Há uma frase de Robert Browning que diz: “Parecemos tão livres e estamos tão encadeados...”. Esta reflexão serve de base para esclarecer as diversas ações cidadãs que cada um de nós poderíamos desenvolver em prol não só dos próximos familiares, mas de toda uma coletividade quando realmente estamos comprometidos com ela.
Quando determinado cidadão tenta se inclinar para minimizar o sofrimento do próximo surgem inúmeros estereótipos (assistencialista, fisiologista, lobbista entre outras), pois os que pretendem realizar alguma ação ao seu irmão, como regra urbana, estão deverasmente “tendenciado” com finalidades “escusas”, porém não cristãs como determina o pensamento em foco, saindo do campo social para o politiqueiro.
Hoje, percebemos em nosso município, especificamente no meio da administração pública, um elevado índice de superposição de funções que deixam àqueles responsáveis pela “pasta” numa verdadeira “saia justa” por não obter mais (ou nunca tiveram!) “voz de comando” em sua própria Secretaria.
Isto traz consequências desastrosas para a capacidade gerencial do secretariado no que se refere à operacionalidade de suas técnicas de gestão em relação à aplicabilidade administrativa a que suas competências determinam pois ficam vinculadas a “interesses” e não à “política pública”. É a substituição da “gestão” pelo “jeitão”.
Assim, esta triste realidade vem a se tornar em mais um “gargalo” no processo de governabilidade, já tão escasso na região metropolitana do Rio de Janeiro potencializada, ainda mais, por um incipiente nepotismo em ascensão nos diversos segmentos administrativos municipais.
Assim, rever este método inibidor de eficiência e eficácia gerencial pública é tarefa precípua dos gestores e sociedade organizada para tentar, assim, desenvolver uma administrabilidade local a níveis aceitáveis e não intoleráveis aos quais se estacionou.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro esta, atualmente, passando por um processo acelerado de “renovações de tendências” nunca antes visto. E adivinhem quem são os responsáveis por esta nova dinâmica social: O Povo.
Quando o mesmo está mais informado, interado e conscientizado sobre as mudanças urbanas modula-se a qualidade de decisão e coesão de propósitos tornando-a, então, mais fortalecida e participativa.
Ao que sabemos, no processo participativo democrático é possível aprender, modificar, aperfeiçoar, evoluir, pensar e agir – coletivamente ou não. Assim, surge a inovação, a engenhosidade, a pró-atividade, fazendo com que os objetivos comuns, interesses de todos, sobrepõem-se aos interesses individuais.
Os relacionamentos, então, fortalecem-se e o espírito de cooperação se torna imperioso. Tudo isso decorre da gestão participativa, do engajamento de todos. “Um por todos e todos por um”, ou “A união faz a força”, ou “Uma andorinha só não faz verão”, ou qualquer outro ditado popular ou provérbio, poderia ilustrar perfeitamente esta metodologia na reestruturação da governabilidade municipal ou metropolitana.
Portanto, há muito ainda para aprender sobre as “verdades dos bastidores da política”, só que nossos “olhos e ouvidos sociais” estão mais afinados e antenados com as mudanças da realidade metropolitana a ponto de ficarmos em prontidão 24 horas por dia e sete dias por semana numa ação coletiva que visa dar um futuro ao povo com mais inclusão e justiça social.
Por Tânia Maria Cabral
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