NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Recadastro no Bolsa Família

Autor: Igor Silveira
Correio Braziliense - 16/02/2011
A erradicação da miséria, tratada como a principal bandeira do governo federal pela presidente Dilma Rousseff, tem no Bolsa Família — programa de distribuição de renda — uma das alternativas para ser cumprida. Por isso, o recadastramento dos beneficiados, iniciado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), é duplamente importante. Primeiro, porque ajuda no controle das famílias que ainda precisam receber o dinheiro e, segundo, porque mostra o número de pessoas que não precisa mais da ajuda porque conseguiram ascender socialmente. Neste ano, cerca de 1,3 milhão de famílias precisam renovar as informações cadastrais nas prefeituras das cidades onde moram. Quem não efetuar o procedimento pode ter o benefício bloqueado após 31 de outubro.

De acordo com informações divulgadas pelo MDS, informar mudança de endereço ou melhoria na renda mensal, por exemplo, é fundamental para que a gestão do programa mantenha a eficiência. A lista de quem precisa participar do processo de revisão deste ano está disponível para os gestores de cada município por meio do Sistema Integrado do Programa Bolsa Família. As famílias com os Números de Identificação Social (NIS) terminados entre 1 e 6 vão receber mensagens para atualizar os dados no extrato do pagamento deste mês.

A dona de casa Natália Gerônimo da Silva, 24 anos, moradora da Estrutural ficou com medo de perder o benefício ao receber o aviso que tem de fazer o recadastramento. O dinheiro que ganha por meio do Bolsa Família, R$ 130 por causa de quatro filhos que estão na escola, ajuda a mulher a manter as contas em dia da casa que divide com o marido, Isac Marques da Silva, 29 anos, e outras seis crianças. “Com o auxílio, eu consigo comprar material escolar e vestimenta para os meninos. Na primeira vez em que nos cadastramos, não tive qualquer problema e espero que continue assim neste ano”, conta Natália.

Em funcionamento desde 2003, o Bolsa Família divide R$ 1,2 bilhão para famílias com renda per capita de até R$ 140. No ano passado, 1,1 milhão de beneficiados precisaram passar pelo processo de recadastramento e, desse total, 387 mil tiveram seus benefícios bloqueados em novembro porque não atualizaram os dados, segundo números do MDS.

Na pequena casa onde mora com o marido, Edvaldo Alves de Jesus, 41 anos, e mais sete filhos, a dona de casa Alzira Salles Miguel, 41 anos, explica que recebe mensalmente R$ 180 do Bolsa Família. “Meu marido não tem carteira assinada e, sem esse dinheiro, que recebo há três anos, não teria condições de manter meus filhos na escola, e o mais velho, com certeza, teria de trabalhar para ajudar nas despesas de casa”, pondera ela, que é uma das 23.755 beneficiadas no Distrito Federal que terá de passar pelo recadastramento.

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