NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO MUNDO...

Nós fazemos a diferença no mundo
"Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo." (Paulo Coelho)

Na qualidade de Cidadão, afirmamos que deveríamos combater o analfabetismo político, com a mesma veemência que deveria ser combatido o analfabetismo oficioso no Brasil. Pois a politicagem ganha força por colocarmos poder de importantes decisões nas mãos de quem não se importa com o que irá decidir.
Concordo com Bertolt Brecht, quando afirma que: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, saneamento, mobilidade urbana, e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. “Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Deveres e direitos

O Brasil possui uma das mais altas cargas tributárias do mundo, algo acima de 35%, no ano passado, com tendência crescente. É equivalente a de países desenvolvidos, com boa qualidade de vida. Como pobres estão isentos e ricos não pagam ou transferem os custos, a classe média é achacada por todos os meios. Contudo, enquanto a administração lulista cobra tributos de Primeiro Mundo, oferece serviços de Terceiro Mundo.

As carências de nossa população são expressivas, em especial na infraestrutura econômico-social. Nossa educação pública é de baixa qualidade, de acordo com as últimas comparações realizadas internacionalmente. A saúde pública está abandonada e epidemias de doenças, que todos imaginavam erradicadas, voltam a afligir a população.

A segurança pública atravessa uma fase preocupante. O domínio do território nacional passa a ser disputado por traficantes e milicianos. O cidadão é obrigado a possuir plano de saúde particular, pagando caro e recebendo um atendimento medíocre. Tem que colocar seus filhos na escola particular, com elevadas mensalidades, porque a escola pública está deteriorada. Até segurança privada, quem é detentor de recursos maiores, é necessário (carro blindado, seguranças, aparato eletrônico etc.).

Está muito difícil para um cidadão, em especial pertencente à classe média, sobreviver no Brasil de hoje. Em especial se for branco e heterossexual. A administração petista beneficia claramente os dois extremos da pirâmide social. Preferencialmente a categoria dos mais ricos.

Primeiro, os rentistas, pois foi efetuado, em 2009, o pagamento de cerca de R$ 160 bilhões de juros da dívida interna. Depois, os capitalistas estrangeiros. Estes últimos usufruem benesses inacreditáveis, como, por exemplo, a isenção do pagamento de alguns tributos quando da aplicação de recursos no país.

Na outra extremidade a classe dos mais pobres, através de uma série de benefícios, desde o chamado Bolsa Família, passando pela "Bolsa Ditadura" até chegar à "Bolsa Reclusão". Está sendo incentivado o perigoso expediente de facilitar o acesso irresponsável ao crédito, em especial o consignado. Isto porque se trata de uma bomba a ser explodida no decorrer do tempo. Possibilita um aquecimento, no curto prazo, da demanda, mas compromete seriamente a possibilidade de continuidade, pois fatalmente ocorrerá um aumento do índice de inadimplência futura.

Possibilita-se a destinação de inúmeras e crescentes áreas do país aos denominados "quilombolas", através da autodeclaração de afro descendência. Falsos indígenas, "criados" por ONGs estrangeiras, passam a ser detentores de imensas áreas do território nacional, justamente em regiões possuidoras de riquezas incomensuráveis, cobiçadas pelos países mais desenvolvidos do mundo, como bauxita, nióbio, diamantes azuis etc.

Lideranças indígenas pronunciam-se como se fossem independentes, possuidoras de autonomia, estimuladas por grupos ávidos para aprofundar a rapinagem de nossos recursos, já realizada por intermédio da pirataria desmedida. Verbas vultosas são destinadas a toda sorte de estímulos ao homossexualismo, chegando ao extremo do dispêndio de milhões de reais para compra e distribuição pelo ministério da Saúde de "lubrificantes" destinados a propiciar maior conforto aos adeptos da prática.

Os discursos do Sr. Luís Inácio são esquizofrênicos. Fala de uma realidade inexistente no país. Gaba-se de alguns pontos positivos, como se fossem de sua autoria, enquanto afirma nada saber sobre os graves problemas existentes a serem solucionados.

É um Brasil de ilusão. Cercado por escândalos diários, a tudo ignora. Seus principais auxiliares vão sendo abatidos um a um, para sua preservação. Causa preocupação o fato de a atual Secretaria de Estudos Estratégicos da Presidência da República ter traçado cenários para 2022 (bicentenário da Independência), revelando talvez uma ideia de continuidade do projeto de poder petista.

No plano internacional, existe uma total falta de empenho na defesa dos interesses nacionais. Os exemplos recentes, ocorridos com a Bolívia e com o Paraguai, demonstram um desprendimento estranho, considerando-se que em nosso Brasil, há milhões de cidadãos profundamente necessitados.

O discurso de que é preciso ajudar a população dos países mais pobres da América do Sul seria válido, se as necessidades básicas da maioria de nossa população estivessem sendo atendidas satisfatoriamente. Entretanto, tal não ocorre. Há um sério risco de perda concreta do controle real da Amazônia, já loteada por intermédio de proposta de iniciativa do poderoso ex-chefe da casa civil.

A administração petista reluta em atender à justa demanda dos aposentados que recebem mais de um salário mínimo, sequiosos pela reparação necessária para recomposição dos seus estipêndios, alegando falta de recursos. Ao mesmo tempo em que sai perdoando dívidas e fazendo doações nababescas a outros países, por razões político-ideológico. Afinal, é vital que haja uma relação equilibrada entre deveres e direitos, sob pena de início de um irreversível processo de decomposição do tecido social.

Marcos Coimbra
Conselheiro diretor do Cebres, professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano.
mcoimbra@antares.com.br

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