, no valor também de R$200 mil.

- Isso é um absurdo! - protestou o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), um dos mais afetados em suas emendas.

No Orçamento geral, dos R$7,7 bilhões destinados a emendas individuais no Orçamento, R$539,5 milhões já foram simplesmente cancelados agora, ou 7,01% do total. Dos R$539,5 milhões cortados das emendas individuais, a maioria foi retirada dos partidos aliados: R$369,2 milhões, ou 68,4%. Outros R$170,3 milhões foram retirados dos partidos de oposição, ou 31,6%.

No caso das emendas coletivas (de bancadas e de comissões), dos R$7,9 bilhões fixados foram já cortados R$811,9 milhões, ou 10,3% do total.

De forma inédita, o governo não esperou o decreto de programação orçamentária para fazer o contingenciamento, decidindo fazer um corte definitivo já nas despesas.

Para se ter uma ideia, segundo o levantamento dos tucanos, os parlamentares do PMDB perderam R$70,7 milhões, significando 13,1% do corte nas individuais. O PT foi o que mais sofreu, sendo afetado com 14,9% do corte nas individuais dentro da base aliada, ou R$80,4 milhões.

No caso da oposição, o PSDB foi o partido que mais perdeu dentro do corte nas individuais: 16,4%, ou R$88,6 milhões. O DEM perdeu R$60,3 milhões, ou 11,2% do corte.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), acredita que o governo mostra que a decisão de já cortar definitivamente torna claro que havia "gastança". Ele disse que o governo poderia ter negociado as áreas e projetos a serem cortados.

- É uma afronta ao Congresso, porque não foi contingenciamento, foi feito sem negociar, de forma imperativa, como nunca antes na história desse país - disse Duarte Nogueira.

Na próxima segunda-feira, o PSDB deve apresentar o levantamento aos demais partidos. Os recursos para Apaes foram um grande embate entre Dilma e o tucano José Serra na campanha presidencial do ano passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos o seu comentário...