NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

BRASKEM ELEGE BRASIL PARA INVESTIR

BRASKEM VAI CONCENTRAR INVESTIMENTOS NO BRASIL
Autora: Mônica Scaramuzzo
Valor Econômico - 21/12/2011
Nos últimos dois anos, a Braskem fez grandes investimentos no exterior, com aquisições nos Estados Unidos e Europa. Agora, a empresa voltou a eleger o Brasil para desenvolver seus principais projetos de expansão. Carlos Fadigas, CEO da companhia, disse ao Valor que os planos de crescimento no país incluem uma fábrica de polipropileno no polo de Camaçari (BA), duas novas unidades de produção de "plástico verde" e aportes no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj)
Depois de dois anos de intensos investimentos no mercado internacional, com aquisições de ativos nos Estados Unidos e Europa, a petroquímica Braskem vai concentrar sua estratégia de expansão no Brasil em 2012. Em entrevista ao Valor, Carlos Fadigas, principal executivo da companhia, afirmou que os planos de crescimento no país incluem uma fábrica de polipropileno (PP) no polo de Camaçari (BA), duas novas unidades de plástico verde e aportes no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
O total desses investimentos ainda está em discussão, mas deve ser da ordem de US$ 5 bilhões. "Nossa estratégia [de expansão] não será diferente da deste ano, mas nossa prioridade será o Brasil", afirmou o executivo.
Segundo Fadigas, o ano de 2011 foi difícil para as indústrias químicas e petroquímicas nacionais, considerando um cenário retraído por conta da crise internacional. No Brasil, o setor foi abatido pela valorização do dólar e pelos altos volumes de produtos importados, o que deve resultar em uma balança comercial negativa em US$ 25,9 bilhões. No ano de 2010, a balança do setor encerrou igualmente no vermelho, mas em US$ 20,7 bilhões. "Apesar desses fatores, a Braskem tem uma visão de longo prazo", disse o executivo.
O maior projeto da companhia será tocado em parceria com a Petrobras. O Comperj, a maior central petroquímica em construção no país, está sendo desenhado para que a proporção nafta/gás fique em 30% e 70%, respectivamente. O complexo, orçado em US$ 13 bilhões, segundo fontes do setor, terá duas refinarias, que serão controladas pela estatal, e um polo petroquímico, do qual a Braskem será majoritária, com investimentos de US$ 4 bilhões, segundo apurou o Valor. Pela configuração atual, o projeto petroquímico terá uma unidade de produtos básicos (eteno, propeno, benzeno e outros) e de segunda geração, especialmente as resinas que fazem parte do portfólio da Braskem. "Precisamos definir tecnologia e como será essa central de matérias-primas."
Com 28 fábricas em operação no Brasil, uma parte delas herdada durante a incorporação da Quattor em 2010, a Braskem também planeja erguer uma unidade de polipropileno no polo de Camaçari à base de nafta. Segundo Fadigas, outros dois projetos de resina verde também ganharão forma em 2012 - a construção da primeira planta de PP verde e a segunda unidade de polietileno (PE) verde. A primeira fábrica "verde" está em operação desde setembro do ano passado em Triunfo (RS). "A fábrica de PE deverá ser construída próxima a uma usina de etanol", afirmou. A companhia também não descarta promover o "desgargalamento das unidades petroquímicas em operação" para elevar a capacidade de produção da companhia.
A nafta é hoje a principal matriz petroquímica da Braskem, com unidades instaladas nos polos da Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo. O grupo herdou a unidade Riopol, da Quattor, que opera no Rio de Janeiro com gás, mas ainda sem grande regularidade. O salto da Braskem virá justamente com o Comperj, que terá maior fonte de gás natural, um passo para tornar a companhia mais competitiva no Brasil, uma vez que os custos para produzir resinas com nafta são bem maiores do que com gás natural.
Nos últimos dois anos, a petroquímica brasileira intensificou seu processo de internacionalização, tornando-se a maior petroquímica das Américas. O primeiro passo dado pela Braskem foi durante a crise financeira global, com a compra dos ativos da Sunoco Chemicals, subsidiária da petrolífera Sunoco, nos EUA, que incluem três fábricas de polipropileno. Neste ano, a companhia anunciou a compra de duas unidades da Dow Chemical nos EUA e outras duas na Alemanha. Com essa transação, o grupo consolidou sua liderança em PP em território americano e colocou seus pés na Europa. "Agora que consolidamos nossa liderança em PP nos EUA, podemos olhar negócios na área de polietileno."
Além dessas aquisições nos EUA, o grupo está investindo em um projeto "greenfield" (construção do zero) no México. Com investimentos da ordem de US$ 3,1 bilhões em parceria com a companhia Idesa, a Braskem, que terá participação de 65% nesse negócio, vai construir três fábricas, com capacidade para 1 milhão de toneladas de etileno e polietileno. No Peru, o grupo também estuda um projeto petroquímico à base de gás, com a petrolífera Petroperu, orçado em US$ 3 bilhões.
O último grande movimento da Braskem no país foi a incorporação das fábricas da Quattor em parceria com a Petrobras, em 2010. Essa operação não foi bem recebida pelo mercado, uma vez que os ativos da Quattor não eram tão atraentes como as unidades em operação da Braskem.
Em 2012, a companhia deverá colocar em operação a fábrica de butadieno, matéria-prima para a cadeia de borracha, no Rio Grande do Sul, e uma fábrica de PVC em Alagoas, que juntas somam aportes de cerca de R$ 1,2 bilhão. "O setor petroquímico cresce 1,5 a 2 vezes o PIB. O crescimento [do Brasil] não foi como o projetado no início do ano. Os custos de produção no Brasil não são competitivos", observou.
Em Pernambuco, a companhia também tem um grande projeto, mas que ainda está em "stand-by". O complexo de Suape, que está sendo erguido pela Petrobras, prevê a construção de uma fábrica de resinas PET, que está no radar da Braskem. "Ainda estamos analisando como será nossa participação. Não teve muita evolução", disse Fadigas.

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