NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

terça-feira, 18 de outubro de 2011

5 temas que você tem que conhecer

Autor: Flávio Costa
Isto é - 17/10/2011
Prepare-se para a prova e fique por dentro dos fatos que mexeram com o mundo e podem cair nas questões do Enem 2011
Além de testar os conhecimentos acumulados durante anos de estudo nas salas de aula, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) coloca em xeque a capacidade dos jovens de entender e interpretar os fatos que ocorrem no mundo à sua volta.
"É muito importante que o aluno esteja acompanhando o que acontece no planeta, já que o Enem utiliza os fatos do cotidiano para a elaboração das questões", explica Adilson Garcia, professor e diretor do colégio Vértice, primeiro colocado na prova do ano passado no Estado de São Paulo. Nada mais apropriado, portanto, em uma fase da vida na qual a informação é fundamental para a formação do caráter de uma nova geração de profissionais brasileiros. ISTOÉ ouviu educadores para chegar à seleção de cinco temas com fortes chances de fazer parte do exame do próximo fim de semana. Como a formulação das questões faz uso de acontecimentos do semestre anterior à realização da prova, elencamos fatos que mudaram o mapa político do planeta, mexeram com o meio ambiente e alteraram a ordem econômica do Brasil e do resto do mundo. Eles podem inspirar o tema da prova de redação e também têm a possibilidade de servir de mote para o enunciado de questões incluídas nas outras disciplinas do exame. Saiba como ISTOÉ noticiou esses acontecimentos e prepare-se para enfrentar o desafio. Boa sorte.
1 A Primavera árabe
Como o inconformismo das novas gerações e a sede por democracia mudaram o mapa político da região
Desde o fim do ano passado, o mundo acompanha, com certa dose de assombro, a queda de longevos regimes autoritários no norte da África e do Oriente Médio. O uso de redes sociais para organizar os protestos tornou-se umas das características mais marcantes dessa onda de revoltas provocada pela escassez de trabalho para a juventude e pela sede de democracia por parte da população de países árabes. A primeira ditadura a ruir durante a chamada Primavera Árabe foi a da Tunísia, ainda em dezembro de 2010. O suicídio de um desempregado, que ateou fogo ao corpo, acionou o pavio detonador da ditadura de 23 anos de Ben Ali.
Mas o país mais emblemático desta rebelião em cadeia é o Egito, peça-chave no jogo geopolítico, principalmente quando se trata do conflito entre Israel e Palestina. Durante 18 dias, a população tomou as ruas e praças das cidades egípcias para exigir a saída de Hosni Mubarak, que se viu enfraquecido ao perder o apoio dos Estados Unidos. Os americanos também tiveram participação efetiva na queda do tirano líbio Muamar Kadafi, durante uma guerra civil que ainda prossegue. Enquanto o Exército ficou à frente de uma transição conturbada no Egito, um governo provisório tomou posse na Líbia.
Mas algumas ditaduras, como as da Síria e do Iêmen, ainda resistem com violência, provocando repúdio na comunidade internacional. Segundo estimativas, milhares de mortes já ocorreram nos dois países. Analistas temem que um avanço de grupos de radicais islâmicos ocorra na região, que já é palco de uma intensificação de conflitos religiosos. Ainda é cedo para dizer se a democracia vai finalmente aflorar no mundo árabe.
2 Impasse nuclear
A explosão da usina de Fukushima, no Japão, voltou a colocar a energia atômica no banco dos réus
Mais uma tragédia atingiu o Japão, país pródigo em superar adversidades, no dia 11 de março. Um terremoto de 8,9 graus na escala Richter atingiu a costa do país asiático e gerou um tsunami, vitimando pelo menos 14 mil pes­soas. O desastre natural causou a explosão de parte da usina nuclear de Fukushima e liberou material radioativo, reacendendo o debate a respeito dos riscos decorrentes do uso desse tipo de energia. Em uma coincidência cruel, a tragédia japonesa ocorreu no ano em que o acidente de Chernobyl, na Ucrânia, completou um quarto de século.
Pesquisas recentes mostram que o nível da radiação liberada pela explosão em Fukushima revelou-se maior do que o esperado. Cerca de 80 mil pessoas foram evacuadas da região, que deve permanecer contaminada por vários anos. O acidente impulsionou um novo movimento internacional de rejeição à energia atômica (leia quadro). Como consequência, os 151 Estados-membros da agência nuclear da ONU firmaram acordo para aumentar o nível de segurança das usinas e alguns países revisaram seus planos de expansão.
Apesar do temor da opinião pública em relação a novas catástrofes, especialistas defendem a energia atômica como forma viável de superar a crise energética mundial. "A energia nuclear é a única tecnologia que pode substituir o consumo de carvão mineral. Os benefícios superam os riscos", afirma Patrick Moore, um dos fundadores e hoje dissidente do grupo de defesa do meio ambiente Greenpeace.
3 A Copa do Brasil
Por que o maior evento esportivo do mundo pode deixar uma herança ambígua no País do Futebol
A honra de sediar as competições esportivas mais importantes do mundo – a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 – pode resultar em um legado ambíguo para o Brasil, já que pairam mais dúvidas do que certezas a respeito dos cronogramas das reformas de aeroportos, das obras de infraestrutura nas cidades-sedes, e até mesmo da construção e reforma de estádios. Nos bastidores, a disputa adquire um caráter muito mais comercial. Entidade máxima do futebol, envolvida em uma série de escândalos, a Fifa fez uma lista de exigências ao governo brasileiro, que pode provocar mudanças em leis federais, estaduais e municipais. Além disso, o órgão impõe a contratação de fornecedores, quer o controle de toda a publicidade ligada à Copa e pede até a tipificação de novos crimes. Por sua vez, o Planalto dá indícios de que pode ceder em alguns itens da pauta da Fifa, mas faz jogo duro em questões complicadas como o direito à meia-entrada de jovens e idosos.
Em paralelo, entidades civis como o Ministério Público e a imprensa questionam seguidamente o governo a respeito dos gastos públicos para sediar as competições e a concessão de privilégios à Fifa, que terá incentivo fiscal durante o torneio. A previsão de despesa já supera o investimento nas últimas três Copas do Mundo, realizadas na África do Sul, na Alemanha e no Japão e Coreia do Sul.
Mas vale lembrar que assuntos políticos passam ao largo do Enem. “O exame pode trazer questões relativas ao urbanismo, como as alterações na infraestrutura das cidades ou o avanço da neurociência em pesquisas relacionadas ao esporte, tendo como pano de fundo notícias a respeito da realização de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada”, explica Adilson Garcia, diretor do Colégio Vértice, primeiro colocado no último Enem no Estado de São Paulo.
4 O fim de Bin Laden
A morte do terrorista aplacou a sede de vingança dos EUA e levantou a popularidade do presidente Barack Obama
Depois de uma década de caçada, os Estados Unidos conseguiram achar o esconderijo de Osama Bin Laden, líder da organização Al-Qaeda e mentor do maior atentado terrorista da história, em 11 de setembro de 2001. Um grupo de elite da Marinha americana localizou e matou o terrorista saudita em Abbottabad, no Paquistão. Ele viveu os últimos cinco anos em uma espécie de bunker de luxo, o que gerou suspeitas a respeito da cumplicidade do governo local. O corpo de Bin Laden foi jogado no Mar da Arábia, respeitando os preceitos islâmicos, segundo os americanos. "A Justiça foi feita", declarou o presidente Barack Obama.
Bin Laden já não tinha a mesma influência dos tempos em que comandava a Al-Qaeda a partir dos campos de treinamento afegãos e havia perdido o controle sobre os braços da organização no Iraque, no Iêmen e no norte da África, além das células independentes infiltradas nos Estados Unidos e na Europa. Hoje, ao menos dez organizações terroristas ainda operam com comparsas do inimigo número 1 dos americanos. "A morte de Osama Bin Laden aconteceu no mesmo momento em que a jihad perdia seu apelo entre os jovens árabes, ávidos por mais direitos civis, mais democracia e melhores oportunidades de trabalho", diz Roberto Canderolli, professor de atualidades do Colégio Móbile, em São Paulo.
5 A Crise na Europa
Uma reação em cadeia abalou a economia na zona do euro e levou insegurança a todo o continente
A receita para o fracasso é conhecida: descontrole de gastos públicos em economias pouco competitivas. Sem uma política fiscal unificada, a União Europeia enfrenta sua mais grave crise econômica. Espanha, Itália, Irlanda, Portugal e Grécia gastaram mais do que arrecadaram e recorreram a empréstimos a juros estratosféricos até o ponto em que suas dívidas não conseguiram mais ser financiadas.
A situação foi agravada pela crise de 2008 – provocada pelo estouro da bolha do mercado imobiliário americano – e levou os países europeus a adotar pacotes de ajuda bilionários que diminuíram suas arrecadações. Como consequência, o euro entrou em processo de desvalorização e agora ninguém garante que os 17 países-membros da União Europeia vão continuar a adotá-lo. Dono da economia mais forte do continente, o governo alemão enfrenta pressão de parte da população, que reluta em ajudar os vizinhos descompromissados com o rigor fiscal. Na Grécia, à beira do colapso, as ruas da capital Atenas viraram palco de protestos violentos contra o plano de austeridade fiscal, que inclui, entre outros pontos, demissões e congelamento dos salários do funcionalismo público.
O prejuízo na zona do euro, instituída pelo Tratado de Maastrich em 1992, ameaça ir além da esfera econômica. A crise pode fazer ruir as bases políticas do bloco originário na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, fundada em 1951, embrião da Comunidade Econômica Europeia. “É provável que o bloco saia reformulado desta crise, mas ninguém sabe como”, afirma Ricardo Amorim, economista e colunista de ISTOÉ.

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