Uma salinha com recepção, meia dúzia de cadeiras, três biombos e três macas, em uma área de menos de 30 metros quadrados. Esse é o setor de serviço médico da Assembléia Legislativa. A estrutura fisicamente acanhada contrasta com a quantidade enorme de funcionários a ela ligados. Pela lei de plano de cargos, são 18 médicos, dois enfermeiros, seis auxiliares de enfermagem, 15 agentes de saúde e dois biólogos. Os deputados e servidores da Casa contam ainda com os serviços prestados por dez dentistas, que ocupam um espaço exclusivo em um local próximo, na Rua Marechal Hermes.
Por meio de convênio, os servidores do Legislativo estadual têm o direito de aderir a planos de saúde particulares com desconto. Mas o atendimento emergencial prestado pela Assembléia, com 53 profissionais à disposição, pode ser considerado de primeiro mundo. Para cada grupo de 50 funcionários, há um profissional da área de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece como ideal a proporção de um médico para cada mil pessoas.
O atendimento prestado pela Assembléia também pode ser utilizado por visitantes, em caráter emergencial. Mesmo considerando as pessoas que passam diariamente pelo Legislativo, todos os parlamentares e terceirizados, chega-se ao número de um médico para 166 pessoas.
Isso sem levar em conta que muitos assessores não frequentam a Assembléia, pois atuam no interior, na base política dos parlamentares.
De acordo com o cadastro do Conselho Regional de Medicina, 338 das 399 cidades do Paraná têm menos médicos do que a Assembléia. Com 18 médicos, a Assembléia dispõe de um quadro profissional semelhante ao do Hospital da Criança, em Ponta Grossa, que atende 1,5 mil pacientes por mês, em uma área de 1,7 mil metros quadrados.
Apesar de terem ocorrido aposentadorias e mortes de alguns médicos do quadro efetivo da Assembléia, a nova lei do funcionalismo da Casa não prevê cortes de vagas na área de saúde dentre os 664 cargos extintos. A Assembléia chegou a ter, no início dos anos 2000, pelo menos 25 médicos. Em 2006, quando o Legislativo divulgou nome e função de todos os funcionários efetivos, havia 18 médicos na Assembléia. De lá pra cá, um se aposentou.
As assembleias legislativas (27) e as câmaras municipais (5564) são verdaeiros ralos por onde se escoa grande parte do dinheiro dos nossos impostos que deveriam ser revertido em beneficio dos contribuintes. Por isto, os nossos deputados não ligam para a saúde pública. A deles, está garantida. O povo, que se dane!
ResponderExcluirEstou sentindo falta de "O livro proibido de lula". Foi censurado aqui no blog?
ResponderExcluirEle tem que ficar aqui!
Veja o livro "O CHEFE" em marcadores LIVROS.
ResponderExcluirUm abraço
Allan Marcio