Comperj quem bateu “palmas” agora pede socorro...

Em Porto das Caixas já existem mais de 300 famílias sem dormir por causa da CEDAE que pretende fazer no local onde eles residem há décadas uma obra cujo beneficio será exclusivo para o Comperj...

Atualmente o município de Itaboraí cresce sem nenhuma organização e enriquecendo o grupo dominante da Cidade... Sem água, esgoto e asfalto que só existem nas placas anunciando as obras sem as devidas normas legais; como valor gasto, duração da obra etc...

Quando uma obra é anunciada como a colocada na entrada da estrada do Pico (estrada da posse)... Nota-se a evidencia de ajudar exclusivamente a propriedade de um vereador local, pois nem ao viaduto a obra irá.

Ainda faltam dois anos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) começar a funcionar, mas a ‘chapa’ já esquentou em Sambaetiba, 4º distrito de Itaboraí. Inconformados com a trepidação dos tratores, caminhões, ônibus, carros e outras tantas máquinas pesadas que estejam rachando as ‘placas tectônicas’ do município – incluindo as casas dos habitantes do local – os moradores estão organizando uma manifestação do tipo ‘Basta Comperj!’.

O movimento cresceu com a insatisfação provocada pela divulgação, através de cartazes, do transporte de um supertransformador, com cerca de 400 toneladas, pela Rua S, que liga a RJ-116, até o parque industrial. Programado para o último domingo, a operação foi adiada devido ao mau tempo, e remarcada para o dia 24, o ‘Dia D’ da discórdia, já que, segundo os moradores, se a Petrobras não garantir a integridade das residências e do comércio, haverá um ‘racha’ geral na política de ‘boa vizinhança’ mantida até o momento entre eles para com a empresa.

Reunião – no dia 11/07/2011, às 13h, a presidente da Associação de Moradores e Agropecuaristas do Alto Jacu, Solange de Araújo Silva, 36 anos, atravessou os muros de segurança máxima do Comperj, para se reunir com representantes da estatal, para encaminhar, mais uma vez, a preocupação dos moradores. O convite para participar de uma ‘rodada’ de ‘panos quentes’ surgiu depois que ela ligou várias vezes para o número do tal cartaz 0800-789001 (opção 4).

Como o Comperj ainda não tem um ‘relações públicas’, foram nomeados para a negociação a Viviane, o Erickson, o Paiva e a Francine. Esses são os nomes dos responsáveis pelo canal de comunicação do maior empreendimento petrolífero do País, com o povo do lugar. Antes, porém, os moradores têm que ouvir uma gentil gravação, com voz feminina e anônima, via o 0800: ‘Bem-vindo a Petrobras... ’. A recíproca, contudo, não é a mesma.

“As máquinas da Petrobras estão acabando com as nossas casas. As ruas estão intransitáveis: quando chove é lama pura, e quando faz sol a poeira sobe. A nossa maior preocupação agora é com o transporte desse transformador, vai acabar de destruir tudo. Nós estamos abertos ao diálogo, mas o Comperj tem que garantir que a passagem dessa estrutura não vai causar mais prejuízos”, argumentou Solange.

De acordo com a presidente da associação, caso o impasse permaneça e a Petrobras não garanta a integridade dos imóveis, os moradores irão fechar a estrada... “Não pretendemos prejudicar o andamento da obra, mas estamos cuidando do nosso patrimônio”, justificou.

'Transformer' energizado

De acordo com os cartazes afixados pelo Comperj nos botecos ‘empoeirados’ de Sambaetiba, o ‘supertransformador’ irá alimentar a principal subestação de energia do polo petroquímico. Ele será transportado por dois caminhões e uma carroceria de 16 eixos e será levado como se fosse um bebê – devido ao tamanho ‘gigante’ e o peso – a uma velocidade de ‘caminhada’: 5 Km/h.

Veículos de apoio participarão da operação que vai mobilizar a Polícia Militar e a Prefeitura de Itaboraí. Enquanto a Rua S – confundida no texto dos cartazes por Rua 5 e Estrada Alto do Jacu (nomes que não existem) estiver interditada, duas vans – uma na frente e outra atrás da carreta, farão o transporte ‘0800’ para a Avenida Leopoldina e RJ-116, locais onde linhas de ônibus estarão funcionando.

A operação deve durar seis horas: das 6h às 12h. Ah, sim: para a passagem do equipamento será preciso desligar a energia em pontos não especificados pelo Comperj. Moradores, comerciantes e pousadas ficarão sem luz e sem telefone por tempo indeterminado. É o preço do progresso. E da tranquilidade também.

Vem aí 5 (cinco) reatores de já saíram da Itália com destino ao Comperj... Alguém sabe dizer onde a Petrobras divulgou um plano de emergência em caso de explosão de um desses reatores?

Lembramos que um reator igual ao que vem para o Comperj explodiu na Alemanha e jogou pedaços numa distancia de 8 kms.