NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Itaboraí – Precisamos de “Direitos” e não de “Favores”…

As carências se amontoam em Itaboraí e ações planejadas ainda estão longe do “regular”, para não dizer inoperacionais do ponto de vista “daquilo” necessário para a administrabilidade pública deslanchar. Mas passos estratégicos já foram iniciados neste sentido, já sendo uma importante vitória.
Há muita desarticulação em relação às melhores formas administrativas de superar este “imbróglio” de ingovernabilidade que se instalou. Pois, sem o intercruzamento de informações e ações integradas que privilegiem o povo e não aos “grupos políticos” e, principalmente, não dando margens às especulações daqueles “antipatriotas” que desejam sordidamente “manter as coisas como estão”.

Faz-se necessário e urgente, avaliar mais harmonicamente as relações de poderes entre os “gestores” da cidade, e nisto incluem Vossas Excelências Vereadores para que deixem de competir apenas politicamente e passem a administrar a situação politicamente falando, porém com convergência de interesses pela cidade e não mais para apenas “alguns” a ponto de anular a função “pétrea” da Câmara a de fiscalizar e cobrar.

Será preciso mais humildade entre todos que figuram com representantes eleitos pela nossa cidade, tanto os de cargos majoritários, quanto os proporcionais, porque será inadmissível ver uma cidade se sucumbir aos incontáveis “interesses escusos” que não sejam para a melhoria da dignidade de um povo.

Será que é tão difícil sentarem civilizadamente, não apenas entre Prefeitos e Vereadores, mas com diversas representações sociais de uma cidade que clama por benfeitorias, mas que amargam nas intermináveis filas de esperas do setor público aguardando um precário atendimento totalmente desumanizado?

Seremos sempre reféns da “má vontade política”, pois ao que sabemos recursos até temos, só que maldosamente gerenciados quanto à sua ação finalística que certamente provocaram uma “debandada” generalizada daqueles insatisfeitos/contrariados com posições autocráticas inadmissíveis para uma realidade Itaboraíense?

Cadê a divulgação online do Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentário Anual (LOA) instrumentos estes de gestão os quais já deveriam estar amplamente divulgados para apreciação pública, mas que ainda estão “engavetados” podendo provocar novamente mais uma Renúncia de Receitas na ordem de muitos Milhões de Reais para Itaboraí como ocorrida em 2009?
Portanto, faz mister conclamar a população e suas lideranças para que integradamente não deixarmos a nossa cidade se naufragar, a contento de muitos inescrupulosos, bem como realinharmos os entendimentos sobre gestão pública, articuladamente, para resgatarmos uma Itaboraí ansiosa por “direitos” e não mais de “favores”.

Por Dr. Allan Marcio

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

FALA SÉRIO, MAIOR PARTE DO ESTADO DO RIO É UMA FAVELA...

Embora estejam registrados como municípios, Tirando a Capital e Niterói e mais umas duas cidades; os demais municípios do Rio de Janeiro não passam mesmo de mais uma comunidade fluminense vivendo das migalhas políticas que todos governantes e seus cúmplices dão em troca de votos e de sua permanência nos troninhos. As fotos espalhadas pela internet e outras imagens que ficam apenas na retina são marcas de uma favela. Será que a poeirada de ruas tomadas pela lama e buracos, as calçadas desconjuntadas, o lixo florescendo como árvore, a falta de saneamento básico e de água, os containers para abrigar órgãos dedicados à população, péssimo serviços prestados por todas as concessionárias de serviço público (luz, fone fixo e móvel), a inexistência de saúde pública ou particular, precária entrega de correspondências não serão características de uma favela? As ruas infestadas de camelôs, principalmente nesta época, não lembram aquelas ruas de entrada de favela carioca? E os valões? Ah, aqueles que um dia foi rios e riachos hoje recebem a carteirinha de valão, abastecidos pelas servidões e bocas de lobo. Procurem na internet e verão o mesmo quadro nas favelas, mesmo as “domesticadas” com UPPs e UPAs.
Se na geografia tudo fica igualzinho, no quadro social também não há diferença. Favelas são tomadas por milícias e grupos do tráfico e o resto do Estado; estão aí subjugados pelas milícias políticas, pois não passam disso os carnavalescos partidos brasileiros. É preciso alimentar o poço sem fundo por onde escorrem os impostos e a dignidade da população, abastecendo os profissionais da roubalheira com o dinheiro público. Pagar o marketing e o jornalixo que se esbalda nesta época, tira a barriga da fome, com tanto bandido comprando espaço de autoelogios, recebendo de brinde os afagos de comentários elogiosos pelos cientistas políticos. Enfim estamos na Ilha da Fantasia, onde aqueles que eram apenas um registro de identidade aqui podem se tornar o que quiser. Não à toa temos um Tatoo bancando prefeitos, marionete de Zé Mensalão, brasileiríssimo Goldfinger.
Em meio desta zorra bandida, o comando vermelho político, então, é a mais acirrada facção marginal com a máquina administrativa a todo vapor. Não satisfeitos em tornar o posto maior em favelas municipais ainda atuam para se tornarem totalitários sob a fantasia de roupagem digna da SS nazista. Sem contar a farra de montarem circos para atender aos amigos dos amigos, coligação perigosíssima dos coleguinhas do Poder.
Não há diferença criminosa entre os festins políticos de governos municipais, com arautos em carros de som pagos pelos trabalhadores, e os pagodes marginais das favelas. Se um se faz com o dinheiro das drogas, os outros pagam a droga do bundalelê, dos programas ditos culturais, das festas empresariais, conventilhos políticos, com o dinheiro do contribuinte.
Os bandidos com carteirinha política comandam o tráfico de influência nas favelas do resto do Estado, subjugados pela própria ignorância de querer ser; com essa corja o que nunca poderá ser. Como falta polícia em terra de bandido, onde o que conta é a droga do dinheiro, viva a favela!
Texto adaptado de Luiz Gadelha

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Talvez... ronda o COMPERJ


Talvez o porto nem saia, diz assessor do prefeito de Maricá.

No primeiro encontro do ano do CCS (Conselho Comunitário de Segurança) realizado este mês de janeiro na delegacia de Maricá, o ex-secretário de Segurança e ex-delegado Alexandre Neto, agora assessor do prefeito, disse que o porto pode não chegar à Maricá.
O ex-secretário chegou à reunião minutos após o início e comentou sobre decisões políticas que atrapalham a cidade, citando inclusive a interferência do presidente da ALERJ, o Deputado Estadual Paulo Melo.
Neto falou também sobre o COMPERJ, no qual a presidenta Dilma pretende parar a obra, onde a previsão de conclusão era para o final de 2015.
O prefeito Washington Quaquá (PT) usou o porto como umas das promessas de campanha na sua reeleição, onde afirmavam que o porto iria gerar 13 mil empregos.
O porto em Jaconé (TPN – Terminal Ponta Negra) estava sendo chamado de o ‘Porto do Pré-sal’, onde as embarcações iriam escoar petróleo para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro na cidade vizinha, Itaboraí.
“Vim de uma reunião política agora que, talvez o porto nem saia.” disse o assessor do prefeito e ex-secretário de segurança Alexandre Neto.
“Ainda bem que parou, senão ia ser o caos aqui.” comentou Neto sobre a obra do COMPERJ

Em tempo...

A prefeitura de Maricá enviou uma nota de desmentido para a redação do ‘Maricá Info’ com relação à matéria publicada nesta quinta-feira (31).
O Maricá Info publicou a matéria em que o ex-secretário de segurança e atual assessor do prefeito de Maricá, delegado Alexandre Neto, disse que ‘talvez o porto nem saia!’
O ex-secretário que estava presente no primeiro encontro do CCS (Conselho Comunitário de Segurança) realizado na delegacia de Maricá disse que ‘talvez o porto nem saia’, dizendo que tinha acabado de chegar de uma reunião política.

Nesta sexta-feira, recebemos por e-mail a nota, confira na íntegra:
“Os comentários veiculados de minha parte encerram uma perspectiva de caráter pessoal e não podem ser atribuídos, portanto, a decisões políticas que concernem ao governo federal e à Prefeitura de Maricá”.
Atenciosamente: Alexandre Neto.
Fonte da matéria Maricá Info
 
Petrobras não poderá usar rio para transporte de máquinas do Comperj

Fonte: Reuters.
 A Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro vetou a proposta da Petrobras de usar um rio em uma área de proteção ambiental para transportar equipamentos do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), informou o titular da pasta, Carlos Minc.
Máquinas de grande porte estão paradas no porto do Rio de Janeiro desde 2011 à espera de uma solução sobre como serão transportadas.
O uso do Rio Guaxindiba para o transporte dos equipamentos foi vetado pela Secretaria em conjunto com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) devido ao impacto ambiental que poderia causar em uma área de proteção ambiental, a APA de Guapimirim.
"Nós não vamos autorizar a passagem pelo rio; eles vão ficar só com a estrada mesmo", disse Minc a jornalistas.
Os equipamentos ultra pesados da Petrobras não têm como ser transportados até o Comperj, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, por estradas convencionais.
As máquinas, compradas no exterior, terão de seguir pelo mar do Porto do Rio de Janeiro até um porto em São Gonçalo que está sendo construído pela estatal.
De lá, como não poderão ir para o Comperj através do rio Guaxindiba, seguirão através de uma estrada que também já começou a ser construída por uma empresa contratada pela Petrobras.

O ideal para a estatal seria utilizar o rio e a estrada para ganhar tempo.
"Inicialmente, eles (Petrobras) disseram que seria uma pequena dragagem e não ia afetar muito. Depois, vimos que era maior e os reflexos poderiam ser maiores. Achamos que o custo ambiental, social e político não compensava", afirmou Minc.
De acordo com o secretário, as compensações ambientais para o liberação do licenciamento do Comperj já estão em execução.
Ao todo, são 600 milhões de reais em compensações que incluem medidas como plantio de 6 milhões de árvores, projetos de saneamento, canalização e distribuição de água nos município do entorno do complexo, entre outras iniciativas.
A previsão da estatal é que a primeira fase do Comperj comece a operar em 2015.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Políticos não podem ter tanto poder sobre a sociedade

Políticos não podem ter tanto poder sobre a sociedade

POR ALEXANDRE MAGNO FERNANDES MOREIRA AGUIAR

Existem várias razões para que seja limitado o poder do Estado e, por consequência, dos políticos que o dominam. Dentre elas, podem ser citadas a maior eficiência da economia e a felicidade gerada pelo exercício de maior autonomia pelos indivíduos. Essas motivações são válidas para qualquer país e já foram brilhantemente defendidas por doutrinadores como Friedrich August Von Hayek[1], Adam Smith[2], Wilhelm Von Humboldt[3] e Milton Friedman[4].

No Brasil, uma razão importantíssima agrega-se às anteriores: a endêmica corrupção de nossa classe política. Trata-se de um assunto já banalizado pelos escândalos que se sucedem em uma velocidade maior do que nossa capacidade para compreendê-los e, assim, combatê-los de forma eficaz. Na verdade, quase sempre as soluções apresentadas são apenas “cosméticas”, sem resultados práticos e com o simples objetivo de dar uma satisfação imediata à opinião pública.

A motivação mais profunda para tamanha corrupção é bastante simples: o indivíduo, na imensa maioria dos casos; objetiva alcançar apenas a satisfação de seus interesses pessoais e das pessoas que lhe são próximas. Essa situação, por mais que não soe agradável, é um simples dado da natureza humana, bastante estudado por filósofos clássicos, como o já citado Adam Smith[5] e até por neodarwinistas, como o polêmico Richard Dawkins[6].

Acredito que o altruísmo sincero, a abnegação dos interesses próprios para o auxílio dos outros, esteja presente em quase todas as pessoas em algumas situações bastante particulares. Porém, a dedicação da maioria das forças pessoas à caridade ou a qualquer outro objetivo de interesse público é de raríssima ocorrência.

Bertrand Russel[7] expressou essa condição humana de forma bastante clara ao declarar que as motivações fundamentais da maioria dos homens são a cobiça, a vaidade, a rivalidade e o amor ao poder. Mais ainda: de acordo com ele, em política, esses quatro impulsos básicos são o grande estímulo para a ação política.

Nesse ponto, chegamos à política, na qual existe um abismo entre o discurso e a prática. O discurso político já é bem conhecido de todos e consiste em infinitas formas de se dizer que “é tudo em prol do interesse público (do povo, dos pobres, dos ‘desfavorecidos’, etc.)”. A prática, ou seja, a agenda oculta dos políticos, é bem menos simpática e pode ser resumida em uma fórmula bastante semelhante à anterior: “é tudo em prol dos detentores do poder, de seus familiares e correligionários”.

A lógica eleitoral ameniza e, ao mesmo tempo, agrava esse problema. Ameniza no sentido de que, para reeleger-se, o político deve realizar medidas que favoreçam a população e, portanto, consigam a simpatia dos eleitores. O agravamento do problema é que essas mesmas medidas não têm em vista, verdadeiramente, a satisfação do interesse público, mas são apenas meios para a vitória nas eleições seguintes. Medidas justas, necessárias, mas, impopulares, são adiadas indefinidamente e, até mesmo, deixadas de lado em vista do imediatismo eleitoral.

Exemplo nítido da distorção eleitoreira ocorreu há poucos anos nos Estados Unidos. Durante o governo Bill Clinton, as regras para o financiamento da casa própria tornaram-se extremamente flexíveis, possibilitando a milhões de pessoas sem capacidade econômica e, até mesmo, a imigrantes ilegais, o acesso ao crédito bancário. Não há dúvidas que essa medida tornou o presidente americano mais popular. Porém, o inevitável calote em massa que se seguiu é uma das principais causas da profunda crise econômica mundial iniciada em 2008.

No caso brasileiro, todas essas características do mundo político são elevadas à enésima potência devido ao arraigado patrimonialismo dos detentores do poder, ou seja, desde os tempos da colonização, não se distingue entre o patrimônio público e o patrimônio privado dos governantes. É uma verdadeira cultura da apropriação do público pelo privado.

Ao contrário das instituições, como a Justiça, o Ministério Público e a Polícia, que podem e estão fortalecendo-se relativamente rápido, a cultura tem uma profunda característica inercial e, salvo raras exceções, demora décadas ou mesmo séculos para transformar-se. O denominado “processo civilizatório” é um trabalho para várias gerações. Enquanto isso, o embate entre a cultura patrimonialista e as instituições que a combatem será vencida, quase sempre, pela primeira.

É preciso uma dose imensa de autoengano para acreditar que, de modo voluntário, os políticos deixarão seus interesses pessoais e partidários de lado para dedicarem-se, integral ou primordialmente, ao interesse público[8]. São seres humanos e, como tais, darão preferência às suas questões pessoais. Exigir-se essa dedicação dos políticos é tão irreal quando esperar que apareça algum santo no Congresso Nacional ou na câmara de vereadores municipal.

A solução é bastante simples: diminuir, ao mínimo necessário, o poder conferido aos políticos sobre a sociedade. Trata-se de uma verdadeira transferência de poder do Estado para a população. Isso pode ser feita de duas maneiras principais.

A primeira delas é uma diminuição substancial nos tributos cobrados da população. É extremamente injusto e imoral que as pessoas sejam privadas de parte relevante de sua remuneração para que os interesses privados dos governantes sejam satisfeitos. Exemplo gritante dessa distorção é o orçamento bilionário do Senado Federal, com suas dezenas de diretorias inúteis e a produção semanal de escândalos. Além disso, com mais dinheiro disponível para os contribuintes, ações de assistência social a serem realizadas por particulares tendem a multiplicar-se (sim, as pessoas podem ajudar umas às outras sem a ajuda do governo!).

A outra medida é também uma diminuição substancial, mas da regulamentação imposta pelo governo à sociedade. São milhares de leis e milhões de atos administrativos que limitam radicalmente a liberdade dos cidadãos e os condicionam a objetivos que não são seus, mas da elite governante. Além do mais, todas as normas são, em essência, planos a serem cumpridos. Sua chance de fracasso ou mesmo de efeitos adversos é sempre considerável, uma vez que a realidade futura é, por natureza, imprevisível. A grande vantagem dos planos realizados por particulares é que, em caso de fracasso, seus efeitos serão sentidos apenas por aqueles que o fizeram. O planejamento estatal, ao contrário, tem sempre o efeito de distribuir seus fracassos por toda a sociedade[9].

Infelizmente, não há nada no horizonte que indique a adoção de medidas no sentido apontado acima. Pelo contrário. Continuaremos a exercer o costume do autoengano, que, no Brasil, foi elevado à categoria de arte. Na próxima eleição, mais sonhos serão vendidos às pessoas sedentas de ilusão. Os políticos manterão e, provavelmente, aumentarão seu poder. Afinal de contas, como dizem diariamente, é tudo em nome do interesse público...

[1] Direito, Legislação e Liberdade. Rio de Janeiro: Editora Visão, 1985.
[2] A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Nova Cultural, 1985.
[3] Os limites da ação do Estado. Rio de Janeiro: Topbooks, 2004.
[4] Liberdade para escolher. São Paulo: s/d.
[5] Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
[6] O gene egoísta. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
[7] Lo mejor de Bertrand Russel, p. 26-27. Barcelona: Edhasa, 2005.
[8] “Interesse público” é um termo genérico e abstrato o bastante para significar, na prática, qualquer coisa. Sua utilidade principal é legitimar a concessão de benefícios a determinada categoria, quer seja de sem-terras, servidores públicos ou mesmo de empresas. Talvez seja mais realista admitir que existem, na verdade, apenas interesses privados, de pessoas ou de grupos, tão ou mais numerosos quanto a população brasileira.
[9] Ver, a esse respeito, o notável livro de Nicholas Taleb Nassim: A lógica do cisne negro. O impacto do altamente improvável.

ALEXANDRE MAGNO FERNANDES MOREIRA AGUIAR é procurador do Banco Central do Brasil em Brasília. Professor de Direito Penal e Processual Penal na Universidade Paulista (Unip). Professor de Direito Penal, Processual Penal e Administrativo nos cursos Objetivo e Pró-Cursos.

A ilusão da ressocialização de delinquentes e criminosos


Autor: Gláucio Soares

Correio Braziliense - 09/02/2012

Professor e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Iesp/UERJ)

Adriana Irion e José Luís Costa, repórteres do jornal Zero Hora, fizeram matéria séria que começa com 162 adolescentes que, há 10 anos, estavam internados na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (FEBEM), hoje chamada Fase. Expressões como ressocialização e medidas socioeducativas são comuns no jargão prisional e, mais recentemente, no jargão da elite educacional quando trata de crime e delinquência. Fazem parte da mitologia do crime no Brasil. Existem, por todos os lados, no papel, e não acontecem na realidade. Ficam no papel. Não obstante, muitos continuam usando as expressões, que têm força política, como objetivos. É uma fantasia; não existem nos estabelecimentos prisionais, nem depois.

Os atores são adolescentes que cometeram infrações mais graves e foram internados. A primeira inquietação de quem estuda o crime levando em conta a experiência de outros países é se quem tem entre 18 e 21 anos é adolescente. Nas sociedades com renda mais alta e experiência no aperfeiçoamento de leis e de conhecimento de criminologia e penologia, não são considerados adolescentes: são jovens adultos. A idade mínima penal desses países choca o espírito paternalista dos brasileiros, acostumados a pensá-los como adolescentes. O que aconteceu com eles, uma década depois daquela internação? Cento e trinta e cinco dos 162 foram presos outra vez, como suspeitos de terem cometido crimes — 83%. Desses, 114 foram condenados, ou 70% dos 162 originalmente internados.

Fica pior: 55 estão presos e nada menos do que 48 morreram — 30% da população inicial de 162. Os autores descrevem a relação entre arma, drogas e mortalidade nessa fatídica subpopulação: "A maioria dos mortos foi executada a tiros antes de completar 25 anos, vítimas de vinganças ou de cobranças ligadas ao tráfico". E prosseguem, ressaltando algumas das consequências: "Deixaram como herança para famílias cercadas pela violência pelo menos 17 filhos órfãos de pai... Dos 114 ex-internos vivos, apenas dois não voltaram a ter seus nomes registrados em ocorrências policiais ou em processos criminais".

É o retrato do fracasso, que se repete rotineiramente em outras instituições, em outras cidades, em outros estados. Irion e Costa não caem na explicação fácil de que a pobreza é a causa única, ou sequer principal, da alta criminalidade: incluem família, divórcio, ausência de figura paterna, desemprego e abuso de álcool e de drogas entre as explicações.

A internação não ressocializou ninguém: é uma palavra vazia. O mesmo se repete em todo o Brasil. Num nível diferente, José Pastore, usando, da melhor maneira, os péssimos dados sobre reincidência, estimou que de cada 10 pessoas saídas da prisão, sete voltam a cometer crimes. Seus dados indicam que o emprego faz grande diferença na probabilidade de voltar a cometer crimes.

Não é um problema brasileiro. Nos Estados Unidos, vários estudos mostram que a influência da família permanece: Lattimore, Visher e Linster pesquisaram quase 2 mil delinquentes, concluindo que os determinantes da reincidência não são os mesmos quando o novo crime é violento e quando não é. A reincidência violenta é mais influenciada por uma carreira criminal mais longa e por variáveis familiares, particularmente patológicas, como a violência familiar e a criminalidade do pai ou da mãe.

Trulson, DeLisi e Marquart analizaram 1,8 mil delinquentes para averiguar qual o efeito do seu comportamento enquanto eram internos sobre o risco de reincidência. A conclusão é que somente o número total de problemas dentro da instituição tem algum valor como previsor da reincidência —mesmo assim, limitado.

E o tipo de finalização da sentença, influi? E a supervisão? O primeiro estudo americano que incluiu vários estados concluiu que a supervisão não conta. O tipo de finalização da sentença tem a ver com a supervisão posterior. A libertação obrigatória, de quem cumpriu toda a pena, descontados os créditos por bom comportamento etc., dispensa supervisão, ao passo que a discricionária, votada por uma banca, exige supervisão e é chamada de condicional. O acompanhamento dos ex-internos permite duas conclusões: a reincidência é muito alta, perto de 60% e, quando outras variáveis são controladas, não há diferenças estatisticamente significativas entre os com supervisão e os sem ela.

A prisão e a internação têm, pelo menos, três vertentes justificadoras: a da ressocialização, o sonho de fazer o que a família, os amigos e a vizinhança não fizeram: formar cidadãos. Outra vê a prisão a partir da necessidade de que os crimes sejam punidos. Há uma terceira, criminologicamente mais informada: a teoria da incapacitação, que é claramente protetora da sociedade, não dos infratores. Defende que, enquanto eles estiverem presos e sem comunicação com o crime fora da prisão, não cometerão crimes, pelo menos fora dela. Estarão incapacitados para o crime. Defende penas maiores.

O debate vai ser reaberto, entre alternativas mais radicais. Ninguém que conheça os dados acredita que a internação seja o caminho para a ressocialização.

domingo, 4 de novembro de 2012

Estamos sendo “bem” Representados nos Conselhos Municipais?

Quem participa destes Conselhos Municipais é suficientemente representativo dos interesses que estão presentes na sociedade?
Se essas pessoas não são representativas os conselhos perdem uma das suas maiores virtudes, a capacidade de reunir num mesmo espaço sujeitos que vivem mais perto os problemas a serem enfrentados.

São as “diferenças” nos pontos de vistas e de interesses conflitantes a características de pluralidade debativa para a gênese de um controle social independente e eficiente.
Os conselhos colocam a oportunidade de explicitar os conflitos existentes em nossa sociedade e buscar acordos e consensos possíveis vindos a beneficiar a grande maioria das pessoas.

Então, qual a diferença entre o “político” e o “conselheiro”? O conselheiro mantém uma maior relação de proximidade com a situação a ser enfrentada, portanto, mas fiel à realidade problematizada.

Por que é importante ter uma boa representação nos Conselhos? Se os conselheiros falham em levar os anseios da população, esses espaços ficam desacreditados deixando de ser uma alternativa à democracia.

Como aproximar Representantes de Representados?

Primeiro, seria uma produção de jornais e boletins informativos sobre as principais atividades dos conselhos.

Segundo, marcar reuniões entre entidades da sociedade ou do governo para avaliar tudo concernente às atividades do conselho.

Terceiro, o representante deve pedir auxílio para os representados ou outras pessoas quando tiver dúvidas sobre qual a melhor decisão a ser tomada.

Muitas vezes, o representante não conhece e não sabe como conhecer os anseios de quem o elegeu. No máximo ele conhece as necessidades do grupo pertencente.

E o que é pior: ele pode ficar sabendo das necessidades, mas não sabe lidar com o tema, pois em determinados situações há interesses e projetos conflitantes e fica difícil escolher o melhor caminho.

Portanto, precisamos melhorar os debates nas instancias de pactuação pelos representantes e representados através de Seminários entre conselheiros para debater a realidade das políticas sociais de sua cidade com responsabilidade e compromisso social.

Por Tânia Maria Cabral

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Ranking dos sonhos mais populares

Artigo de JULIANA VINES
Muitos dos seus sonhos, que parecem tão originais, são iguais ao de todo mundo. Na infância, por exemplo, você deve ter tentado escapar de um monstro ou de um fantasma. Mais tarde, pode ter tido uma fase em que perdia os dentes num pesadelo recorrente ou não encontrava um banheiro.
Ser perseguido está no topo da lista de enredos mais populares, segundo o psicólogo escocês Ian Wallace, que estuda sonhos universais há 30 anos. Ele é autor de "The Top 100 Dreams" (Os Cem Sonhos 'Tops', sem edição no Brasil), lançado em junho, que está entre os mais vendidos da categoria, nos EUA.
No livro, Wallace, 47, interpreta o ranking não estatístico de sonhos mais comuns. "Embora nossas experiências de vida variem, temos padrões de comportamento similares e mentes similares".
É possível, segundo o psicólogo, dividir os sonhos de acordo com a idade. Crianças tendem a sonhar que há algo de assustador no quarto. Adolescentes, geralmente, são perseguidos por zumbis, perdem os pais ou ficam presos no cemitério.
"No início da vida adulta, as pessoas sonham que perderam o avião ou abandonaram seus filhos por engano", exemplifica.
A psicóloga e psicoterapeuta Marion Gallbach, autora de "Aprendendo com os Sonhos" (Paulus, R$ 39,50, 248 págs.), acompanhou grávidas de primeira viagem por seis meses em sua dissertação de mestrado.
Segundo ela, oito em dez gestantes sonhavam com água: chuva, dilúvios, tsunamis. "Muitas delas também sonhavam com leite ou com filhotes de animais."
Para Gallbach, os símbolos da maternidade são uns dos mais característicos e marcantes, relacionados com o instinto biológico e com a mudança física e psicológica pela qual a mulher passa.
O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1865-1961) chamava os símbolos representados nos sonhos de arquétipos. Eles seriam resultado de um inconsciente coletivo, formado a partir de influências genéticas, culturais e sociais.
Nesse caso, sonhar com água tem relação com ser inundado por emoções, perder o controle da situação e ser obrigado a se deixar levar. "É como as grávidas normalmente se sentem."
IGUAL, MAS DIFERENTE.
Os temas são parecidos, mas os detalhes diferenciam os sonhos. "Há símbolos universais, mas o principal para desvendar significados é o contexto em que o símbolo está inserido", afirma a psicanalista Cecilia Orsini, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Na visão da neurociência, sonhos é o resultado da soma de memórias recentes e consolidadas. Por isso é quase impossível os sonhos de duas pessoas serem iguais.
"O conteúdo pode ser o mesmo, porque vivemos na mesma sociedade, mas o enredo muda. Ele é feito a partir das experiências de cada um e de como cada um interpreta a realidade", diz Angela Cristina do Valle, pesquisadora em neurociências na Universidade de São Paulo.
A seleção de memórias, que nos sonhos aparecem como um mosaico aparentemente sem sentido, não é aleatória: acontece de acordo com o sistema de recompensa ou de punição do cérebro, segundo o neurocientista Sidarta Ribeiro, pesquisador da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
"Quando Freud falou que os sonhos representavam desejos, de certa forma estava certo", afirma.
O neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), um dos primeiros cientistas a se debruçar sobre o tema, estabeleceu que o sonho fosse um retrato do inconsciente, sempre individual. Daí o problema com manuais e dicionários de significados.
Além de revelarem desejos, os sonhos, para a psicanálise, mostram questões que a pessoa não está resolvendo.
"Freud diz que a chave do sonho é sempre o sonhador. Os símbolos dos manuais podem até esconder o significado real", comenta Orsini.
O sonho "manda um recado" do inconsciente. "É uma mensagem do próprio eu para a personalidade consciente. Pode servir como forma de compensar, reestabelecer o equilíbrio", diz a junguiana Gallbach.
Sonhamos de quatro a cinco vezes por noite. Mesmo quando você não se lembra do sonho, ele ajuda a fixar memórias e a recuperar a capacidade de atenção.
A dificuldade de se lembrar de imagens e acontecimentos oníricos tem várias explicações. A primeira é fisiológica.
"À noite, liberamos menos noradrenalina, neurotransmissor que ajuda a consolidar memórias recentes", explica Sidarta Ribeiro.
Assim que levantamos e despertamos nossa atenção com alguma atividade, temos uma descarga do neurotransmissor, o que faz com que esqueçamos de vez os restos dos sonhos.
Uma dica para que isso não aconteça é ficar dez minutos na cama depois de acordar sem fazer nada.
"Pessoas que têm esse hábito, com o tempo, passam a lembrar de mais sonhos."
BEM LEMBRADO
Para a psicanálise, esquecer os sonhos mostra dificuldade para lidar com os problemas, que poderiam ser revelados pelo inconsciente.
Nem sempre é bom fazer força para se lembrar, de acordo com o psiquiatra e psicanalista José de Matos.
"A lembrança precisa vir naturalmente. Não adianta fazer anotações à noite, você não entende depois. Nem é saudável lembrar-se de tudo."
Para ele, o problema é quando os sonhos se repetem. "A tendência é repetir o sonho para repetir o trauma."
Os sonhos recorrentes, angustiantes, são vistos pela psiquiatria como sintoma de estresse pós-traumático --transtorno em que a pessoa relembra constantemente um fato, e que pode mudar o padrão de sono.
Alterações físicas também causam pesadelos, lembra o neurologista Luciano Ribeiro Pinto Jr., da Unifesp.
"Nem tudo é psicológico", diz. O sono é influenciado por fatores biológicos e ambientais, como estar com sede ou vontade de ir ao banheiro.
"Às vezes, a pessoa busca significados em sonhos repetidos quando, na verdade, tem um distúrbio físico. Sonhar que está sufocado pode ser uma apneia do sono", diz.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Briga na elite revela corrupção

Autor: Por Diego Viana
Valor Econômico - 13/01/2012
Leia a seguir a entrevista da cientista política Argelina Cheibub Figueiredo, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de janeiro (Iesp-Uerj).
Valor: O tema da ética na política está cada vez mais presente. Podemos ter esperanças de reduzir os níveis de corrupção?
Argelina Cheibub Figueiredo: O que estamos vivendo no Brasil é um processo comparável ao início da redemocratização, quando o tema da sociedade civil era o resgate da dívida social. De um tempo para cá, o tema é a questão da corrupção e do controle dos agentes governamentais. Com a estabilidade monetária e política, tivemos ganhos na área social e isso levou as diversas forças político-partidárias a apoiar o governo. Isso começou a consolidar aquilo que chamamos de presidencialismo de coalizão.
Valor: Esse apoio continuou no governo Lula?
Argelina: Continuou, mas a mudança política, com a alternância do grupo no poder, gera mais conflito na elite política. Com o conflito vêm as denúncias, os escândalos, a descoberta de casos de corrupção. Não é que os casos sejam falsos, mas não podemos comparar com outros períodos porque eles não apareciam.
Valor: O mesmo vale para o Poder Judiciário?
Argelina: Quando Lula disse que "precisamos abrir a caixa-preta do Judiciário", ele indicou uma mudança política. Antes, a caixa-preta não tinha sido mencionada por nenhum governante. Não que não quisessem mexer no Judiciário. É uma questão de agenda, as caixas vão sendo abertas na medida em que seja possível. O Judiciário abrange a elite social, econômica e cultural. Toda elite gosta de ser pouco controlada. Do ponto de vista dos juízes, ou da maioria deles, a falta de controle é um hábito e eles vão se rebelar ou pelo menos achar que o controle do CNJ é excessivo. Mas a população não acha.
"Qualquer tipo de comportamento incivilizado muda se tiver punição. As pessoas veem que depois da punição é tudo mais ordenado"
Valor: E quanto poder os juízes têm para evitar o controle? O STF entrou na briga com força.
Argelina: Acho que ninguém mais segura. O CNJ, enquanto tem apoio - e acho que essa discussão não está tão popular como poderia - vai ser cada vez mais forte. Não tem mais espaço para a falta de controle de uma categoria. Se dentro do Judiciário há correntes que acham que deve haver mais controle, e com apoio dos outros poderes e da população, é difícil manter a caixa-preta fechada.
Valor: Os escândalos de 2011 levam muita gente a crer que a corrupção está aumentando.
Argelina: Os índices comparativos são todos de percepção. Ora, a percepção de corrupção é tanto menor quanto menor for o grau de conflito entre as elites. O lado positivo é a vontade de controlar. O negativo é a descrença na política e nos políticos.
Valor: É o ponto crucial na política do Brasil?
Argelina: O Brasil é uma das maiores populações do mundo que contam com uma democracia consistente. Tomou decisões políticas difíceis, fez reformas econômicas difíceis, reduziu a pobreza, a miséria, mesmo a desigualdade até certo ponto. Ainda temos muita miséria, mas se formos comparar com um país como a Índia, a diferença é gritante. A assistência em saúde e educação avançou muito, mas a sensação da população é de que o dinheiro público foi todo desviado.
Valor: Quem são essas elites que brigam?
Argelina: São grupos de poder, grupos econômicos, representantes de grupos políticos e mesmo organizações da sociedade civil. Muitos têm uma atuação anti-política, de negação da democracia representativa, mas são pessoas que também fazem parte da elite política.
Valor: O sistema político torna inevitáveis os desvios de conduta?
Argelina: O que acontece no presidencialismo de coalizão brasileiro não é exclusividade nossa. Se um presidente ou primeiro-ministro for minoritário e precisar formar uma maioria para passar políticas, essa é a ação mais racional: formar a maioria com os partidos existentes. O que ele tem para oferecer é dividir o poder e isso se faz dividindo as áreas de atuação, os ministérios, os cargos. O presidencialismo de coalizão exige concessões, o que não significa que tenha de ser via corrupção. Quem me garante que um governo em que um partido só tenha a maioria produziria menos corrupção? O mais provável é o contrário, logicamente. Com mais partidos, há mais conflito e fica mais aparente quando há corrupção. Onde tem um partido majoritário há menos casos de corrupção, mas com um governo multipartidário, o conflito na elite é favorável ao cidadão. Se as instituições da sociedade funcionam bem, o conflito é benéfico para a democracia e para o cidadão. Quanto mais acordo tiver entre as elites, menos o interesse do cidadão comum vai ser atendido.
Valor: Então o Brasil tem motivos de orgulho?
Argelina: As várias características do sistema político brasileiro são positivas para o cidadão e ajudam a reforçar as demandas que a sociedade como um todo tem para resolver questões sociais, ampliar a cidadania, o acesso à saúde e à educação, aumentar os controles sobre o poder público e assim por diante. No Brasil, um dos ministérios mais cobiçados é o dos Transportes, porque é dinheiro para empreiteira. Isso é bom? Claro que não. Mas não acontece só aqui. A política tem esse lado. No governo Fernando Henrique, quem ganhou o ministério dos transportes foi o PMDB. O que o PMDB conseguiu com isso? Sustentar a estrutura do partido, que era o maior do país e continua sendo até hoje. Quando começou o governo Lula, como eram as estradas? Muito ruins. Surgiu alguma denúncia de corrupção naquele período? Nenhuma. E continuou assim com o PR. O que mudou agora é que o PMDB tinha como barrar denúncias de corrupção, mas o PR não tem.
Valor: E onde o Judiciário entra nisso?
Argelina: A Polícia Federal, depois que passou a agir livremente, prendeu advogados, desembargadores, gente do Judiciário. O Judiciário não está fora dessa realidade. Um dado interessante é que, ao contrário do Brasil, onde o orçamento do Judiciário é feito pelo próprio Judiciário, nos EUA ele é feito pelo Executivo. Em termos de separação dos poderes, o caso brasileiro é melhor, elimina a dependência financeira de um poder em relação a outro. Mas no Brasil, põe-se o Judiciário acima de qualquer suspeita. Se digo que Gilmar Mendes, por exemplo, tem uma preferência partidária evidente, sou mal recebida, mas essa preferência é clara. Acho bom que essa polêmica em torno do CNJ tenha surgido e espero até que aumente.
Valor: Por que a popularidade de Dilma resistiu à derrubada dos ministros?
Argelina: Achei que muitas vezes ela demorou muito para demitir os ministros. Eu esperava que isso seria ruim para a percepção do desempenho dela. Mas a população parece estar vendo mais resultado de governo do que pensamos. A isso se soma a atitude da presidente, que demitiu os ministros. Não é fácil explicar o aumento de popularidade. Talvez seja porque ela não fez muita política em cima da "faxina".
Valor: No plano individual, fala-se muito nas raízes profundas da corrupção do brasileiro, na forma de um desdém pela lei. Ela é irreversível?
Argelina: Nada é tão enraizado que não possa ser arrancado pela punição efetiva. Qualquer tipo de comportamento incivilizado muda se tiver punição. As pessoas veem que depois da punição é tudo mais ordenado e civilizado. As pessoas passam a viver melhor e a agir de acordo. Acostumam-se, a punição não é mais tão aplicada, porque não precisa. As multas, por exemplo, começam a ser levada mais a sério. Discordo veementemente da ideia de que o desdém à lei seja irreversível.
Valor: A inclusão social pode tornar o brasileiro mais capaz de mobilização e reivindicação?
Argelina: É difícil dizer. Acho que a entrada de muitas pessoas na sociedade de consumo reforça algo que já estava presente. Temos, sim, heranças patrimonialistas, clientelistas e assim por diante, mas o que a ciência política ensina é que nenhum comportamento se reproduz se não encontra mecanismos para isso. O malandro, a classe média que passa por fora, o juiz que dá carteirada, o grande proprietário, são cada vez menos favorecidos com o desenvolvimento das instituições. Então fica mais difícil dar carteirada, ou um grande político comprar o fiscal da lei seca para não ter a carteira de motorista apreendida... É uma estruturação do aparato de Estado para fiscalizar e melhorar o comportamento no âmbito público. Às vezes é difícil perceber isso, mas já vem desde o período da redemocratização. E isso não é por nenhuma lei invisível da política, é a consolidação de instituições no nível mesmo do sistema político.
Valor: Pode-se dizer que o sistema é menos caótico do que parece?
Argelina: Nossas instituições clássicas, o presidencialismo, o voto proporcional e obrigatório, o federalismo, sentidas como instituições que iam impedir o desenvolvimento do Brasil, no meu entender o favoreceram. Quando chegamos à redemocratização, com a nova constituição (tão amaldiçoada, mas de grande importância para várias coisas que aconteceram desde então), foram mantidas essas instituições, que dão um acesso amplo ao sistema político para a população. Também era uma preocupação dos constituintes que o Executivo não fosse paralisado, como aconteceu em 1963.
Valor: Mas ele continua tendo dificuldade de passar reformas importantes.
Argelina: Isso é relativo. A reforma da previdência no Brasil teve de ser feita por emenda. É óbvio que não passou uma boa parte, mas mudou tanto a previdência que é significativa. Ela levou dois anos para ser aprovada, e as pessoas acharam isso interminável. A reforma do serviço público foi feita em menos de um ano. Na Inglaterra, quando Margaret Thatcher foi fazer a reforma da previdência, em 1979 ela mandou um projeto e teve de retirar rapidamente, tamanha foi a grita no próprio Partido Conservador. Só reintroduziu a reforma em 1983 e a aprovação foi em 1986. Quando falamos em dificuldades, estamos falando de conseguir acordos. Em democracia é assim, não tem jeito.
Valor: A avaliação é positiva, então.
Argelina: Só não gosto que digam que minha visão é otimista, porque se baseia em dados. Temos de superar o "complexo de vira-latas".

domingo, 30 de setembro de 2012

Sinopse de Jornais e Revistas de circulação nacional


30 de setembro de 2012

O Globo

Manchete: Disputa por prefeituras tem 640 candidatos ‘sujos’

Registros foram indeferidos, mas campanhas são mantidas com recursos no TSE... A sete dias da eleição, em 11% das cidades ao menos um concorrente poderá não tomar posse caso seja eleito por causa de condenações pela Justiça Eleitoral. Rio é o 2º estado com maior proporção de municípios nessa situação... Em 602 cidades do país, caso o Tribunal Superior Eleitoral não julgue nos próximos sete dias recursos de 640 candidatos a prefeito, os eleitores poderão votar em políticos que correm o risco de não assumir o cargo porque tiveram candidatura indeferida nos TREs devido a irregularidades, revelam Juliana Castro e Vera Araújo. Nesses casos, os votos serão considerados nulos e assumirão os segundos colocados. O TSE diz que julgará os recursos até o fim de dezembro, antes da diplomação dos eleitos. (Págs. 1 e 3)

No mensalão, chega a vez de Dirceu e Genoino

Começa esta semana a fase mais importante do julgamento. A cúpula do PT, formada pelo ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio, entra na mira do relator Joaquim Barbosa. Os três são acusados de corrupção ativa. (Págs. 1 e 14)

PCB também quer indenização

A direção do Partido comunista Brasileiro pediu à Comissão de Anistia indenização do Estado pelos períodos em que ficou na ilegalidade durante o Estado Novo e a ditadura militar. O PCB quer se transformar na primeira pessoa jurídica anistiada no Brasil. (Págs. 1 e 13)

Separação difícil para os dois lados

Questões econômicas atiçam o separatismo catalão, mas, sem a ajuda do governo espanhol, a região sofreria para bancar a Previdência e deixaria de integrar a União Europeia. Já a Espanha ficaria sem seu maior polo turístico e exportador. (Págs. 1 e 44)

Juros do comércio na mira do governo

Depois dos bancos, o governo quer que as lojas revelem ao consumidor que o parcelamento “sem juros”, na verdade, tem custo. Taxas invisíveis custam ao brasileiro R$ 167 bi ao ano, informam Vivian Oswald e Demétrio Weber. (Págs. 1 e 37)

Apagões, trunfo contra Chávez

O sucateamento do setor elétrico faz a Venezuela sofrer uma média de 1,26 apagão por dia desde 2009. Neste ano, já foram 501 cortes de luz. Henrique Capriles promete uma “Venezuela iluminada” se derrotar Hugo Chávez no domingo que vem. (Págs. 1 e 45)

Pesquisas indicam segundo turno em 16 das 26 capitais (Págs. 1 e 12)

No Rio, debates e luta pelos indecisos na reta final (Págs. 1 e 6)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Paulistano rejeita influência religiosa na disputa eleitoral

Segundo Datafolha, 70% não votariam em candidato da Universal, e 57% refutam representante da Igreja Católica... A maioria dos eleitores da cidade de São Paulo afirma rejeitar candidatos de igrejas, mostra a mais recente pesquisa do Datafolha... No levantamento, 70% dos entrevistados dizem que não votariam em nomes apoiados pela Universal — que controla o PRB, partido de Celso Russomanno, líder na disputa pela prefeitura com 30% dos votos. Ele se diz católico e refuta o rótulo de candidato da igreja. Os eleitores também rejeitariam candidatos da Igreja Católica - 57%) dizem que não votariam neles. Na capital paulista, 58% dos eleitores se declaram católicos... Para 36% dos entrevistados pelo Datafolha, a Universal é favorável a Russomanno. Já 17% acreditam que a Igreja Católica é a favor do candidato José Serra (PSDB). (Págs. 1 e Eleições 2012)

Após 20 anos, Carandiru não terá perícia nas armas de PMs

Duas décadas após o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos na extinta Casa de Detenção em São Paulo, em 2 de outubro de 1992, a Justiça decidiu que não serão feitos exames balísticos nas 392 armas apreendidas. O processo tem 103 réus, todos policiais militares. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Editoriais

Leia “Chavismo em questão”, acerca de eleições presidenciais na Venezuela, e "Concursos transparentes”, sobre provas de ingresso na magistratura. (Págs. 1 e Opinião A2)

TV Folha

Programa mostra mapa religioso da eleição em SP (Pág. 1)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Na reta final, Russomano já pensa no segundo turno

Candidato do PRB evita ataques pesados ao PT; Haddad cola em Dilma; Serra reforça discurso da experiência... A campanha paulistana entra na última semana com indefinição sobre quem irá ao segundo turno. Líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB) tentará frear a queda já detectada nas intenções de voto respondendo aos ataques dos adversários, mas sem rupturas, em especial com o PT, de quem espera apoio no segundo turno, caso José Serra (PSDB) seja seu adversário. Fernando Haddad (PT) reforçará o argumento de que é o candidato da presidente Dilma Rousseff - que estará amanhã ao seu lado no palanque - e do ex-presidente Lula. Haddad concentrará esforços nos bairros da periferia. Sua estratégia é desconstruir a imagem de Russomanno. Serra buscará consolidar imagem de experiência. Também vai explorar o antipetismo presente em setores do eleitorado paulistano, usando o julgamento do mensalão. (Págs. 1 e Nacional A4)

As promessas de cada um

A pedido do Estado, especialistas em transporte, segurança, educação e saúde avaliam os planos de governo dos principais candidatos (Págs. 1 e A6)

Perfil: Teori Zavascki

Camisa 11 do ‘explosivo’... Aluno de colégio interno, Teori Zavascki fundou seu próprio time de futebol: Os Explosivos. Adversários criaram Os Extintores e o primeiro jogo foi tão inflamado que a diretora mandou acabar com as duas equipes, relata Débora Bergamasco. Agora, o camisa 11 dos Explosivos, se passar pela sabatina do Senado, assumirá a 11ª vaga no STF, onde, segundo amigos, atuará como extintor. (Págs. 1 e Nacional A14)

Pesadelo da prisão volta para Dirceu

O julgamento de José Dirceu no mensalão deve começar quarta-feira. Quarenta e quatro anos depois que o regime militar o deportou do País, ele corre o risco de ser preso outra vez. (Págs. 1 e Nacional A13)

Usina eólica está pronta, mas não produz energia

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados. As usinas estão prontas, mas faltam linhas de transmissão. “Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão”, afirma o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino. (Págs. 1 e Economia B1)

‘O clima político muda na Argentina’

Editor responsável do jornal Clarín, Ricardo Kirschbaum diz ao enviado especial Roberto Gazzi que reação popular a governo de Cristina Kirchner é vista com otimismo. (Págs. 1 e Internacional A19)

Aliás... Cristina Kirchner mantém o antagonismo, diz o historiador Luis Alberto Romero. (Pág. 1)

Carandiru: ‘Quem não reagiu está vivo’

A morte de 111 presos, há 20 anos, mostra incapacidade da Justiça de lidar com casos assim, afirmam especialistas. “Quem não reagiu está vivo”, diz o ex-governador Fleury. (Págs. 1 e Metrópole C1)

Gaudêncio Torquato: João Grilo era feliz e não sabia

Falta pouco para os defensores do conceito “politicamente correto”, que censuram Monteiro Lobato, investirem contra outros autores. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações: Enquanto isso, no Senado...

Imposto devido ao Fisco pelos senadores vai para a conta do contribuinte. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Grevistas de aluguel

Sindicatos pagam até R$ 40 por dia, mais refeição e passagem, para que pessoas estranhas à categoria atuem em protestos e piquetes no DF. (Págs. 1 e 15)

Buriti Alegre, a terra onde Delúbio é rei

No municipio goiano, a 390 km de Brasília, o mensalão nunca existiu e o ex-tesoureiro do PT é somente uma vítima do jogo político, um bode expiatório. Se dependesse de seus conterrâneos, ele seria até mesmo prefeito da cidade. (Págs. 1 e 4)

DF se transforma em polo regional de transplantes

A unidade da Federação já está entre as cinco mais atuantes nessa
especialidade. Número elevado de doadores é um dos motivos do êxito. (Págs. 1 e 28)

Flagrante

GDF afasta professor pego fumando maconha com alunos no Parque da Cidade. (Págs. 1 e 32)

Brasil perde a rainha da tevê

Durante mais de 6 décadas, Hebe Camargo entrou na sala de estar dos brasileiros como se fosse uma amiga íntima. "A simpatia e espontaneidade", lembrou a presidnete Dilma, eram marca registrada da apresentadora, assim como os famosos selinhos. Ela lutava contra um câncer desde 2010. Seu coração parou de bater, ontem, aos 83 anos. (Págs. 1, 12 a 14)

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Estado de Minas

Manchete: A arte de envelhecer...

...e continuar trabalhando...Cada vez mais trabalhadores acima dos 60 anos permanecem firmes na labuta. Como o arquiteto Jessé Guimarães de Brito, de 77, que garante traçar uma planta à mão mais rápido do que os colegas no computador. Em busca de realização ou para garantir a renda da família, hoje, um em cada quatro aposentados brasileiros continua no mercado e a experiência deles vem se valorizando na economia. É o que mostra série de reportagens do Estado de Minas que começa hoje....com qualidade de vida... Edição especial do caderno Bem Viver em homenagem ao Dia Internacional do Idoso, comemorado amanhã, traz especialistas aconselhando sobre o que fazer para chegar ativo e com saúde a idades mais avançadas. Também mostra os desafios que o aumento da expectativa de vida impõe à sociedade e dá dicas de planejamento pessoal e financeiro para chegar à maturidade sem atropelos. Pessoas com longa vivência ainda contam como enfrentar com dignidade a ação do tempo. (Págs. 1, 14, 15 e Bem Viver Especial)

Cotas levam mais alunos ao exterior

A Lei das Cotas, que reserva 50% das vagas em universidades federais para quem tenha cursado o ensino médio em escolas públicas, fez crescer o interesse de estudantes de colégios particulares em fazer graduação fora dopaís. Empresa especializada nesse serviço atesta que agosto, quando a lei entrou em vigor, foi o mês com maior quantidade de programas fechados. (Págs. 1, 25 e 26)

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Jornal do Commercio

Manchete: Geraldo fica próximo de vitória no primeiro turno

Nova pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, na apuração dos votos válidos, Geraldo Júlio (PSB) tem 50%, Daniel (PSDB) 26%, Humberto (PT) 19% e Mendonça (DEM) 4%. Com apenas mais um voto, socialista venceria já no primeiro turno. (Págs. 1 e 3)

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Veja

Manchete: Força de vontade

O que aprender com Ronaldo, um campeão que venceu contusões gravíssimas e se tornou o maior artilheiro das Copas, em sua tentativa de emagrecer diante de milhões de olhos em um programa de televisão. (Pág. 1)

Argentina: Como Cristina Kirchner está transformando o país numa ilha isolada do mundo (Pág. 1)

Mensalão: O Supremo Tribunal Federal começa a julgar os chefões do PT (Pág. 1)

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Época

Manchete: Especial cidades

Sua cidade precisa de você... O que fazer para melhorar educação, transporte, saúde, segurança e lazer onde você vive... Na edição digital... Um guia para comparar sua cidade com o resto do país... A ficha de todos os candidatos a prefeito e vereador no Brasil... Védeos de ciclovias, parques, receitas e muito mais... No facebook... Ajude sua cidades a vencer o novo jogo Conhecidade (Pág. 1)

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ISTOÉ

Manchete: Mais ricos, mais saudáveis, mais poderosos

População acima do 60 é a nova força econômica do País. (Pág. 1)

A organização milionária da mulher de Delúbio Soares (Pág. 1)

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ISTOÉ Dinheiro

Manchete: O futuro do dinheiro

US$ 600 bilhões é quanto os pagamentos via celular devem movimentar até 2016... Esqueça a cédula, o cheque e o cartão de crédito. Gigantes como Vivo, Cielo, Google, Apple, Visa e Mastercard querem transformar seu celular numa carteira digital capaz de efetuar pagamentos de todo tipo. E já travam uma batalha feroz para ver quem lidera essa nova revolução. (Pág. 1)

Perfil: o roqueiro que virou sócio de Armínio Fraga (Pág. 1)

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Carta Capital

Manchete: Um time de especialistas faz previsões para daqui há 18 anos (Pág. 1)

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EXAME

Manchete: Por que somos tão improdutivos

Fato: um único trabalhador americano produz o mesmo que cinco brasileiros. O que precisamos fazer para atacar a baixa produtividade de nossa economia - e voltar a crescer de verdade. (Pág. 1)

Investimentos

Conheça os novos milionários do mercado financeiro - eles estão bem longe de São Paulo. (Pág. 1)

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Zero Hora

Manchete: A fórmula para acertar na escolha do vereador

Experiência, ficha limpa e coerência são ingredientes que um candidato deve ter para merecer o seu voto. (Págs. 1, 10 e 11)

Como os pais podem participar da vida escolar de seus filhos

Reportagem responde à terceira pergunta da campanha lançada pelo Grupo RBS. (Pags. 1, 23 a 26)

O Rio Grande que dá certo

Na estreia da série, como o herdeiro de uma pousada ergueu uma das maiores redes de hotéis do Brasil. (Pág. 1)

Construtora de sonhos

Bia Kern treina mulheres para a construção civil e ajuda a elevar, pelo trabalho, a autoestima de centenas de gaúchas. (Pág. 1)

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Fonte: Empresa Brasil de Comunicação/Banco de notícias/Sinopse do dia/Radiobras